Experiências do cinema de guerrilha no Quilombo do América

Autores

  • Francisco Weyl Pesquisador independente
  • Hilton Pereira da Silva Universidade de Brasília https://orcid.org/
  • Roseti Araujo Associação de Remanescentes Quilombolas do América (ARQUIA)

Palavras-chave:

Estéticas de guerrilha, Amazônia, Resistência, Cinema Negro, Antropologia Visual

Resumo

A produção e o uso do audiovisual dentro e fora da sala de aula, o cinema social nas comunidades, e o percurso de um cinema negro e quilombola na Amazônia Paraense constituem a dialógica deste artigo, que apresenta e debate metodologias audiovisuais, artísticas e pedagógicas nos processos de envolvimento de jovens de uma comunidade negra rural amazônica e que culminaram com a realização dos filmes “O Quilombo é Meu Lugar, a Minha Casa” e “A Visita do Padroeiro”, resultantes de parceria entre o FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté e a ARQUIA -  Associação de Remanescentes do Quilombo do América, localizado no município de Bragança, no segundo maior estado do Brasil, entre os meses de abril e dezembro de 2021. Os filmes foram produzidos e exibidos no âmbito da VI e da VII edição do festival, período que coincidiu com a pandemia de COVID-19, que afetou intensamente as populações quilombolas brasileiras, porém não arrefeceu seu espírito de luta e resistência. Os participantes indicam que o Cinema de Guerrilha, através da produção e divulgação de projetos audiovisuais, tem sido um instrumento importante de empoderamento quilombola e de luta contra o racismo estrutural. A produção audiovisual, através da perspectiva do Cinema Negro pode ser construída como uma forma inovadora de pesquisa-ação e de transformação social.

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Biografia do Autor

Francisco Weyl, Pesquisador independente

Mestre em Artes e especialista em Semiótica pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Professor de audiovisual no Brasil, Portugal e Cabo Verde. Poeta e documentarista, criador do Festival Internacional de Cinema do Caeté (Ficca). 

Roseti Araujo, Associação de Remanescentes Quilombolas do América (ARQUIA)

Estudante de Serviço Social na UFPA, presidente da Associação de Remanescentes Quilombolas do América (ARQUIA), Bragança, Pará. Agente Comunitária de Saúde no Quilombo do América, ativista em movimentos étnicos, culturais e de gêneros, como o Mocambo, o Movimento Popular Camponês, e o Movimento de Mulheres do Quilombo.

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Publicado

2023-05-23

Como Citar

Weyl, F., Pereira da Silva, H., & Araujo, R. (2023). Experiências do cinema de guerrilha no Quilombo do América. Revista Trama Interdisciplinar, 14(1), 149–162. Recuperado de http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/tint/article/view/15408