Processos Territoriais e Paisagem: Porto na Cidade de Vitória (ES/Brasil)

Autores

  • Martha Machado Campos Universidade Federal do Espírito Santo
  • Minieli Fim Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo e Empresa Capixaba de Ensino, Pesquisa e Extensão S/A.

Palavras-chave:

História

Resumo

O fenômeno dos portos na cidade pode ser associado às relações socioeconômicas de ordem temporal e espacial distintas, sempre balizadas por questões globais. Este artigo trata desse fenômeno em âmbito local, com abordagem sobre modernização portuária, evolução urbana e transformação do território e da paisagem da Capital capixaba (Vitória/ES/Brasil). A substituição dos antigos cais pelo porto moderno, no final do século XIX; a reestruturação urbanística e econômica da antiga vila nos moldes de praça de comércio, no século XX; a expansão e diversificação da atividade portuária em área distante do primeiro núcleo portuário da cidade, nos anos 1960; a expansão das plantas industriais e áreas retroportuárias, nas últimas décadas do século passado; e o novo ciclo de expansão da atividade portuária em esfera metropolitana, no século XXI; estão entre os fatores que modificam, de modo permanente, a reconfiguração territorial e paisagística de Vitória. Este trabalho busca elucidar o fenômeno dos portos na cidade a partir de processos históricos contextualizados em Vitória, nos quais se observa a produção territorial do porto e da cidade, por meio da denominada modernização e expansão de ambos. O compartilhamento do uso do território revela de início uma relação de dependência e proximidade entre as funções do espaço urbano e a atividade portuária propriamente dita. Em seguida, se observa o afastamento funcional entre cidade e porto, contudo permanece a proximidade física e visual, a partir da evolução e ocupação urbana. Constata-se atualmente a disputa pelo território associada aos impactos socioambientais, afetando paisagem e vida urbana.

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Biografia do Autor

Martha Machado Campos, Universidade Federal do Espírito Santo

Martha Machado Campos é arquiteta-urbanista (UFES, 1989), doutora (PUC-SP, 2004) e professora associada da Universidade Federal do Espírito Santo, com atuação no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da mesma instituição. Atualmente, desenvolve Pós-Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordena o Núcleo de Estudos de Arquitetura e Urbanismo da UFES, atuando em pesquisa com ênfase nos seguintes temas: cidade, paisagem, território, projeto urbano, espaço público, cidade portuária, teoria e história da arquitetura, da cidade e do urbanismo. Possui publicações em coautoria: Cidade Prospectiva (2009); Urbanismo no Brasil 1895-1965 (2005); CD Urbanismo.br.; MG-ES Um Sistema Infraestrutural (2003); e Centro.com.vitória (2002). Foi coordenadora do Plano de Proteção da Paisagem da Área Central de Vitória (PMV, 2011) e do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFES (2011 a 2013).

Minieli Fim, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo e Empresa Capixaba de Ensino, Pesquisa e Extensão S/A.

Arquiteta e Urbanista pela Universidade Federal do Espírito Santo (2012). Possui mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (2015) na área de concentração Cidade e Impactos no Território com dissertação intitulada: Atividade portuária e processos territoriais: uma abordagem urbanística da Grande Vitória - ES. Atualmente é professora substituta do curso técnico em Edificações do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo e professora do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo na empresa Capixaba de Ensino, Pesquisa e Extensão S/A.

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Publicado

2017-08-07

Como Citar

CAMPOS, M. M.; FIM, M. Processos Territoriais e Paisagem: Porto na Cidade de Vitória (ES/Brasil). Cadernos de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, [S. l.], v. 17, n. 1, p. 41, 2017. Disponível em: http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/cpgau/article/view/2017.1%20Campos. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Questões Urbanas: Legados de Projeto