Análise narrativa da websérie Imaginário: perspectivas da folkmídia, do fantástico e do horror na obra de Bruno Esposti

Autores

  • Ana Catarine Mendes da Silva Mestranda, UNICAMP
  • Isabela Marques Graduanda, UNICSUL
  • João Paulo Hergesel PUC-CAMPINAS
  • Luan Ximenes Dias Mestrando, PUC-CAMPINAS

Palavras-chave:

Estudos de Televisão, Ficção Seriada Televisiva, Narrativas Midiáticas, Websérie, Folkmídia

Resumo

De que forma um produto de ficção seriada pode utilizar elementos do folclore brasileiro, em combinação com o fantástico e com o horror, para construir sua narrativa? Partindo deste questionamento, o presente trabalho analisa a websérie Imaginário (2016), do cineasta Bruno Esposti, que narra, em cada capítulo, uma lenda urbana ou folclórica do Brasil. Este artigo objetiva, portanto, detectar as intersecções entre folclore nacional, mídias digitais e o horror no audiovisual. Para realizar este estudo, primeiramente apresenta-se uma contextualização teórica sobre as webséries, as narrativas midiáticas e a websérie Imaginário. Em seguida, descreve-se brevemente uma conjuntura em relação ao folclore brasileiro, recuperando discussões epistemológicas da Folkcomunicação (MARQUES DE MELO, 2007; BENJAMIN, 2007), especialmente em sua vertente denominada folkmídia (LUYTEN, 2002; D’ALMEIDA, 2003). Após isso, apresentam-se aspectos da narrativa fantástica e do horror, fundamentando-se principalmente nos estudos de Todorov (1970) e Cánepa (2008). Posteriormente, analisa-se a websérie Imaginário, observando seus principais elementos narrativos interessantes ao audiovisual, conforme pontuam Bordwell e Thompson (2013), a partir do roteiro de análise de Gancho (1991), em diálogo com aspectos semânticos da cultura folclórica compilados por Cascudo (2005). Por fim, desenvolvem-se as considerações finais da pesquisa, evidenciando os principais aprendizados e ponderações realizadas durante a pesquisa. Entre os principais resultados, percebe-se que as webséries podem se configurar como um formato de ficção seriada audiovisual capaz de resgatar elementos do folclore e da cultura popular (Folkcomunicação), ressignificando-os e apresentando-os de modo massivo (folkmídia) para um público-alvo diversificado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Catarine Mendes da Silva, Mestranda, UNICAMP

Graduanda do curso de Relações Públicas da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Bolsista FAPIC/Reitoria (PUC-Campinas). Membro do grupo de pesquisa Entre(dis)cursos: sujeito e língua(gens).

Isabela Marques, Graduanda, UNICSUL

Graduanda do curso de Letras da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Membro do grupo de pesquisa Entre(dis)cursos: sujeito e língua(gens). Bolsista FAPIC/Reitoria (PUC-Campinas).

João Paulo Hergesel, PUC-CAMPINAS

Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Linguagens, Mídia e Arte da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Doutor em Comunicação (UAM), com pós-doutorado em Comunicação e Cultura (Uniso). Membro do grupo de pesquisa Entre(dis)cursos: sujeito e língua(gens). Participante da Rede Brasileira de Pesquisa em Ficção Televisiva (Obitel Brasil) e da Red Iberoamericana de Investigación en Narrativas Audiovisuales (Red Inav).

Luan Ximenes Dias, Mestrando, PUC-CAMPINAS

Graduando do curso de Relações Públicas da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Bolsista FAPIC/Reitoria (PUC-Campinas). Membro do grupo de pesquisa Entre(dis)cursos: sujeito e língua(gens).

Downloads

Publicado

2023-05-23

Como Citar

Mendes da Silva, A. C., Marques, I., Hergesel, J. P., & Ximenes Dias, L. (2023). Análise narrativa da websérie Imaginário: perspectivas da folkmídia, do fantástico e do horror na obra de Bruno Esposti. Revista Trama Interdisciplinar, 14(1), 181–196. Recuperado de http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/tint/article/view/15504