Olhares distintos: a mulher com impedimento auditivo no cinema
Palabras clave:
Libras, Cinema, Surdez, Inclusão, EnsinoResumen
O cinema torna-se um importante colaborador ao apresentar ao discente que muitas vezes não tem a possibilidade de conhecer outros continentes e culturas, um universo novo, que transporta a sétima arte para a sala de aula. Nesse processo, professores apresentam novos conceitos e realidades e reforçam outros tantos. O presente artigo trata de uma abordagem que envolve a figura feminina, com deficiência auditiva, considerando a história da língua de sinais, suas características e importância. Esse trabalho visa a analisar como a figura feminina, de pessoas com impedimento auditivo, é abordada de forma diferente, em três filmes: “Babel”, “A Linguagem do coração” e “A forma da água”. Posteriormente, analisamos como a língua de sinais é um importante meio de comunicação legal – tanto dentro da comunidade surda, quanto entre a comunidade surda e os não-surdos. A pesquisa lançou mão de um levantamento bibliográfico, contemplado pelo estudo exploratório, a partir de uma metodologia qualitativa. Os resultados evidenciaram que o cinema segue como um importante veículo de propagação de ideias e através dele, podemos ver como a figura da pessoa com impedimento auditivo é retratada. As constantes produções de gênero dramático reforçam estereótipos de que estas pessoas são incapazes - quando devemos ter um novo olhar, que explore a potencialidade que há em cada um, com suas subjetividades. Por conseguinte, podemos concluir que cada pessoa é única em sua forma de agir: todos podem ser independentes, autônomos e devem ter suas diferenças respeitadas, inclusive no que diz respeito às singularidades linguísticas de minorias, com a valorização da comunicação plural destas com o mundo que a cerca.
Descargas
Citas
ALBRES, Neiva de Aquino. História da língua de sinais em Campo Grande – MS. Petrópolis: ARARA AZUL, 2005
ALBUQUERQUE, M.A. de (2008) A pessoa com deficiência e suas representações no cinema brasileiro. 84 f. Dissertação(Mestrado em Comunicação) – Faculdade de Comunicação Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
ALMEIDA, M.P.D.; ALMEIDA, M. E. História de LIBRAS: característica e sua estrutura. Revista Philologus, Rio de Janeiro, nº54, p.315-327, 2012. Disponível em: <https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/41082577/031.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1504031838&Signature=Z8gofQtPvoLwkHqAZQOj1JCqzhU%3D&response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DHistoria_de_Libras_caracteristicas_e_sua.pdf>. Acesso em: 30 marc. 2021.
AMARAL, Matheus Henrique do; MONTEIRO, Maria Inês Bacellar, Análise de Obras cinematográficas para compreender as concepções de professores sobre o aluno com deficiência, Ver. Bras. Ed. Esp., Marília, v.22, n.4, p.511-526, Out-Dez, 2016
AMARAL, Matheus Henrique do; MONTEIRO, Maria Inês Bacellar, Deficiência e linguagem cinematográfica. Journal of Research in Special Educational Needs – V. 16, Ns1 – 2016; 351-354
BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília, DF: Coordenadoria Nacional para a integração da Pessoa Portadora de Deficiência, 1994.
CARVALHO, P. V., Breve História dos surdos no mundo e em Portugal. Lisboa, UK: Cambrigge University Press, 2007, p: 05-35
CARVALHO, P. V, Herança do Abade de L`Épée na viragem do século XVIII para o século XIX. Lisboa, Editora: The Factory , 2013, p: 9-69
COSTA, Flávia Cesarino. As ruidosas mulheres do cinema silencioso. Em: Holanda, Karla. (Org.). Mulheres de cinema. 1ed.Rio de Janeiro. Numa. 2019.v. 1, p. 19-36.
DIZEU, L. C. T. B.; CAPORALLI, S. A. A língua de sinais constituindo o surdo como sujeito. Educ. Soc., Campinas, v. 26, n. 91, p. 583-597, 2005.
FARIA, Marina Dias de; Casotti, Letícia Moreira, Representações e estereótipos das pessoas com deficiências como consumidoras: o drama dos personagens com deficiência em telenovelas brasileiras, Cap.2 Revista Organizações & Sociedade,v.21, n.70, July/Sept, 2014.
LACERDA, Cristina B.F. de. Um pouco da história das diferentes abordagens na educação dos surdos. Cad. CEDES [online]. 1998, vol.19, n.46 [citado 2021-03-31], pp.68-80. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32621998000300007&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1678-7110. https://doi.org/10.1590/S0101-32621998000300007.
LARRUSCAIN, Ida Ourica dos Santos; OLIVEIRA, Maria Angélica Figueiredo. O cinema como ferramenta de auxílio no processo ensino-aprendizagem? Manacial, Repositório digital da UFSM, 2011/2017.
MARIANI, R ; Libras - A construção e a divulgação dos conceitos científicos sobre o ensino de ciências e biotecnologia: integração internacional de um dicionário científico online; Tese de doutorado do curso de Ciências e Biotecnologia da Universidade Federal Fluminense, Niteroi, 2014, p.1-136.
OLIVEIRA, Bernardo Jeferson de. Cinema e imaginário científico, História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v.13 (suplemento), p. 133-50, outubro 2006.
SAUSSURE, F. de. Curso de linguística geral. São Paulo: Cultrix, 1987.
UZAN, A. J. S; OLIVEIRA, M. R. T; LEON, I. A importância da língua brasileira de sinais – (Libras) como língua materna no contexto da escola do ensino fundamental. XII Encontro Latino-americano de Iniciação Científica e VIII Encontro Latino-americano de Pós-Graduação–Universidade do Vale do Paraíba, 2008.
VYGOTSKY, L.S. Concrete human psychology. Soviet Psychology, v. 27, n. 2, p. 53-77, 1989
Filmografia.
A forma da água - 2017 / 2h 03min / Fantasia, Drama, Romance. Direção: Guillermo del Toro
A linguagem do coração - 2014 / 2h 15min / Drama, Biografia. Direção: Jean-Pierre Améris
Babel - 2007 / 2h 15min / Drama, Suspense. Direção: Alejandro González Iñárritu
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
A Revista TRAMA Interdisciplinar reserva os direitos autorais das contribuições publicadas em suas páginas. Esses direitos abrangem a publicação da contribuição, em português, em qualquer parte do mundo, incluindo os direitos às renovações, expansões e disseminações da contribuição, bem como outros direitos subsidiários. Autores têm permissão para a publicação da contribuição em outro meio, impresso ou digital, em português ou em tradução, desde que os devidos créditos sejam dados à Revista TRAMA Interdisciplinar. O conteúdo dos artigos é de responsabilidade de seus autores.