O entorno da Estação da Luz: infra-estrutura de transportes, mobilidade e desigualdade social

Autores/as

  • Ana Kláudia de A. Viana Perdigão
  • Dirce Bertan de Freitas
  • Gilda Collet Bruna

Palabras clave:

Estudos urbanos, Urban Studies, Transporte, Transportation,

Resumen

A Estação da Luz desempenhou um papel importante na estruturação das áreas centrais da metrópole de São Paulo. Como parte do transporte coletivo, sua história prendia-se primeiramente àquela das ferrovias suburbanas, que diferentemente do ocorrido em outros países, estava mais ligada a um subúrbio basicamente formado por população de baixa renda que se servia da ferrovia para seus movimentos pendulares de ida e volta de sua residência ao trabalho, este localizado junto aos principais centros metropolitanos de comércio e serviços. Nessa lide diária o cidadão enfrentava, porém, muitas dificuldades, devido a atrasos e mesmo interrupções do transporte por longos períodos, o que sempre foi atribuído às precárias condições do sistema ferroviário, pois a partir dos anos de 1950, os investimentos se voltaram prioritariamente para o sistema de transporte rodoviário. Essa situação de carência das ferrovias só veio se modificando, com maior ênfase, nos anos de 1970, com a implantação da primeira linha de Metrô Norte-Sul e, mais significativamente nos anos de 1990, com os esforços envidados para interligar os sistemas ferroviários – trem e metrô – formando uma rede metropolitana de alta capacidade de transporte. Estes investimentos, mais recentemente permitirão integrar os transportes em rede, tendo esta rede ponto de transbordo na Estação da Luz, edificação de mais de cem anos de existência, construída em estilo Vitoriano, que atualmente se encontra em processo de restauro e modernização. Como ponto de entroncamento entre modais, a Estação da Luz permitirá o intercâmbio entre as linhas do Metrô Norte-Sul (linha 1) e Luz-Vila Sonia (linha 4). Estima-se assim que cerca de 35 mil pessoas estarão passando por hora pela Estação da Luz. Com esta perspectiva, a pergunta que se deve responder é “qual é o impacto dessa população no entorno da Estação da Luz?” Ou ainda, “qual é o papel da Estação da Luz nas áreas de seu entorno e na metrópole?” Para entender a amplitude desse impacto esperado é que se propõe que este estudo abranja os distritos da Sé, República, Bom Retiro, Santa Cecília, Brás e Pari. Metodologicamente serão utilizados dados e informações constantes das principais pesquisas e publicações como a Pesquisa Origem/Destino de 1997, desenvolvida pelo Metrô e o Programa Integrado de Transportes Urbanos para 2020, desenvolvido pela Secretaria de Estado dos Negócios Metropolitanos, dentre outros. Como resultados espera-se gerar e aumentar conhecimento que permitam fundamentar atitudes de gestão, planejamento e projeto de recuperação de áreas urbanas degradadas.

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Publicado

2008-02-03

Cómo citar

PERDIGÃO, A. K. de A. V.; DE FREITAS, D. B.; BRUNA, G. C. O entorno da Estação da Luz: infra-estrutura de transportes, mobilidade e desigualdade social. Cadernos de Pós-Grado en Arquitectura y Urbanismo, [S. l.], v. 3, n. 1, 2008. Disponível em: http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/cpgau/article/view/5979. Acesso em: 3 jul. 2024.

Número

Sección

Artigos

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