Efeitos do Trabalho Noturno em Trabalhadores da Saúde de um Hospital Público Universitário na Cidade de Pinar del Río, em Cuba

Conteúdo do artigo principal

Maria Nereyda Triguero Veloz
Jesús Carlos Gil Pérez
Tania Machín Triguero
Benardo Fernández Hernández

Resumo

Foi realizado um estudo descritivo transversal sobre os efeitos do trabalho noturno na saúde de 102 trabalhadores das unidades fechadas (terapia intensiva e cuidados coronários) durante o ano 2008, no Hospital Universitário "Abel Santamaría" da cidade de Pinar del Río, em Cuba. Avaliaram-se aspectos da saúde de médicos e paramédicos depois do trabalho noturno, e relacionaram-se variáveis como idade, sexo, manifestações psicopáticas, estresse, libido, transtornos cardiovasculares e do sono mediante um questionário realizado. Os resultados foram analisados com base em cálculos de frequência absoluta, porcentagem, média e moda, representado-os em gráficos e tabelas. O sexo feminino, no grupo de idades de 20 a 30 anos, predominou entre os paramédicos. Entretanto, o grupo de idades de 31 a 40 anos do sexo masculino predominou entre os médicos. A manifestação psicopatológica de maior incidência foi o estresse (66,6%). A libido não se modificou em 85,2% do total dos entrevistados. A taquicardia representou a maior porcentagem dos sintomas cardiovasculares referidos (54,3%). índice de sonolência posterior à jornada de trabalho noturna foi expressivo (89% da amostra). Demonstrou-se que os trabalhadores paramédicos do âmbito hospitalar de cuidados intensivos que foi avaliado apresentam um número considerável de sintomas e sinais que confirmam estados mórbidos, que interferem na saúde destes em nível psicológico, social e somático.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Seção
Artigos

Referências

BOGGILD, H; KNUTSSON, A. Shift work, risk factors and cardiovascular disease. Scand J. Work Environ. Health, v. 25, p. 85-99, 1999.

CARRIE, J.; MONK, T. Circadian rhytms of performance: new trends. Chronobiology International, v. 17, n. 6, p. 719-732, 2000.

CLARK, C. C. Burnout assessment and intervention. J. of Nursing Administration, v. 10, p. 39-43, 1980.

COLE, R. J.; LOVING, R. T.; KRIPKE, D. F. Psychiatric aspects of shiftwork. Occupational Medicine: state of art review, v. 5, n. 2, p. 301-314, 1990.

COMPERATORE, C. A.; KRUEGER, G. P. Circadian rhythm, desynchronosis, jet lag, and coping strategies. Occupational Medicine: state of art review, v. 5, n. 2, p. 323-341, 1990.

FIRTH-COZENS, J. Emotional distress in junior house officers. British Medical Journal, v. 295, p. 533-536, 1987.

FISCHER, F. M.; MORENO, C. R. de C.; ROTENBERG, L. Trabalho em turnos noturnos em uma sociedade de 24 horas. São Paulo: Atheneu, 2003.

FOLKARD, S.; WATERHOUSE, J. M.; MINORS, D. S. Chronobiology and shift work: current issues and trends. Chronobiology, v. 12, p. 31-54, 1985.

GERBERT, B. et al. Why fear persists: health care professionals and aids. Jama, v. 260, n. 23, p. 3.481-3.483, 1988.

HACKETT, T.; CASSEM, N. Handbook of general hospital psychiatry. Mosby, NY: Massachusetts general Hospital, 1978.

HAY, D.; OKEN, D. The psychological stress of intensive care unit nursing. Psychosomatic Medicine, v. 34, p. 109-118, 1972.

JAGARANTNE, S.; CHESS, W. A. Burnout: its impact on child welfare workers and their spouses. Social Work, v. 31, n. 1, p. 53-59, 1986.

JENKINS, J. F. Evaluation of Burnout in oncology nurses. Cancer Nursing, v.3, p. 108-116, 1986.

KELLY, J. A. et al. Stigmatization of aids patients by pshysicians. American Journal of Public Health, v. 77, n. 7, p. 789-791, 1987.

KNUTSSON, A. et al. Shiftwork and myocardial infraction: a case-control study. Occup. Environ. Med., v. 56, p. 46-50, 1999.

MARQUES, N.; MENNA-BARRRETO, L. (Ed.). Cronobiología: principios y aplicaciones. São Paulo: Edusp, Fiocruz, 1997.

MORRIS, R. G.; MORRIS, L. W.; BRITTON, P. G. Factors affecting the emotional well-being of the caregives of dementia suffers. British Journal of Psychiatry, v.153, p. 147-156, 1988.

PILOWSKI, L.; O’SULLIVAN, G. Mental illnes in doctors. British Medical Journal, v. 298, p. 269-70, 1989.