Quando as nascentes termais ordenam cidades
estudos de caso em Caldas da Rainha (Portugal) e Poços de Caldas (Brasil)
DOI:
https://doi.org/10.5935/cadernospos.v23n2p200-215Palavras-chave:
Estâncias termais, Nascentes termais, Princípios higienistas, Poços de Caldas (Brasil), Caldas da Rainha (Portugal)Resumo
Este artigo tem como objetivo discutir a formação e o desenvolvimento de cidades a partir da descoberta de águas termais em determinados territórios. As diferentes formas de utilização dessas águas, as edificações que surgiram a partir das práticas termais e as transformações e apropriações que ocorreram na paisagem urbana ao longo do tempo são elementos para a análise proposta. A descoberta de águas termais como um recurso natural, em diversas localidades, conduziu à busca e à descoberta de novos conhecimentos, específicos e técnicos, impulsionando o desenvolvimento social e econômico a partir dos tratamentos de saúde e lazer. Comparam-se as similaridades e as diferenças dos elementos da forma urbana e os agentes envolvidos na construção dessas estâncias. Quando se trata de estâncias termais, há estruturas que se consolidam no território, compondo uma ambiência termal essencialmente construída entre o fim do século XIX e o início do século XX, no Brasil e na Europa.
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