Arquitetura participativa do Saal e a Escola do Porto
DOI:
https://doi.org/10.5935/cadernospos.v22n2p54-70Palavras-chave:
Habitação; Saal; Escola do Porto; Álvaro Siza.Resumo
O presente artigo analisa a experiência da escola do Porto em Portugal nos anos de 1970 no que diz respeito ao déficit habitacional e a suas interações no processo político e social da Revolução de 25 de Abril. A Escola do Porto tornou-se “sinônimo” de arquitetura portuguesa nos recentes anos, em que a mídia se tornou relevante, abrindo ao conhecimento do público o trabalho dos arquitetos. A Escola do Porto se insere nos movimentos sociais da década de 1960, nos quais estudantes queriam mais que um modelo acadêmico: defendiam que o curso deveria habilitar o arquiteto a responder às questões sociais. Assim, alunos e professores da antiga Escola de Belas Artes do Porto – hoje Faculdade de Arquitetura do Porto – protagonizaram um importante projeto que ficou conhecido como Operação Serviço de Apoio Ambulatorial Local (Saal). O processo de arquitetura participativa denominado Saal foi um marco importante no percurso das políticas habitacionais de Portugal com repercussão internacional, tendo maior visibilidade na cidade de Porto. Embora breve no período de vigência (1974-1976), seu grande diferencial foi a participação dos moradores no processo de projeto, fato até então inédito, que colocou “lado a lado” arquitetos, trabalhadores e o poder público.
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