Gestantes Tardias de Baixa Renda: Dados Sociodemográficos, Gestacionais e Bem-Estar Subjetivo
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Estudo transversal descritivo e correlacional cujos objetivos foram traçar o perfil sociodemográfico e gestacional, avaliar o bem-estar subjetivo (BES) e relacionar os indicadores do BES com as variáveis idade, escolaridade e renda. Participaram 80 gestantes com 35 anos ou mais (grávidas tardias) de baixa renda. Os instrumentos de pesquisa foram questionário estruturado e escala de bem-estar subjetivo. Os dados são apresentados na forma de análises descritivas e correlacionais, conforme a natureza das variáveis. A maioria das gestantes vivia com o companheiro, não tinha renda pessoal, pois tratava-se de donas de casa, e não planejou a gestação; e o bem-estar subjetivo apresentou valores equivalentes às médias para cada indicador (afetos positivos, afetos negativos e satisfação com a vida), enquanto as correlações significativas obtidas foram fracas. Conclui-se que, para o grupo avaliado, a baixa escolaridade e a baixa renda familiar foram variáveis associadas à satisfação com a vida das gestantes entrevistadas.
Downloads
Detalhes do artigo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista Psicologia: Teoria e Prática pertencem aos autores, que concedem à Universidade Presbiteriana Mackenzie os direitos não exclusivos de publicação do conteúdo.
Referências
Albuquerque, A. S., & Tróccoli, B. T. (2004). Desenvolvimento de uma escala de bem-estar subjetivo. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 20(2), 153-164.
Andrade, P. C., Linhares, J. J., Martinelli S., Antonini, M., Lippi, U. G., & Baracat, F. F. (2004). Resultados perinatais em grávidas com mais de 35 anos: estudo controlado. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 26(9), 697-701.
Benute, G. R. G., Nomura, R. M. Y., Jorge, V. M. F., Nonnenmacher, D., Fráguas, R., Júnior, Lucia, C. S., & Zugaib, M. (2011). Risk of suicide in high-risk pregnancy: an exploratory study. Revista da Associação Médica Brasileira, 57(5), 570-574.
Carolan, M., Davey, M., Biro, M. A., & Kealy, M. (2011). Older maternal age and intervention in labor: a population-based study comparing older and younger first-time mothers in Victoria, Australia. Birth38(1), 24-29.
Cooke, A., Mills, T. A., & Lavender, T. (2010). Informed and uninformed decision making’–women’s reasoning, experiences and perceptions with regard to advanced maternal age and delayed childbearing: a meta-synthesis. International Journal of Nursing Studies, 47(10), 1317-1329.
Costa, M. C. O., Santos, B. C., Souza, K. E. P., Cruz, N. A. L., Santana, M. C., & Nascimento, O. C. (2011). HIV/Aids e sífilis entre gestantes adolescentes e adultas jovens: fatores de exposição e risco dos atendimentos de um programa de DST/HIV/Aids na rede pública de saúde SUS, Bahia, Brasil. Revista Baiana de Saúde Pública, 35(supl. 1), 179-195.
Diener, E., & Diener, C. (1996). Most people are happy. Psychological Science, 7, 181-185.
Gomes, A. G., Donelli, T. M. S., Piccinini, C. A., & Lopes, R. C. S. (2008). Maternidade em idade avançada: aspectos teóricos e empíricos. Interação em Psicologia, 12(1), 99-106.
Gomes, P. D., Zimmermmann, J. B., Oliveira, L. M. B., Leal, K. A., Gomes, N. D., Goulart, S. M., & Rezende, D. F. (2011). Contracepção hormonal: uma comparação entre pacientes das redes pública e privada de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 16(5), 2453-2460.
Guedea, M. T. D., Albuquerque, F. J. B., Tróccoli, B. T., Noriega, J. A. V., Seabra, M. A. B., & Guedea, R. L. D. (2006). Relação do bem-estar subjetivo, estratégias de enfrentamento e apoio social em idosos. Psicologia, Reflexão e Crítica, 19(2), 301-308.
