Resultados por Segmentos: Um estudo aplicado em uma Startup de Tecnologia

Autores

  • Edelcio Koitiro Nisiyama Insper Instituto de Ensino e Pesquisa
  • Fernanda Guimarães Coelho Universidade Federal de Viçosa
  • José Carlos Tiomatsu Oyadomari Universidade Presbiteriana Mackenzie

Palavras-chave:

Custeio ABC, Lucratividade por segmento, Empresa startup

Resumo

Este relato é baseado nos conceitos de intervenção na realidade de uma empresa com o objetivo de melhorar seu desempenho organizacional. Evidencia-se um contexto comum em empresas PME, ou seja, a necessidade de implementação de relatórios gerenciais de lucratividade por segmentos mostrando soluções para algumas das dificuldades normalmente enfrentadas em sua definição e operacionalização. As empresas analisadas são do setor de tecnologia e o modelo de negócio combina o SAAS (Software as a Service) com a assunção da obrigação de prêmios em pontos. Os clientes pagam pela implantação do software que permite o acesso e a adesão do programa de incentivo/fidelidade. As empresas PME representam a grande maioria das empresas existentes no Brasil cujo nível de mortalidade após 5 anos de existência está próximo dos 60% das empresas e a falta de controle gerencial é um dos principais fatores dessa mortalidade. Nesse contexto de empresas PME, esse relato evidencia a utilização do custeio ABC (Activity-Based Costing) para implementação da análise de lucratividade por segmentos como instrumento de controle gerencial. Em particular, o “Time-Driven ABC”, ou seja, o ABC com base no tempo foi utilizado para reduzir as distorções provocadas por alocações arbitrárias de custos indiretos. Ressalte-se que esse relato apresenta um problema real que foi sanado por meio da participação da Coordenadora Financeira do grupo de empresas em um curso de educação executiva, com posterior intervenção colaborativa com os professores, coautores desse relato.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fernanda Guimarães Coelho, Universidade Federal de Viçosa

Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Viçosa, com MBA em Finanças pelo Ibmec. Coordenadora financeira em uma empresa de tecnologia.

Referências

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES, 2018). Transporte Público Coletivo (TPC): Os diferentes sistemas e suas características. Recuperado de https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/ conhecimento/noticias/noticia/guia-tpc.

Calder, Bobby J. & Tybout, A. M. (2013). Marketing. São Paulo: Saraiva.

Carraro, W. B. W. H., Meneses, R., & Brito, C. (2019). Combining categories of management control tools for high performance of start-ups. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, 21(5), 861-878. doi:10.7819/rbgn.v21i5.4022

Cooper, R. & Kaplan, R. S. (1991). Profit priorities from activity-based costing. Harvard Business Review, 69(3), 130-135.

Crespo, N. F., Rodrigues, R., Samagaio, A., & Silva, G. M. (2019). The adoption of management control systems by start-ups: Internal factors and context as determinants. Journal of Business Research, 101, 875-884. doi:10.1016/j.jbusres.2018.11.020

Dorović, D. (2017). The hierarchy of segment reports. Management: Journal of Sustainable Business and Management Solutions in Emerging Economies, 20(75), 67-73.

Frezatti, F., Rocha, W., Nascimento, A. R., & Junqueira, E. (2009). Controle Gerencial: Uma abordagem da contabilidade gerencial no contexto econômico, comportamental e sociológico. São Paulo: Atlas.

Garrison, R. H., Noreen, E. W., & Brewer, P. C. (2013). Contabilidade gerencial (14a. ed.). Porto Alegre: AMGH.

Goyat, S. (2011). The basis of market segmentation: A critical review of literature. European Journal of Business and Management, 3(9), 45-54.

Iudícibus, S., Martins, E., & Marion, J. C. (2020). Cartas aos estudantes de contabilidade. São Paulo: Atlas.

Jansen, E. P. (2018). Bridging the gap between theory and practice in management accounting. Accounting, Auditing & Accountability Journal, v. 31, n. 5, 1486-1509.

Kaplan, R. S. (1998). Innovation action research: Creating new management theory and practice. Journal of Management Accounting Research, (10), 89-118.

