O Jardim como espaço terapêutico

Seus benefícios e suas qualidades espaciais paisagísticas

Autores

  • Gustavo de Paula Lima Pontifícia Universidade Católica de Campinas
  • Ana Farah Pontifícia Universidade Católica de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.5935/cadernospos.v22n1p100-118

Palavras-chave:

Ambientes restauradores; Jardim terapêutico; Praça Gisele Gordon-Campinas/SP; Espaços vegetados e construídos.

Resumo

A presente pesquisa estuda o jardim como espaço terapêutico, abordando conceitos sobre ambientes restauradores nos chamados jardins terapêuticos e tem como objetivo compreender o tema por meio de conceitos que avaliam e interpretam  espaços potencialmente terapêuticos, ressaltando suas qualidades arquitetônicas e biológicas, abordando algumas teorias sobre ambientes restauradores, esclarecendo suas qualidades espaciais geradoras de benefícios, suas tipologias recorrentes e suas características projetuais, notadamente na qualificação das áreas construídas e ajardinadas. A metodologia assentou-se no processo dialético, recorrendo-se a bibliografias relacionadas aos conceitos de espaço, lugar e paisagem em que se enquadram os chamados jardins terapêuticos a fim de identificar os seus desdobramentos na empiria. As teorias desveladas pela revisão bibliográfica, acerca dos lugares nominados jardins terapêuticos, foram repercutidas na concretude das proposições, evidenciando suas qualidades espaciais e biológicas, buscando apontar os benefícios no processo de bem-estar dos usuários aplicados a um espaço construído na cidade de Campinas (SP). Dessa forma, o instrumental teórico propiciou apontar qualidades nos desdobramentos do espaço ajardinado, verificando sua aplicabilidade no referido estudo de caso, ensejando ampliar e aprofundar os conceitos e princípios para análise da qualidade e da efetividade espaciais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALEX, S. Projeto da Praça: convívio e exclusão no espaço público. 2. ed. São Paulo: Editora Senac, 2011.

CONSTANTINO, N. Novas funções do paisagismo: Jardins terapêuticos. In: VII ENEPEA ENCONTRO NACIONAL DO ENSINO DE PAISAGISMO EM ESCOLAS DE AQUITETURA E URBANISMO NO BRASIL, Anais [...]. Belo Horizonte: UFMG, 2004. 11 p.

COSTA, S. O jardim como espaço terapêutico. 2009. Dissertação (Mestrado em Planeamento e Projeto do Ambiente Urbano) – Faculdade de Engenharia, Faculdade de Arquitetura, Universidade do Porto, Cidade do Porto, 2009.

FOSTER, C.; HILLDSON, M. Changing the environmental to promote health-enhacing physical activity. Jornal Sports Science, Oxford, v. 22, n. 8, p. 755-769, 19 abr. 2004. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/026404104100017 12458. Acesso em: 31 out. 2021.

FRANCIS, M. Control as a Dimension of Public - Space Quality, Public Places and Spaces, 1889, p.147-172.

GEHL, J. Cidade para Pessoas. 2. ed. São Paulo: Editora Perpectiva, 2013.

GESLER, W. Therapeutic Lanscapes: theory and a case study of Epidauros, Greece. Environment and Planning: Society and Space, Newbury Park, Califórnia, v. 11, n. 2, p. 171-189, 01 abr. 1993. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/ 10.1068/d110171. Acesso em: 31 out. 2021.

GRESSLER, S.; GUNTHER, I. Ambientes restauradores: Definição, histórico, abordagens e pesquisas. Estudos de Psicologia, Brasília, Distrito Federal, v. 18, n. 3. p. 487-495, 2013. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/28897. Acesso em: 31 out. 2021.

HALL, S. A identidade cultura na pós-modernidade. 11. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.

KAPLAN, R.; KAPLAN, S. The experience of nature: a psychological perspective. Cambridge: Cambridge Press, 1989.

KAPLAN, S. The restorative benefits of nature: Toward an integrative framework.: Jornal of Environmental Psychology, Nova Iorque, v. 15, n. 3, p. 169-182, set. 1995. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/027249449 5900012. Acesso em: 31 out. 2021.

LOBODA, C; DE ANGELIS, B. Áreas Verdes Públicas Urbanas: Conceitos, Usos e Funções. Revista Ambiência, Guarapava, v. 1, n. 1, p. 125-139. Guarapuava, 2005. Disponível: https://revistas.unicentro.br/index.php/ambiencia/article/view/157/ 185. Acesso em: 31 out. 2021.

LYNCH, K. A boa forma da cidade. Lisboa: Edições 70, 2010.

MARCUS, C.; BARNES, M. Healing Gardens: Therapeutic Benefits and Design Recommendation. New York: Wiley, 1999.

MARCUS, C. C.; SACHS, N. A. Therapeutic Landscapes: as evidence-based approach to designing gealing gardens and restaurative outdoors spaces. New Jersey: John Wiley & Sons, INC, 2014.

RAVEN, P et. al. Biologia vegetal, 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.

REIS-ALVES, L. O conceito de lugar. In: Arquitextos Revistas: Vitruvius (08.087/225), 2007. Disponível em: https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.087/ 225. Acesso em: 12 jun. 2020.

SEGAWA, H. Ao amor do público: jardins no Brasil, São Paulo: Editora Fapesp, 1996.

SILVEIRA, B.; FELIPPE, M. Ambientes Restauradores conceitos e pesquisas em contextos de saúde. Florianópolis: UFSC, 2019.

SOUSA, S. Jardins terapêuticos em unidades de saúde. 2016. 96 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura Paisagista) – Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa, 2016.

TUAN, Y. Espaço e Lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: Difel, 1983.

ULRICH, R.; SIMONS, R.; LOSITO, B.; FIORITO, E.; MILES, M.; ZELSON, M. Stress recovery during exposure to nature and urban environments. Journal of Environmental Psychology, Nova Iorque, v. 11, n. 3, p. 201-230, set. 1991. Disponível em: https:// www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0272494405801847. Acesso em: 31 out. 2021.

ULRICH, R. Aesthetic and affective response to natural environment. Behavior and the natural environment, Nova Iorque, v. 6, p. 85-125, jan. 1983. Disponível em: https://link.springer.com/chapter/10.1007%2F978-1-4613-3539-9_4. Acesso em: 31 out. 2021.

ULRICH, R. S. View through a window may influence recovery from surgery. Science. Washington, v. 224, p. 420-421, 27 abr. 1984. Disponível em: https://pubmed. ncbi.nlm.nih.gov/6143402/. Acesso em: 31 out. 2021.

ULRICH, R. Effects of gardens on health outcomes: Theory and research. In: MARCUS, C. C.; BARNES, M. (eds.). Healing gardens: therapeutic benefits and design recommendations. Nova Iorque: John Wiley, 1999. p. 27-86.

Downloads

Publicado

2022-01-08

Como Citar

DE PAULA LIMA, G.; FARAH, A. P. O Jardim como espaço terapêutico: Seus benefícios e suas qualidades espaciais paisagísticas. Cadernos de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, [S. l.], v. 22, n. 1, p. 100–118, 2022. DOI: 10.5935/cadernospos.v22n1p100-118. Disponível em: http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/cpgau/article/view/jardim.espaco.terapeutico.cadernos.pos.au.2022.1. Acesso em: 20 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos