O Jardim como espaço terapêutico
Seus benefícios e suas qualidades espaciais paisagísticas
DOI:
https://doi.org/10.5935/cadernospos.v22n1p100-118Palavras-chave:
Ambientes restauradores; Jardim terapêutico; Praça Gisele Gordon-Campinas/SP; Espaços vegetados e construídos.Resumo
A presente pesquisa estuda o jardim como espaço terapêutico, abordando conceitos sobre ambientes restauradores nos chamados jardins terapêuticos e tem como objetivo compreender o tema por meio de conceitos que avaliam e interpretam espaços potencialmente terapêuticos, ressaltando suas qualidades arquitetônicas e biológicas, abordando algumas teorias sobre ambientes restauradores, esclarecendo suas qualidades espaciais geradoras de benefícios, suas tipologias recorrentes e suas características projetuais, notadamente na qualificação das áreas construídas e ajardinadas. A metodologia assentou-se no processo dialético, recorrendo-se a bibliografias relacionadas aos conceitos de espaço, lugar e paisagem em que se enquadram os chamados jardins terapêuticos a fim de identificar os seus desdobramentos na empiria. As teorias desveladas pela revisão bibliográfica, acerca dos lugares nominados jardins terapêuticos, foram repercutidas na concretude das proposições, evidenciando suas qualidades espaciais e biológicas, buscando apontar os benefícios no processo de bem-estar dos usuários aplicados a um espaço construído na cidade de Campinas (SP). Dessa forma, o instrumental teórico propiciou apontar qualidades nos desdobramentos do espaço ajardinado, verificando sua aplicabilidade no referido estudo de caso, ensejando ampliar e aprofundar os conceitos e princípios para análise da qualidade e da efetividade espaciais.
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