Cola, Plágio e Outras Práticas Acadêmicas Desonestas: um Estudo Quantitativo-Descritivo Sobre o Comportamento de Alunos de Graduação e Pós-Graduação da Área de Negócios

Autores

  • Tania Modesto Veludo-de-Oliveira Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP-FGV)
  • Fernando Henrique Aguiar Centro Universitário da FEI
  • Josimeire Pessoa Queiroz Centro Universitário da FEI
  • Alcides Barrichello Centro Universitário da FEI

Palavras-chave:

ensino superior, cola, práticas acadêmicas desonestas, administração, ética

Resumo

As atividades fraudulentas no mundo corporativo têm sido motivo crescente de preocupação da sociedade e podem estar associadas a falhas na formação educacional dos gestores. Este estudo tem por objetivo analisar o comportamento dos alunos de cursos relacionados à área de negócios no que tange a práticas acadêmicas desonestas, como cola e plágio; a base teórica adotada para o desenvolvimento da pesquisa foi o trabalho de Chapman et al. (2004). O escopo teórico do estudo versa sobre ética, competitividade e jeitinho brasileiro, assim como o emprego de práticas acadêmicas fraudulentas no Brasil e no mundo. Foi realizado um levantamento por meio de questionário com 164 estudantes de pós-graduação lato sensu e 179 estudantes de graduação. O questionário abordou a opinião dos respondentes frente a diversas situações envolvendo fraudes acadêmicas, incluindo o questionamento se os alunos já haviam participado pessoalmente de alguma dessas situações, assim como seus amigos e conhecidos. O questionário também explorou as intenções comportamentais dos respondentes em fraudar diante de quatro cenários acadêmicos diferentes, considerando seu relacionamento com terceiros, se amigos ou não. Além disso, os respondentes apresentaram seu grau de concordância em relação a diversas crenças relacionadas à fraude de atividades escolares. Na análise, foram utilizadas técnicas estatísticas univariadas e bivariadas, como teste t e correlações. Os resultados mostram que mais de 70% dos alunos de ambos os cursos já se envolveram em situações fraudulentas na sala de aula e mais de 90% deles acredita que outros alunos já participaram de fraudes acadêmicas. Suas intenções de fraudar são maiores quando os amigos estão envolvidos. Os estudantes de graduação tendem a minimizar a gravidade de atos escolares fraudulentos. O artigo sugere ações para as instituições de ensino na acepção de não apenas reduzir o uso de cola e o plágio, mas também promover a integridade que deve nortear as ações acadêmicas e profissionais. Entender o comportamento acadêmico frente a práticas desonestas pode ajudar a prever e prevenir comportamentos desonestos quando do exercício da profissão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tania Modesto Veludo-de-Oliveira, Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP-FGV)

PhD em Business Studies pela Cardiff Business School, Cardiff University (UK). Docente da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, Fundação Getulio Vargas (EAESP-FGV). Interesses de pesquisa: ensino em Administração e comportamento do consumidor.

Fernando Henrique Aguiar, Centro Universitário da FEI

Doutorando do Centro Universitário da FEI, Departamento de Administração. Docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Departamento de Produção. Interesses de pesquisa: ética e logística.

Josimeire Pessoa Queiroz, Centro Universitário da FEI

Doutoranda do Centro Universitário da FEI, Departamento de Administração. Docente do Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo, Departamentos de Administração e de Engenharia de Produção. Interesses de pesquisa: ensino, comunicação e estratégia.

Alcides Barrichello, Centro Universitário da FEI

Mestre em Tecnologia Bioquímico-Farmacêutica / Tecnologia de Alimentos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Docente da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Departamento de Administração, Ciências Contábeis e Sociais. Interesses de pesquisa: ensino em Administração, ética nos negócios e ética em vendas.

Downloads

Publicado

2013-11-21

Edição

Seção

Gestão Humana e Social