Inclusão Escolar e Autismo: uma Análise da Percepção Docente e Práticas Pedagógicas
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Em consonância com o Paradigma da Educação Inclusiva, a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) assegura que as crianças com TEA sejam matriculadas na escola regular. A presença desses educandos em classes comuns tem crescido de forma expressiva nos últimos três anos. Esse fenômeno é descrito em teses e dissertações que analisam, precisamente, as concepções e práticas de professores sobre a inclusão escolar dessa população. O objetivo deste estudo é sintetizar, por meio de uma metodologia de análise secundária de dados, estudos dessa natureza. Os participantes foram 38 professores descritos em seis pesquisas publicadas entre 2013 e 2015. Os resultados encontrados sugerem que o autismo é uma condição pouco conhecida pelos docentes, que se sentem despreparados para educar essa população. O presente trabalho ressalta a importância da formação continuada a fim de melhor preparar os professores para atuar em classes inclusivas.
Downloads
Detalhes do artigo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista Psicologia: Teoria e Prática pertencem aos autores, que concedem à Universidade Presbiteriana Mackenzie os direitos não exclusivos de publicação do conteúdo.
Referências
Alves, M. D. (2005). As representações sociais dos professores acerca da inclusão de alunos com distúrbios globais do desenvolvimento. Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, RS, Brasil.
American Psychiatry Association (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. Washington: American Psychiatric Association.
Banda, D. R., & Grimmett, E. (2008). Enhancing social and transition behaviors of persons with autism through activity schedules: A review. Education and Training in Developmental Disabilities, 43(3), 324 -333.
Bandura, A. (1977). Self -efficacy: toward a unifying theory of behavioral change. Psychological Review, 84(2), 191 -215.
Bardin, L. (2009). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Brasil (2008b). Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, 2008a. Recuperado em 13 abril, 2016, de www.mec.gov.br.
Brasil (2012). Lei n. 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3o do art. 88 da Lei n. 8.112, de 11 dezembro de 1990. Recuperado em 27 dezembro, 2016, de www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12764.htm.
Camargo, S. P. H., & Bosa, C. A. (2009). Competência social, inclusão escolar e autismo: revisão crítica da literatura. Psicologia & Sociedade, 21(1), 65 -74.
Cassady, J. M. (2011). Teachers’ attitudes toward the inclusion of students with autism and emotional behavioral disorder. Electronic Journal for Inclusive Education, 2(7), 1 -23.
Chamberlain, B., Kasari, C., & Rotheram -Fuller, E. (2007). Involvement or isolation? The social networks of children with autism in regular classrooms. Journal of Autism and Developmental Disorders, 37(2), 230 -242.
Finfgeld -Connett, D. (2014). Use of content analysis to conduct knowledge-building and theory -generating qualitative systematic reviews. Qualitative Research, 14(3), 341 -352.
Fonseca, H. V. (2009). História de vida de uma professora de alunos com autismo: constituição da identidade profissional. Dissertação de mestrado, Universidade Católica de Brasília, Brasília, DF, Brasil.
Goes, R. S. (2012). A escola de educação especial: uma escolha para crianças autistas e com deficiência intelectual associada de 0 a 5 anos. Dissertação de mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Gomes, C. G. S., & Mendes, E. G. (2010). Escolarização inclusiva de alunos com autismo na rede municipal de ensino de Belo Horizonte. Revista Brasileira de Educação Especial, 16(3), 375 -396.
Gomide, A. B. (2009). A promoção do desenvolvimento do aluno autista nos processos educacionais. Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil.
Gonring, V. M. (2014). A criança com síndrome de Asperger na educação infantil: um estudo de casos. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES, Brasil.
Hansen, S., Blakely, A., Dolata, J., Raulston, T., & Machalicek, W. (2014). Children with Autism in the Inclusive Preschool Classroom: A Systematic Review of Single-Subject Design Interventions on Social Communication Skills. Review Journal of Autism and Developmental Disorders, 1(3), 192 -206.
Heaton, J. (2004). Reworking qualitative data. Sage: London.
Kubaski, C. (2014). A inclusão de alunos com Transtorno do Espectro do Autismo na Perspectiva de seus professores: estudo de caso em quatro escolas do município de Santa Maria/RS. Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.
