Relação do Teste de Bender (Avaliação Koppitz) com o R-2: Teste Não Verbal de Inteligência para Crianças

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Helena Rinaldi Rosa
Irai Cristina Boccato Alves

Resumo

Esta pesquisa buscou verificar se existe relação entre o fator geral da inteligência, avaliado pelo teste não verbal de inteligência R-2, e a organização visomotora infantil, medida pelo teste de Bender, pela adaptação de Koppitz (1963, 1975, 1989). A amostra foi composta por 538 crianças de escolas do município de Assis (SP), de ambos os sexos, com idades entre 4 anos e 9 meses e 11 anos e 9 meses, obtida considerando a proporção da participação de alunos matriculados em escolas municipais e particulares, no ensino infantil e no ensino fundamental. Os resultados indicaram uma correlação significante de -0,702 entre os totais de pontos dos dois testes. A correlação é negativa, pois, no R-2, são pontuados os acertos, e, no Bender, os erros, indicando que existe relação entre o fator geral da inteligência e a organização visomotora das crianças, ainda que sejam habilidades diferentes. Essa relação já havia sido apontada anteriormente por Koppitz (1963, 1975, 1989).

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