Teste de Regulação de Emoções: Análise com a Teoria de Resposta ao Item

Conteúdo do artigo principal

Celine Lorena Oliveira Barboza de Lira
José Maurício Haas Bueno

Resumo

A regulação de emoções é uma habilidade relacionada à inteligência emocional, que tem mostrado impactos importantes sob diversos aspectos da vida. Assim, é importante ter um instrumento válido e confiável para a sua avaliação, bem como desenvolvê-lo continuamente. Nesse sentido, este trabalho teve o objetivo de analisar as propriedades psicométricas do Teste de Regulação de Emoções, com auxílio da Teoria de Resposta ao Item (TRI). O instrumento foi aplicado a 289 participantes, predominantemente jovens adultos, do sexo feminino e estudantes universitários. Os resultados informam sobre propriedades psicométricas do instrumento, que pode ser melhorado quanto à fidedignidade e no preenchimento de lacunas no contínuo de habilidades avaliadas pelo teste. Entretanto, foi adequado quanto ao equilíbrio entre os níveis de dificuldade dos itens e de habilidade dos respondentes e proporcionou a compreensão dos aspectos que influenciam o aumento da dificuldade dos itens, com implicações clínicas e para a avaliação desse construto.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Seção
Artigos

Referências

Aldao, A., & Nolen-Hoeksema, S. (2012). The influence of context on the implementation of adaptive emotion regulation strategies. Behaviour research and therapy, 50(7–8), 493–501. https://doi.org/10.1016/j.brat.2012.04.004

Allen, V., Rahman, N., Weissman, A., MacCann, C., Lewis, C., & Roberts, R. (2015). The Situational Test of Emotional Management – Brief (STEM-B): Development and validation using item response theory and latent class analysis. Personality And Individual Differences, 81, 195–200. https://doi.org/10.1016/j.paid.2015.01.053

Ambiel, R. A. M., Campos, M. I. D., Alves, B. D. P., & Silva, C. P. (2015). Fundamentos e aplicabilidade dos Testes de Julgamento Situacional no contexto da Psicologia Organizacional. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, 15(3), 298–308. http://dx.doi.org/10.17652/rpot/2015.3.529

Bjureberg, J., Ljótsson, B., Tull, M. T., Hedman, E., Sahlin, H., Lundh, L. G., Bjärehed, J., DiLillo, D., Messman-Moore, T., Gumpert, C. H., & Gratz, K. L. (2016). Development and validation of a brief version of the difficulties in emotion regulation scale: The DERS-16. Journal of psychopathology and behavioral assessment, 38(2), 284–296. https://doi.org/10.1007/s10862-015-9514-x

Bond, T., & Fox, C. (2015). Applying the Rasch Model: Fundamental Measurement in the Human Sciences (3rd ed.). Taylor and Francis.

Bueno, J. M. H. (2013). Construção e validação de um instrumento para avaliação da regulação emocional. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, 4(2), 186–200. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S2236-64072013000200005&lng=es&nrm=iso&tlng=pt

Bueno, J. M. H., & Zuanazzi, A. C. (2019). Inteligência Emocional. In M. N. Baptista, M. Muniz, C. T. Reppold, C. H. S. S. Nunes, L. F. Carvalho, R. Primi, A. P. P. Noronha, A. G. Seabra, S. M. Weschler, C. S. Hutz, & L Pasquali (Orgs.), Compêndio de Avaliação Psicológica (pp. 448–458). Vozes.

