Família Substituta: Uma Proposta de Intervenção Clínica na Adoção Tardia
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Este artigo apresenta uma prática de intervenção que teve como objetivo trabalhar as dificuldades de estabelecimento de vínculo de uma criança de cinco anos, durante o processo de desabrigamento e adoção. A coleta de dados ocorreu mediante o registro de sessões, de acompanhamentos terapêuticos, de reuniões com a psicóloga do abrigo e assistente social do Judiciário e com base no prontuário institucional disponibilizado. A intervenção ocorreu por 14 meses, de forma sistemática e ininterrupta. O embasamento teórico está relacionado ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ao Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária e a autores como Winnicott, Bowlby, entre outros que estudam o tema. O trabalho foi desenvolvido em parceria com o abrigo e com a Vara da Infância e da Juventude. O estudo traz uma reflexão sobre a importância de se respeitar o tempo da criança no processo de recolocação familiar, o qual se dá também por meio da intervenção psicoterápica.
Downloads
Detalhes do artigo
Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista Psicologia: Teoria e Prática pertencem aos autores, que concedem à Universidade Presbiteriana Mackenzie os direitos não exclusivos de publicação do conteúdo.
Referências
ABRAM, J. A. A linguagem de Winiccott. Rio de Janeiro: Revinter, 2000.
BOWLBY, J. La separación afectiva. Buenos Aires: Paidós, 1976.
BOWLBY, J. Cuidados maternos e saúde mental. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Plano Nacional de Promoção, Defesa e Garantia de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária. Brasília, 2006.
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8.069, de 13 de julho 1990. Artigos 19, 29, 46, § 1º e § 2º, art. 92 e 101. Brasília, 1990.
RIZZINI, I. A institucionalização de crianças no Brasil: percurso histórico e desafios do presente. Rio de Janeiro: PUC; São Paulo: Loyola, 2004.
SARTI, C. A. Famílias enredadas. In: ACOSTA, A. R.; VITALE, M. A. F. (Org.). Família: redes, laços e políticas públicas. 3. ed. São Paulo: Cortez, Instituto de Estudos Especiais, PUC/SP, 2007.
TRINCA, W. Formas de investigação clínica em psicologia. O procedimento de desenhos-estórias e o procedimento de desenhos de famílias com estórias. São Paulo: Vetor, 1997.
WINNICOTT, D. W. (1956). Preocupação materna primária. In: WINNICOTT, D. W. Da pediatria à psicanálise. Tradução Jane Russo. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1993.
WINNICOTT, D. W. (1946). Alguns aspectos psicológicos da delinqüência juvenil. In: WINNICOTT, D. W. Privação e delinqüência.3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.