Associações entre Responsividade Materna em Função da Prole e Desenvolvimento Motor

Conteúdo do artigo principal

Paula Cristina Soares Mesquita
Daniela Dias Siqueira
Marilice Fernandes Garotti
Ivete Furtado Ribeiro Caldas

Resumo

Introdução: A responsividade materna (RM) é um importante preditor da aquisição de habilidades motoras de bebês prematuros, no entanto, pode ser influenciada pelo tamanho da prole. Objetivo: Verificar como a RM e o tamanho da prole pode influenciar no desenvolvimento motor de neonatos prematuros. Método: Participaram 18 díades que foram distribuídas em três grupos. Foram utilizados a Ficha clínica, a Escala de interação social (EIS) e o Protocolo de Observação do Desenvolvimento Motor (PODM). Resultados: Entre as crianças que evoluíram com desenvolvimento motor normal no DMFA, o MPG foi o mais frequente (5; 83.3%), com escore 13.2 pontos na EIS (p < 0.0001).  Para aquelas com desfecho de risco tanto no DMFA quanto no DMG, o grupo MM se destacou (4; 66.7%), apresentando escore de 12.1 (p < 0.0001). Conclusão: A qualidade da RM interfere no DMFA e DMG de prematuros, entretanto a presença de irmãos também interfere no desenvolvimento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Seção
Desenvolvimento Humano

Referências

Beer, C., Israel, C., Johnson, S., Marlow, N., Whitelaw, A., & Glazebrook, C. (2013). Twin birth: An additional risk factor for poorer quality maternal interactions with very preterm infants? Early Human Development, 89(8), 555–559. doi:10.1016/j.earlhumdev.2013.02.006

Bos, A. F., Braeckel, K. N. J. A., Hitzert, M. M., Tanis, J. C., & Roze, E. (2013). Development of fine motor skills in preterm infants. Developmental Medicine and Child Neurology, 55(4), 1–4. doi:10.1111/dmcn.12297

Bryan, E. (2003). The impact of multiple preterm births on the family. BJOG: An International Journal of Obstetrics & Gynaecology, 110, 24–28. doi:10.12968/hosp.2003.64.11.2344

Caldas, I. F., Garotti, M. F., Shiramizu, V. K., & Pereira, A. (2018). The socio-communicative development of preterm infants is resistant to the negative effects of parity on maternal responsiveness. Frontiers in Psychology, 9(43), 1–8. doi:10.3389 /fpsyg.2018.00043

Chaves, R. N. D., Tani, G., Souza, M. C. D., Santos, D., & Maia, J. (2012). Variability in motor coordination: An approach based on the twin design. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 26(2), 301–311. doi:10.1590/S1807-55092012000200012

Crandall, A., Deater-Deckard, K., & Riley, A. W. (2015). Maternal emotion and cognitive control capacities and parenting: A conceptual framework. Developmental Review, 36, 105–126. doi:10.1016/j.dr.2015.01.004

Feldman, R., Rosenthal, Z., & Eidelman, A. I. (2014). Maternal-preterm skin-to-skin contact enhances child physiologic organization and cognitive control across the first 10 years of life, Biological Psychiatry, 75(1), 56–64. doi:10.1016/j.biopsych.2013.08.012

Fish, M., & Stifter, C. A. (1993). Mother parity as a main and moderating influence on early mother-infant interaction. Journal of Applied Developmental Psychology, 14(4), 557–572. doi:10.1016/0193-3973(93)90007-IGet

Formiga, C. K. M. R., Vieira, M. E. B., & Linhares, M. B. M. (2015). Avaliação do desenvolvimento de bebês nascidos pré-termo: A comparação entre idades cronológica e corrigida. Journal of Human Growth and Development, 25(2), 230-–236. doi:10.7322/JHGD.103020

Frankenburg, W. K., Dodds, J., Acher, P., Shapiro, H., & Bresnick, B. (1992). Denver II: Training manual. Colorado: Denver Developmental Materials. Lucion, M., & Escosteguy, N. (2011). Relação mãe-cuidadores de gemelares no primeiro ano após o nascimento. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, 21(2), 307–318. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbcdh/v21n2/13.pdf.

Morton, M. (2016). We can work it out: the importance of rupture and repair processes in infancy and adult life for flourishing. Health Care Anal, 24(2), 119–132. doi:10.1007/ s10728-016-0319-1

Organização Mundial de Saúde. (2018, dezembro 13). Quase 30 milhões de recém-nascidos prematuros e doentes necessitam de tratamento para sobreviver todos os anos. Recuperado de https://www.paho.org/bra/

Ostfeld, B. M., Smith, R. H., Hiatt, M., & Hegyi, T. (2000). Maternal behavior toward premature twins: Implications for development. Twin Research and Human Genetics, 3(4), 234–241. doi:10.1375/twin.3.4.234

Ravn, I. H., Smith, G., Lindemann, R., Smeby, N. A., Kyno, N. M., Grupo, E. H., & Sandvik L. (2011). Effect of early intervention on social interaction between mothers and preterm infants at 12 months of age: A randomized controlled trial. Infant Behavior and Development, 34(2), 215–225. doi:10.1016/j.infbeh.2010.11.004

Ruble, L., McDuffie, A., King, A., & Lorenz, D. (2008). Caregiver responsiveness and social interaction behaviors of young children with autism. Topics in Early Childhood Special Education, 28(3), 158–170. doi:10.1177/0271121408323009

Schadl, K., Vassar, R., Cahill-Rowley, K., Yeom, K. W., Stevenson, D. K., & Rose, J. (2018). Prediction of cognitive and motor development in preterm children using exhaustive feature selection and cross-validation of near-term white matter microstructure. NeuroImage: Clinical, 17, 667–679. doi:10.1016/j.nicl.2017.11.023

Shah, P. E., Robbins, N., Coelho, R. B., & Poehlmann, J. (2013). The paradox of prematurity: The behavioral vulnerability of late preterm infants and the cognitive susceptibility of very preterm infants at 36 months post-term. Infant Behavior and Development, 36(1), 50–62. doi:10.1016 / j.infbeh.2012.11.003

Thomas, A. R., Lacadie, C., Vohr, B., Ment L. R., & Scheinost, D. (2017). Fine motor skill mediates visual memory ability with microstructural neuro-correlates in cerebellar peduncles in prematurely born adolescents. Cerebral Cortex, 27(1), 322–329. doi:10.1093/cercor/bhw415

Zuccarini, M., Sansavini, A., Iversonb, J., Savini, S., Guarini, A., Alessandroni, R., Faldellac, G., & Aureli, T. (2016). Object engagement and manipulation in extremely preterm and full term infants at 6 months of age. Research in Developmental Disabilities, 55, 173–184. doi:https://doi.org/10.1016/j.ridd.2016.04.001