Cunha, C. M., de Almeida Neto, O. P., & Stackfleth, R. S. (2016). Principais métodos de avaliação psicométrica da confiabilidade de instrumentos de medida. Revista de Atenção à Saúde, 14(49), 98–103. https://doi.org/10.13037/ras.vol14n49.3671

Draheim, C., Harrison, T. L., Embretson, S. E., & Engle, R. W. (2018). What item response theory can tell us about the complex span tasks, Psychological Assessment, 31(1), 116–129. https://doi.org/10.1037/pas0000674

English, T., Lee, I. A., John, O. P., & Gross, J. J. (2017). Emotion regulation strategy selection in daily life: The role of social context and goals. Motivation and Emotion, 41(2), 230–242. https://doi.org/10.1007/s11031-016-9597-z

Gondim, S. M. G., Pereira, C. R., Hirschle, A. L. T., Palma, E. M. S., Alberton, G. D., Paranhos, J., Santana, V., & Ribeiro, W. R. B. (2015). Evidências de validação de uma medida de características pessoais de regulação das emoções. Psicologia: Reflexão e Crítica, 28(4), 659–667. https://doi.org/10.1590/1678-7153.201528403

Gratz, K. L., & Roemer, L. (2004). Multidimensional assessment of emotion regulation and dysregulation: Development, factor structure, and initial validation of the difficulties in emotion regulation scale. Journal of psychopathology and behavioral assessment, 26(1), 41–54. https://doi.org/10.1023/B:JOBA.0000007455.08539.94

Gross, J. J. (2015). Emotion regulation: Current status and future prospects. Psychological Inquiry, 26(1), 1–26. https://doi.org/10.1080/1047840X.2014.940781

Koole, S. L., Webb, T. L., & Sheeran, P. L. (2015). Implicit emotion regulation: Feeling better without knowing why. Current opinion in psychology, 3, 6–10. https://doi.org/10.1016/j.copsyc.2014.12.027

Linacre, J. M., & Wright, B. D. (2009). WINSTEPS: Multiple-choice, rating scale, and partial credit Rasch analysis [Computer software]. MESA. https://www.winsteps.com/winsteps.htm

Lira, C. L. O. B. D., & Bueno, J. M. H. (2020). Validity evidences for the Emotion Regulation Test. Psico-USF, 25, 613–624. https://doi.org/10.1590/1413/82712020250402

Mayer, J. D., Salovey, P., & Caruso, D. R. (2002). Mayer-Salovey-Caruso Emotional Intelligence Test (MSCEIT) user’s manual. MHS.

McRae, K., & Gross, J. J. (2020). Emotion regulation. Emotion, 20(1), 1–9. https://doi.org/10.1037/emo0000703

Miguel, F. K., Giromini, L., Colombarolli, M. S., Zuanazzi,A. C., & Zennaro, A. (2017). A Brazilian investigation of the 36- and 16-item difficulties in emotion regulation scales. Journal of Clinical Psychology, 73(9), 1146–1159. https://doi.org/10.1002/jclp.22404

Nakano, T. C., Primi, R., Abreu, I. C. C., Gozzoli, M. Z., Caporossi, D. C., Miliani, A. F. M., & Martins, A. A. (2015). Bateria para avaliação das altas habilidades/superdotação: Análise dos itens via Teoria de Resposta ao Item. Estudos de Psicologia (Campinas), 32(4), 729–741. https://dx.doi.org/10.1590/0103-166X2015000400016

Nelis, D., Quoidbach, J., Hansenne, M., & Mikolajczak, M. (2011). Measuring individual differences in emotion regulation: The emotion regulation profile-revised (ERP-R). Psychologica Belgica, 51(1),49–91. http://doi.org/10.5334/pb-51-1-49

Petrides, K. V. (2017). Emotional Intelligence. Reference Module in Neuroscience and Biobehavioral Psychology, 1–6. http://dx.doi.org/10.1016/B978-0-12-809324-5.05601-7

Plutchik, R. (2003). Emotions and life: Perspectives from psychology, biology, and evolution. American Psychological Association.

Preece, D. A., Becerra, R., Robinson, K., & Gross, J. J. (2019). The Emotion Regulation Questionnaire: Psychometric Properties in General Community Samples. Journal of Personality Assessment, 102(3), 348–356. https://doi.org/10.1080/00223891.2018.1564319