Observações da auditoria interna em bancos: a implementação de esquema prático para identificação das causas raízes

Autores

  • Adriano Pinto Teixeira 5511980467643
  • Letícia Fortunato Montagneiro Universidade Presbiteriana Mackenzie
  • Jonatan Gustavo Althman dos Santos Universidade Presbiteriana Mackenzie

Palavras-chave:

Pontos de Auditoria, Causa raiz, Pesquisa Intervencionista, Esquema Prático

Resumo

As observações registradas nos relatórios de auditoria interna (AI), também conhecidas como pontos de auditoria, devem recomendar a implementação de ações visando à regularização das causas raízes das não conformidades e/ou oportunidades de melhorias identificadas. O objetivo deste relato tecnológico é apresentar uma proposta de esquema prático para a identificação das causas raízes dos problemas registrados nos pontos de auditoria da AI. O estudo caracteriza-se como uma pesquisa intervencionista, realizado por meio de estudo de caso único em uma instituição financeira bancária (IFB) no Brasil. A intervenção valeu-se do framework denominado engaged scholarship de Van de Ven (2013), no qual o pesquisador é o agente da mudança, suportado por contribuições obtidas a partir de diferentes perspectivas de stakeholders-chaves (auditores, coordenadores, gerentes de auditoria). As fontes de evidenciação dos resultados do estudo foram análise documental (relatórios de AI), entrevistas com os coordenadores e gerentes de auditoria e as impressões do pesquisador participante, tendo em vista que um dos autores é funcionário da IF objeto de estudo, suportadas pela triangulação das evidências. A intervenção revelou que a implementação do esquema prático está na etapa de habitualização da pré-institucionalização, conforme Tolbert e Zucker (1996). Os resultados demonstraram melhorias na especificação da causa raiz, na assertividade das recomendações e na elaboração do plano de ação pela área auditada.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Aguiar, M. C. (2014). Análise de causa raiz: Levantamento dos métodos e exemplificação (Dissertação de mestrado). Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Alzeban, A. (2019). The relationship between internal controls and internal audit recommendations. Revista Española de Financiación y Contabilidad, 48(3), 341-362.

Banco Central do Brasil (Bacen). (2017). Resolução do Conselho Monetário Nacional Nº 4.588, de 29 de junho de 2017. Dispõe sobre a atividade de auditoria interna nas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. Recuperado de https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/

id/19147755/do1-2017-06-30-resolucao-n-4-588-de-29-de-junho-de-2017-19147661.

Boff, M. L., Beuren, I. M., & Guerreiro, R. (2008). Institucionalização de hábitos e rotinas da controladoria em empresas do estado de Santa Catarina. Revista Organizações & Sociedade, 15(46), 153-174.

CFC – Conselho Federal de Contabilidade. (2013). Norma Brasileira de Contabilidade TR CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE – CFC nº 2.400 de 25.10.2013. Diário Oficial da União em 30/10/2013.

Farkas, M., Hirsch, R., & Kokina, J. (2019). Internal auditor communications: An experimental investigation of managerial perceptions. Managerial Auditing Journal, 34(4), 458-481. doi:10.1108/MAJ-06-2018-1910

Gangidi, P. (2019). A systematic approach to root cause analysis using 3 × 5 why’s technique. International Journal of Lean Six Sigma, 10(1), 295-310. doi:10.1108/IJLSS-10-2017-0114

Martins, G. de A., & Theóphilo, C. R. (2016). Metodologia da investigação científica para Ciências Sociais Aplicadas (3a. ed.). Grupo Gen, São Paulo.

Russo, P. T. (2011). A institucionalização do Balance Score Card pelas Organizações: O caso Sabesp (Dissertação de mestrado). Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, São Paulo.

Selznick, P. (1996). Institutionalism “old” and “new”. Administrative Science Quarterly, 41(2), 270-277.

Slack, N., Brandon-Jones, A., Johnston, R. (2018). Administração da produção (8a. ed). Grupo Gen. São Paulo.

The Institute of Internal Auditors (IIA) (2016a). IPPF – Relatórios de Auditoria – Comunicando Resultados dos Trabalhos de Avaliação. IPPF – International Professional Practices Framework, 1-45.

The Institute of Internal Auditors (IIA) (2016b). Normas Internacionais para a Prática de Auditoria Interna, 1-20.

The Institute of Internal Auditors (IIA). (2017a). IPPF – Norma 1220. Dispõe sobre o Zelo Profissional Devido. IPPF – International Professional Practices Framework. Recuperado de: http: Microsoft Word – normas_internacionais_para_a_pratica_de_auditoria_interna_ 2013_2016.docx (iiabrasil.org.br)

The Institute of Internal Auditors (IIA). (2017b). Global perspectives and insights: Auditoria Interna e Auditoria Externa: Papéis Diferentes na Governança Organizacional. São Paulo: The Institute of Internal Auditors.

The Institute of Internal Auditors. (2019). Orientações de Implantação: Código de Ética e Normas Internacionais para a Prática Professional e da Auditoria Interna. São Paulo: The Institute of Internal Auditor.

Tolbert, P. S., & Zucker, L. G. (1983). Institutional sources of change in the formal structure of organizations. Administrative Science Quarterly, 28, 22-39.

Tolbert, P. S., & Zucker, L. G. (1996). The institutionalization of Institutional Theory. In Clegg, S. R., Nord, W., & Hardy, C (Eds.) (1996). Handbook of organization studies (pp. 175-190). doi:10.4135/9781446218556.n6. London. SAGE.

Van de Ven, A. H. (2013). Engaged Scholarship: A guide for organizational and social research. New York: Oxford University Press.

Yin, K., R. (2015). Estudo de caso: Planejamento e métodos (5a. ed.). Porto Alegre, Bookman. Zucker, L. (1987). Institutional theories of organization. Annual Review of Sociology, Palo Alto, 13, 443-464.

Downloads

Publicado

2021-07-21

Como Citar

Pinto Teixeira, A., Fortunato Montagneiro, L., & Althman dos Santos, J. G. (2021). Observações da auditoria interna em bancos: a implementação de esquema prático para identificação das causas raízes. Práticas Em Contabilidade E Gestão, 9(2), 1–27. Recuperado de http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/pcg/article/view/14300

Edição

Seção

Relatos Tecnológicos