Lanou, A., Hough, L., & Powell, E. (2012). Case studies on using strengths and interests to address the needs of students with autism spectrum disorders. Intervention in School and Clinic, 47(3), 175 -182.
Mancil, G. R., & Pearl, C. E. (2008). Restricted interests as motivators: Improving academic engagement and outcomes of children on the autism spectrum. Teaching Exceptional Children Plus, 4(6), 1 -15.
Martins, M. R. R. (2007). Inclusão de alunos autistas no ensino regular: concepções e práticas pedagógicas de professores regentes. Dissertação de mestrado, Universidade Católica de Brasília, Brasília, DF, Brasil.
Mavropoulou, S., & Sideridis, G. (2014). Knowledge of Autism and Attitudes of Children Towards Their Partially Integrated Peers with Autism Spectrum Disorders. Journal of Autism and Developmental Disorders, 44(8), 1867 -1885.
Mulick, J. A., & Butter, E. M. (2002). Educational advocacy for children with autism. Behavioral Interventions, 17(2), 57 -74.
Noronha, A. P. P., & Fernandes, D. C. (2008). Estresse laboral: análise da produção científica brasileira na SciELO e BVS -Psi. Fractal: Revista de Psicologia, 20(2), 491 -501.
Nunes, D. R. P., Azevedo, M. Q. O., & Schmidt, C. (2013). Inclusão educacional de pessoas com Autismo no Brasil: uma revisão da literatura. Revista Educação Especial, 26(47), 557 -572.
Oliveira, V. F. (2015). Representações Sociais de professores acerca dos seus alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) no processo de inclusão em Escolas Municipais de Lages, SC. Dissertação de mestrado, Universidade do Planalto Catarinense, Lages, Brasil.
Paula, C. S., Fombonne, E., Gadia, C., Tuchman, R., & Rosanoff, M. (2011). Autism in Brazil: perspectives from science and society. Revista da Associação Médica Brasileira, 57(1), 2 -5.
Pereira, D. M. (2014). Análise dos efeitos de um plano educacional individualizado no desenvolvimento acadêmico e funcional de um aluno com transtorno do espectro do autismo. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil.
Pimentel, A. G. L., & Fernandes, F. D. M. (2014). A perspectiva de professores quanto ao trabalho com crianças com autismo. Audiology: Communication Research, 19(2), 171 -178
Pinto, S. S. (2013). Práticas pedagógicas e o sujeito com autismo: um estudo de caso fenomenológico no ensino comum. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES, Brasil.
Rao, S. M., & Gagie, B. (2006). Learning through seeing and doing: visual supports for children with autism. Teaching Exceptional Children, 38(6), 26 -33.
Rodrigues, I. D. B., Moreira, L. E. D. V., & Lerner, R. (2012). Análise institucional do discurso de professores de alunos diagnosticados como autistas em inclusão escolar. Psicologia: Teoria e Prática, 14(1), 70 -83.
Salgado, A. M. (2012). Impasses e passos na inclusão escolar de crianças autistas e psicóticas: o trabalho do professor e o olhar para o sujeito. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.
Santos, M. A. (2009). Entre o familiar e o estranho: representações sociais de professores sobre o autismo infantil. Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil.
Silva, V. (2014). A supervalorização do diagnóstico de autismo na escola: um estudo sobre subjetividade social. Dissertação de mestrado, Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil.
Thorne, S. (2013). Secondary qualitative data analysis. In C. T. Beck (Ed.). Routledge International Handbook of Qualitative Nursing Research (pp. 393 -404). New York: Taylor & Francis.
Whalon, K., Delano, M., & Hanline, M. F. (2013). A rationale and strategy for adapting dialogic reading for children with autism spectrum disorder: RECALL. Preventing School Failure: Alternative Education for Children and Youth, 57(2), 93 -101.
Wingate, M., Kirby, R. S., Pettygrove, S., Cunniff, C., Schulz, E., Ghosh, T., & Yeargin Allsopp, M. (2014). Prevalence of autism spectrum disorder among children aged 8 years autism and developmental disabilities monitoring network, 11 sites, United States, 2010. MMWR Surveillance Summaries, 63(2), 1 -21.