Práticas Colaborativas em P&D: Um Estudo na Indústria Brasileira de Semicondutores
Palavras-chave:
Práticas Colaborativas. Projetos Colaborativos. P&D. Colaboração. Semicondutores.Resumo
Recentes estudos apontam a necessidade de abertura do modelo de P&D para uma maior interação, complementaridade e cooperação com atores externos. Assim, o ambiente da empresa passa a ser um ecossistema de relacionamentos orgânicos entre as diversas fontes de conhecimentos que interagem de forma dinâmica, criando o conhecimento aplicado no processo de P&D. A questão que se coloca para a presente pesquisa é: quais e como ocorrem as práticas colaborativas de P&D em uma indústria de alta complexidade tecnológica? Para lançar luz à presente pesquisa, buscou-se investigar projetos colaborativos de P&D junto à indústria brasileira de semicondutores. O presente artigo investiga a estrutura dos projetos colaborativos de P&D na indústria de semicondutores conduzidos no Brasil, bem como desvenda as práticas colaborativas mais comuns entre os atores. Para o estudo de campo, foram investigados 21 projetos de P&D, desenvolvidos por Design Houses brasileiras de 2008 a 2013. O estudo faz uma abordagem contextual dos projetos brasileiros, identificando quem são os principais atores, quais as suas contribuições mais relevantes e as formas de colaboração com seus parceiros. Os resultados demonstram uma série de práticas colaborativas nos projetos de P&D. Na nascente indústria nacional de semicondutores, existe uma diversidade de interações entre fornecedores, clientes, universidades e agências de fomento; inclusive, com concorrentes estrangeiros. De acordo com os resultados do estudo, parece possível enfatizar que, na indústria brasileira, há um conjunto amplo de laços não familiares e bastante fluídos, que se movem e configuram-se rapidamente. Cabe também ressaltar que o governo tem um papel importante na influência da inovação, baseando-se no princípio da interdependência, haja vista a criação de mecanismos dinâmicos e o fomento por parte de políticas públicas e ações governamentais, principalmente aquelas ações para incentivo da inovação e interação entre os atores, formação e capacitação de pessoas, exploração do comércio internacional, incentivo à captação de recursos, redução da carga tributária, etc. Dentre as principais práticas colaborativas empregadas estão a colaboração em P&D e aspectos gerenciais, a cocriação a montante e a jusante na cadeia produtiva, o financiamento de P&D e a aquisição de tecnologia.
Downloads
Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
Edição
Seção
Licença
Após a aprovação do artigo, os autores cedem seus direitos autorais à RAM. As condições da Sessão de Direitos Autorais incluem:
1. A Revista de Administração do Mackenzie (RAM) mantém, com a cessão dos direitos autorais, a posse dos direitos sobre os artigos por ela publicados.
2. O autor retém seus direitos morais no artigo, incluindo o direito de ser identificado como autor sempre que o artigo for publicado.
3. A partir de 01 de julho de 2015 a RAM adotou o padrão de licença CC-BY (Creative Commons– BY). É permitido ao autor copiar, distribuir, exibir, transmitir e adaptar o artigo. O autor deve atribuir de forma explícita e clara a publicação original do artigo à RAM (referenciando o nome da revista, a edição, o ano e as páginas nas quais o artigo foi publicado originalmente), mas sem sugerir que a RAM endossa o autor ou sua utilização do artigo. Por meio da licença CC-BY os conteúdos estão liberados para interoperar plenamente com os mais diferentes sistemas e serviços, incluindo fins comerciais. No caso de quaisquer reutilizações ou distribuições do artigo, o autor deve deixar claro para terceiros os termos do licenciamento do artigo. O Critério CC-BY segue as políticas de acesso aberto dos principais publicadores e periódicos de AA (Acesso Aberto) como são o PLoS, eLife, Biomed Central, Hindawi, entre outros.
4. A RAM poderá, mediante solicitação formal do autor, autorizá-lo a publicar o artigo na forma de capítulo ou parte de livro. A única exigência é que a publicação anterior na RAM (nome da revista, edição, ano e páginas) deve ser referenciada de forma explícita e clara.