Liberdade Econômica no Terceiro Setor: o Desenvolvimento de um Negócio de Impacto Social em uma Organização de Sociedade Civil
Palavras-chave:
Liberdade Econômica, Terceiro Setor, Empreendedorismo Social, Negócio de Impacto Social, Marketing SocialResumo
O objetivo deste artigo é apresentar a concepção, em termos conceituais e práticos, do projeto de um negócio de impacto social que objetiva a rentabilidade, bem como o impacto social, na comunidade em que está sendo desenvolvido, como forma de apresentar ideias a respeito desse tipo de modelo. O principal objetivo desse negócio é ajudar financeiramente a Associação Nossa Senhora Rainha da Paz, uma associação de abrigos, organização de sociedade civil estabelecida há 30 anos no sul da cidade de São Paulo. Este trabalho baseia-se nos princípios do empreendedorismo, criação de valor para o cliente e liberdade econômica, com aplicação prática envolvendo inovação social. Os aspectos essenciais da liberdade econômica são discutidos como uma forma de promover a dignidade humana através da criação de emprego, educação e mercado consumidor. Discute-se, também, um dos aspectos mais desafiadores do desenvolvimento do negócio em questão: a falta de uma estrutura regulatória que guie os empreendimentos da mesma espécie, tornando-os viáveis. Como se trata ainda de uma concepção, não se tem a intenção de apresentar uma conclusão final, o que ocorrerá ao cabo da implantação do projeto em questão.Downloads
Referências
ANDERSON, W.; FORNELL, C.; LEHMANN, D. (1994). Customer satisfaction, market
share, and profitability: findings from Sweden. Journal of Marketing, 58(3), 53-66.
ARANHA, A. S. (2015). Guia 2.5: Guia para o desenvolvimento de negócios de impacto. São
Paulo: Instituto Quintesse.
BARON, R. (2006). Empreendedorismo: uma visão do processo. Brasil: Cengage Learning.
BAUMOL, W. J. (2004). The free-market innovation machine: analyzing the growth miracle of
capitalism. Princeton: Princeton University Press.
BORNSTEIN, D. (2007). How to change the world: social entrepreneurs and the power of new
ideas. Oxford University Press.
CATELLI, A. (Coord.) (1999). Controladoria: uma abordagem da gestão econômica –
GECON. São Paulo: Atlas.
CATELLI, A.; SANTOS, E. S. (2003). Competitividade, criação de valor e gestão econômica.
Trabalho apresentado no Congresso Internacional de Custos (pp. 1-20). Punta Del Este.
CHANG-LIN, Y.; YU-PING, L. (2016). Training System Building for Social enterprise managers
and social entrepreneurs. Annual International Conference on Business Strategy &
Organizational Behaviour, pp. 16-19.
CHURCHILL, Jr. G.; PETER, P. (2000). Marketing: criando valor para os clientes. 2. ed. São
Paulo: Saraiva.
COPELAND, T.; KOLLER, T.; MURRIN, J. (2010). Valuation: measuring and managing the
value of companies. New Jersey: McKinsey & Co.
DEES, J. G. The meaning of social entrepreneurship. (1998). Center for the advancement of
social entrepreneurship. Fuqua School of Business, Duke University.
DORNELAS, J. C. (2007). Empreendedorismo na prática. Rio de Janeiro: Campus.
FREEMAN, R. E. (1984). Strategic Management: a stakeholder approach. Boston: Pitman
Publishing.
FRIEDMAN, M. (1970). The social responsibility of business is to increase its profits. New
York Times Magazine, Sept 13th edition, p. 17.
HULGÅRD, L. (2010). Discourses of social entrepreneurship: variations of the same theme.
[Working paper Nº. 10/01]. EMES European Research Network.
ICE – Inovação em Cidadania Empresarial (2015). Carta de Princípios para Negócios de Impacto
no Brasil. Retrieved from: http://ice.org.br/wp-content/uploads/pdfs/Carta_Principios.
pdf.
KOTLER, P.; KELLER, K.L. (2012). Administração de marketing. São Paulo: Prentice-Hall.
MARTIN, A. (2018). The limits of liberalism: good boundaries must be discovered. Society for
the Development of Austrian Economics. v. 31(2), Jun., pages 265-276.
MISES, L. (2010). Os fundamentos econômicos da liberdade. Mises Brasil. Retrieved from:
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=187#.VyjWJwJac-8.email.
OTHMAN, R.; SHEEHAN, N.T. (2011). Value creation logics and resource management: a
review. Journal of Strategy and Management. 4(1), 5-24.
PACHE, A.; CHOWDHURY, I. (2012). Social entrepreneurs as institutionally embedded entrepreneurs:
towards a new model of social entrepreneurship education. Academy of
Management Learning & Education, 11(3), 494-510.
PARKER, W. N. (1954). Entrepreneurship, industrial organization, and economic growth: a
German example. The Journal of Economic History, 14(4), 380-400. Retrieved from: http://
www.jstor.org/stable/2114248.
PAYNE, A., STORBACKA, K., FROW, P.; KNOX, S. (2009). Co-creating brands: diagnosing
and designing the relationship experience. Journal of Business Research, 62(3), 379-389.
PORTER, M. E./KRAMER, M. R. (2011): Creating shared value. How to reinvent capitalism
– and unleash a wave of innovation and growth, Harvard Business Review, v. 89 (1),
pp. 62-77.
PORTER, M. E.; RAMASWAMY, V. (2000). Co-opting customer competence. Harvard Business
Review, pp. 79-87.
PORTER, M. E. (2004a). The future of competition: Co-creating unique value with customers.
Boston, Harvard Business School Press.
PORTER, M. E. (2004b). Co-creation experiences: the next practice in value creation. Journal
of Interactive Marketing, 18(3), 5-14.
SAMANT, S. M; SANGLE, S. (2016). A selected literature review on the changing role of
stakeholders as value creators. World Journal of Science, Technology and Sustainable Development,
(2), 100-119.
SASSMANNSHAUSEN, S. P.; VOLKMANN, C. (2013). A bibliometric based review on social
entrepreneurship and its establishment as a field of research [Schumpeter Discussion Papers
-003]. Wuppertal: Schumpeter School of Business and Economics. Retrieved from
https://www.econstor.eu/bitstream/10419/97203/1/748707158.pdf.
STABELL, C.B.; FJELDSTAD, O. D. (1998). Configuring value for competitive advantage: on
chains, shops and networks. Strategic Management Journal, 19(5), 41-437.
STACEY, R. D. (2010). Complexity and organizational reality: uncertainty and the need to rethink
management after the collapse of investment capitalism. New York: Routledge.
STEYART, C.; HJORTH, D. (2006). Entrepreneurship as social change. Cheltenham: Edward
Elgar.
TRACEY, P.; PHILLIPS, N. (2007). The distinctive challenge of educating social entrepreneurs:
A postscript and rejoinder to the special issue on entrepreneurship education.
Academy of Management Learning & Education, 6(2), 264-271.
WENNEKERS, S.; UHLANDER, L. M.; THURIK, R. (2002). Entrepreneurship and its conditions:
A macro perspective. International Journal of Entrepreneurship Education, 1(1), 25-64.
WOODRUFF, R. Customer Value. (1997). The next source of competitive advantage. Journal
of the Academy of Marketing Science, 25(2), 139-153.
ZEITHAML, V. A.; BITNER, M. J. (1988). Consumer perceptions of price, quality, and value:
A means-end model and synthesis of evidence. Journal of Marketing, 52(3), 2-22.