Guimarães, E. C., & Melo, E. C. P. (2011). Características do apoio social associados à prematuridade em uma população de puérperas de baixa renda. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, 15(1), 54-61.
Gravena, A. A. F., Sass, A., Marcon, S. S., & Pelloso, S. M. (2012). Resultados perinatais em gestações tardias. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 46(1), 15-21.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010). Censo demográfico 2010: resultados preliminares. [Estudos e pesquisas: Informação Demográfica e Socioeconômica, 19]. Recuperado em 25 novembro, 2010, de http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2018&id_pagina=1.
Koo J., Rie, J., & Park, K. (2004). Age and gender differences in affect and subjective well-being. Geriatrics & Gerontology International, 4, S268-S270.
Luhmann, M., Hofmann, W., Eid, M., & Lucas, R. E. (2011). Subjective well-being and adaptation to life events: a meta-analysis. Journal of Personality and Social Psychology, 102(3), 592-615.
Magalhães, M. L. C., Furtado, F. M., Nogueira, M. B., Carvalho, F. H. C., Almeida, F. M. L., Matar, R., & Camano, L. (2006). Gestação na adolescência precoce e tardia – há diferença nos riscos obstétricos? Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 28(8), 446-452.
Maldonado, M. T. Psicologia da gravidez: parto e puerpério (pp. 15-139). São Paulo: Saraiva, 2002.Ministério da Saúde (2010). Gestação de alto risco: manual técnico (5a ed.). Brasília: Ministério da Saúde.
Oliveira, R. B., Galdino, D. P., Cunha, C. V., & Paulino, E. F. R. (2011). Gravidez após os 35: uma visão de mulheres que viveram essa experiência. Corpus et Scientia, 7(2), 99-112.
Papalia, D., Olds, S. W., & Feldman, R. D. (2009). Desenvolvimento humano(pp. 84-105). Porto Alegre: Artmed.
Parada, C. M. G. L., & Tonete, V. L. P. (2009). Experiência da gravidez após os 35 anos de mulheres com baixa renda. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, 13(2), 385-392.
Park, N., Peterson, C., & Seligman, M. P. (2004). Strengths of character and well-being. Journal of Social and Clinical Psychology, 23(5), 603-619.
Prietsch, S. O. M., González-Chica, D. A., Cesar, J. A., & Mendoza-Sassi, R. A. (2011). Gravidez não planejada no extremo sul do Brasil: prevalência e fatores associados. Caderno de Saúde Pública, 27(10), 1906-1916.
Sabroza, A. R., Leal, M. C., Gama, S. G. N., & Costa, J. V. (2004). Perfil sociodemográfico e psicossocial de puérperas adolescentes do município do Rio de Janeiro, Brasil – 1999-2001. Caderno de Saúde Pública, 20(supl. 1), 112-120.
Santos, G. H. N., Martins, M. G., Sousa, M. S., & Batalha, S. J. C. (2009). Impacto da idade materna sobre os resultados perinatais e via de parto. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 31(7), 326-334.
Silva R. S., & Vieira, E. M. (2009). Frequency and characteristics of induced abortion among married and single women in São Paulo, Brazil. Caderno de Saúde Pública, 25(1), 179-187.
Sistema de Informações de Nascidos Vivos (2013). Nascidos vivos – dados preliminares – Rio Grande do Norte de 2012. Recuperado em 2 abril, 2013, de http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinascp/cnv/nvrn.def.
Teixeira, S. V. B., Rocha, C. R., Moraes, D. S. D. Marques, D. M., & Villar, A. S. E. (2010). Educação em saúde: a influência do perfil socioeconômico-cultural das gestantes. Revista de Enfermagem da UFPE on line, 4(1), 133-141.
Wiest, M., Schüz, B., & Webster, N. (2011). Subjective well-being and mortality re-visited: differential effects of cognitive and emotional facets of well-being on mortality. Health Psychology, 30(6), 728-735.