Inovações e Ausências na Gestão do Patrimônio em São Paulo

Resumo

Este artigo apresenta um balanço da experiência da gestão do DPH - Departamento do Patrimônio Histórico - da Prefeitura de São Paulo de 2013 a 2016. Entendemos que o patrimônio é uma questão urbana e não vem sendo tratado como tal. A partir de 2013, propusemos um ponto de inflexão na trajetória do DPH, dando maior visibilidade ao patrimônio da cidade, agilizando processos e buscando integração entre esferas de governo, envolvendo as decisões do CONPRESP e da própria burocracia da prefeitura. Contudo, ainda falta a perspectiva de formulação de projetos urbanos para bairros históricos: o centro, o Bexiga e a área da Luz. Buscámos ainda alargar o conceito de patrimônio e formas mais efetivas e democráticas da sua valorização e proteção. Essas foram as inovações que procurámos introduzir na nossa gestão. Artigo estrutura-se em três partes: em primeiro lugar, expomos o histórico das ações de preservação, no município de São Paulo, a começar pelo órgão nacional de proteção do Patrimônio Histórico, criado na década de 1930 e o órgão estadual, dos anos 1960; a seguir, descrevemos a evolução crítica do DPH nestes 40 anos de existência e, finalmente, apontamos as inovações introduzidas nesses quatro anos sem, no entanto, a concretização de projetos urbanos.