Modelos fundamentalista e de risco aplicados ao Índice Brasileiro de Sustentabilidade Empresarial: uma abordagem pela análise envoltória de dados
Resumo
Este trabalho investigou a associação entre medidas de análise fundamentalista
e de risco no comportamento dos retornos das ações que integram o índice de sustentabilidade empresarial (ISE) quando da divulgação de sua composição. Este indicador é considerado referência de boas práticas de sustentabilidade corporativa no Brasil. No entanto, a inclusão de uma empresa em indicadores de sustentabilidade não garante, necessariamente, um melhor desempenho de suas ações. Neste contexto, foi utilizada a técnica análise envoltória de dados (DEA) no cálculo de escores de eficiência técnica das empresas participantes do ISE considerando variáveis proxy para as dimensões: porte, liquidez, alavancagem financeira, geração de caixa, rentabilidade e risco. Foram analisadas as ações pertencentes às carteiras teóricas no período de 2005 a 2010. Os resultados indicam que, em média, houve uma valorização das ações que integram o ISE na divulgação das carteiras teóricas, em que as variáveis fundamentalistas, retorno sobre o ativo (ROA) e retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROE), além das variáveis de risco, Volatilidade e Retorno Anormal ao Value at Risk (VaR), apresentaram uma associação, estatisticamente significante, com o fenômeno sob estudo. Os resultados mostraram ainda evidências de um melhor
ajustamento das variáveis de risco em relação aos retornos analisados do que medidas fundamentalistas.