Kaplan, R. S. & Anderson, S. R. (2004). Time-driven activity-based costing. Harvard Business Review. doi:10.2139/ssrn.485443

Kotler, P. (2000). Administração de Marketing (10a. ed., Bazán Tecnologia e Linguística, Trad.). São Paulo: Prentice Hall.

Lambiasi, E., Oyadomari, J. C. T., Alves, A. B., Mendonça, O. R., Neto, & Pagano, L. (2017). Implantação de técnicas de gestão financeira em pequena empresa: Uma abordagem intervencionista. Práticas em Contabilidade e Gestão, 5(2), 128-148.

Lee, M. T., & Cobia, S. R. (2013). Management accounting systems support start-up business growth. Management Accounting Quarterly, 14(3), 1-17. Retrieved from http://ezp.waldenulibrary.org/login?url=http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=bth&AN=89005191&scope=site.

Lemes, A. B., Jr. & Pisa, B. J. (2019). Administrando micro e pequenas empresas. Rio de Janeiro: Elsevier.

Marcondes, R. C., Miguel, L. A. P., Franklin, M. A., & Perez, G. (2017). Metodologia para trabalhos práticos e aplicados: Administração e contabilidade. São Paulo: Editora Mackenzie.

Martins, E. (2010). Contabilidade de custos (10a ed.). São Paulo: Atlas.

Martins, E. & Rocha, W. (2010). Métodos de custeio comparados: Custos e margens analisados sob diferentes perspectivas. São Paulo: Atlas.

Máximo, W. (2020). PIB da construção civil deve crescer 4% em 2021. Agência Brasil. Recuperado de https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-12/pib-da-construcao-civil-deve-crescer-4-em-2021.

Mendonça, O. R., Neto, Vieira, A. M., & Oyadomari, J. C. T. (2019). Notas sobre o rigor-relevance gap no contexto do mestrado profissional. Administração: Ensino e Pesquisa, 20(1), 122-146.

Oyadomari, J. C. T., Mendonça, O. R., Neto, Dultra-de-Lima, R. G., Nisiyama, E. K., Aguiar, A. B. (2018). Contabilidade gerencial: Ferramentas para melhoria de desempenho empresarial. São Paulo: Atlas.

Oyadomari, J. C. T., Silva, P. L., Mendonça, O. R., Neto, & Riccio, E. L. (2014). Pesquisa intervencionista: Um ensaio sobre as oportunidades e riscos para pesquisa brasileira em contabilidade gerencial. Advances in Scientific and Applied Accounting, 7(2), 244-265.

Padovese, C. L., & Prado, E. V. (2020). Contabilidade e gestão de unidades de negócios. São Paulo: Almedina.

Pena, R. F. A. (2021). O que é Agronegócio? Brasil Escola. Recuperado de https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-agronegocio.htm.

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas São Paulo (Sebrae SP, 2010). Doze anos de monitoramento da sobrevivência e mortalidade de empresas. Recuperado de https://

www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20 Sebrae/ UFs/SP/Anexos/mortalidade_12_anos.pdf.

Tooge, R. (2020). Agronegócio cresce 3,8% e representa 21% do PIB brasileiro em 2019, diz CNA. G1. Recuperado de https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2020/03/

/agronegocio-cresce-38percent-e-representa-21percent-do-pib-brasileiro-em-2019-diz-cna.ghtml.

Van de Ven, A. H., & Johnson, P. E. (2006). Knowledge for theory and practice. Academy of Management Review, 31(4), 802-821.

Wind, Y. & Bell, D. R. (2008). Market segmentation. In M. Baker & S. Hart (Ed.), The Marketing Book. (6th ed. pp. 260-282). London: Routledge.

Zwilling, M. (2013). 10 reasons not to write a business plan Entrepreneur. Retrieved from https://www.entrepreneur.com/article/229804.

Downloads

Publicado

2021-12-14

Como Citar

Nisiyama, E. K., Guimarães Coelho, F., & Oyadomari, J. C. T. (2021). Resultados por Segmentos: Um estudo aplicado em uma Startup de Tecnologia. Práticas Em Contabilidade E Gestão, 9(4), 1–22. Recuperado de http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/pcg/article/view/14951

Edição

Seção

Relatos Tecnológicos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)