Entre Limites e Potencialidades: Reflexões acerca da Atuação do Psicólogo no SUAS
Conteúdo do artigo principal
Resumo
O presente artigo parte dos pressupostos da Psicologia da Libertação para fundamentar reflexões acerca da atuação dos psicólogos no Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Como primeiros delineamentos, apresenta a trajetória da Psicologia como profissão e da Assistência Social como política pública, para posteriormente discutir a atuação dos psicólogos nesse contexto, problematizando os desafios que se apresentam na atual conjuntura e as potencialidades da atuação desses profissionais. O resgate e a análise dos fatos históricos recentes do Brasil evidenciaram a redução do Estado e o despojo de direitos historicamente conquistados, que têm se materializado no desmonte do SUAS, demandando dos profissionais resistência para lutar contra esses retrocessos, o que também implica atuar junto aos oprimidos para que superem suas identidades alienadas, com vistas à construção de práticas comprometidas com a transformação social.
Downloads
Detalhes do artigo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista Psicologia: Teoria e Prática pertencem aos autores, que concedem à Universidade Presbiteriana Mackenzie os direitos não exclusivos de publicação do conteúdo.
Referências
Almeida, R. da S., Silva, D. S. da., Braz, M.L., Crispim, M.S. da. S., Melo, T.C. de. L. (2015). A atuação do psicólogo comunitário a partir da psicologia da libertação. Cadernos de Graduação Ciências humanas e sociais, 2(3), 97-112. Recuperado de https://periodicos.set.edu.br/index.php/fitshumanas/article/view/2072/1282
Azevedo, M. N. L. de. (2016). O novo regime fiscal: A retórica da intransigência, o constrangimento da oferta de bens públicos e o comprometimento do PNE 2014-2024. Tópicos Educacionais, 22(1), 235-259. Recuperado de file:///C:/Users/User/Downloads/22442-41641-4-PB.pdf
Bock, A. M. B. (1999). A Psicologia a caminho do novo século: Identidade profissional e compromisso social. Estudos de Psicologia. (Natal) 4(2), 315-329. https://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X1999000200008.
Brasil. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Conselho Nacional de Assistência Social. (2005). Norma Operacional Básica-NOB/SUAS. Brasília, DF. Recuperado de http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/PNAS2004.pdf
Chomsky, N. (2002). O Lucro ou As Pessoas? Neoliberalismo e Ordem Global. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
Conselho Federal de Serviço Social – CFESS / Conselho Federal de Psicologia – CFP. (2007). Parâmetro para atuação de assistentes sociais e psicólogos(as) na Política de Assistência Social. Brasília, DF. Recuperado de http://www.cfess.org.br/arquivos/CartilhaFinalCFESSCFPset2007.pdf
Cordeiro, M. P. (2018). A psicologia no SUAS: Uma revisão de literatura. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 70(3), 166-183. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672018000300012&lng=pt&tlng=pt.
Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra.
Freire, P. (1981). Ação Cultural para a Liberdade e Outros Escritos. (5ª ed.). Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Freire, P. (1987). Pedagogia do Oprimido. (17ª ed.). Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Jaccoud, L., Bichir, R. & Mesquita, A. C. (2017). O SUAS na proteção social brasileira: Transformações recentes e perspectivas. Novos estudos CEBRAP, 36(2), 37-53. https://doi.org/10.25091/s0101-3300201700020003
Krein, J. D. & Colombi, A. P. F. (2019). A Reforma Trabalhista em foco: Desconstrução da proteção social em tempos de neoliberalismo autoritário. Educação & Sociedade, 40(e0223441). https://doi.org/10.1590/es0101-73302019223441
Marques, R. M. & Mendes, Á. (2007). Servindo a dois senhores: As políticas sociais no governo Lula. Revista Katálysis, 10(1), 15-23. https://dx.doi.org/10.1590/S1414-49802007000100003
Martín-Baró, I. (1996). O papel do Psicólogo. Estudos de Psicologia (Natal), 2(1), 7-27. https://doi.org/10.1590/S1413-294X1997000100002
Martín-Baró, I. (2017). Crítica e Libertação na Psicologia: Estudos psicossociais. Petrópolis, RJ: Editora Vozes.
Mendonça, G.S., Souza, V. L.T. de, & Guzzo, R. S. L. (2016). O conceito de ideologia na psicologia social de Martín-Baró. Revista Psicologia Política, 16(35), 17-33. Recuperado deorg/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-549X2016000100002 dehttp://pepsic.bvsalud
Romagnoli, R; Neves, C.A.B & Paulon, S.M. (2018). Intercessão entre políticas: Psicologia e produção de cuidado nas políticas públicas. Arquivos Brasileiros de Psicologia. Rio de Janeiro, 70(2), 236-250. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672018000200017&lng=pt&tlng=pt.
Saraiva, L. F. de O. (Org.). (2017). Assistência Social e Psicologia: (des) encontros possíveis. São Paulo: Blucher.
Senra, C. M. G. & Guzzo, R. S. L. (2012). Assistência social e psicologia: Sobre as tensões e conflitos do psicólogo no cotidiano do serviço público. Psicologia & Sociedade, 24(2), 293-299. https://doi.org/10.1590/S0102-71822012000200006
Yamamoto, O. H., & Oliveira, I. F. de. (2010). Política Social e Psicologia: Uma Trajetória de 25 Anos. Psicologia: Teoria e Pesquisa. 26 (spe), 9-24. https://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722010000500002