Evidências de Validade de Critério para a Escala de Atribuições de Causalidade
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Este artigo reporta o estudo de evidências de validade de critério concorrente da Escala de Avaliação de Atribuições de Causalidade para Alunos do Ensino Fundamental (EAVAT-EF), constituída pelos fatores Causas para o Sucesso e Causas para o Fracasso. Responderam à escala 927 alunos (do terceiro ao nono ano; Midade = 11,59; DP = 1,98), em maioria meninas (53,9%), sendo 147 repetentes. Os resultados indicaram a predisposição dos alunos do ensino fundamental I a indicar o fator Causas para o Sucesso. As médias das meninas e dos alunos não repetentes sobressaíram nos dois fatores da EAVAT-EF. Examinou-se que os alunos do ensino fundamental II e reprovados por ano escolar obtiveram pontuações mais elevadas no fator Causas para o Fracasso. São discutidas particularidades do ensino-aprendizagem entre os níveis de ensino, os possíveis impactos nas atribuições causais devido à interação entre as variáveis sexo e repetência, bem como a interferência dos critérios de reprovação nas crenças atribucionais.
Downloads
Detalhes do artigo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista Psicologia: Teoria e Prática pertencem aos autores, que concedem à Universidade Presbiteriana Mackenzie os direitos não exclusivos de publicação do conteúdo.
Referências
Almeida, L. D. S., Miranda, L., & Guisande, M. A. (2008). Atribuições causais para o sucesso e fracasso escolares. Estudos de Psicologia, 25(2), 169–176. doi:10.1590/ S0103-166X2008000200001
Almeida, L. S., & Guisande, M. A. (2010). Atribuições causais na explicação da aprendizagem escolar. In E. Boruchovitch, J. A. Bzuneck, & S. E. R. Guimarães (Orgs.), Motivação para aprender: Aplicações no contexto educativo (pp. 145-168). Petrópolis: Vozes.
American Educational Research Association, American Psychological Association, & National Council on Measurement in Education (2014). Standards for educational and psychological testing. Washington, DC: American Educational Research Association.
Bandura, A. (2001). Social cognitive theory: An agentic perspective. Annual Review of Psychology, 52(1), 1–26. doi:10.1146/annurev.psych.52.1.1
Barretto, E. S. S., & Sousa, S. Z. (2004). Estudos sobre ciclos e progressão escolar no Brasil: Uma revisão. Educação e Pesquisa, 30(1), 11–30.
Boruchovitch, E. (2004). A study of causal attributions for success and failure in mathematics among Brazilian students. Interamerican Journal of Psychology. 38(1), 53–60. Recuperado de http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/94090
Boruchovitch, E. & Santos, A. A. A. (2013). Escala de Avaliação das Atribuições de Causalidade para Sucesso e Fracasso Escolar. Campinas: Universidade Estadual de Campinas. [Manuscrito não publicado].
Boruchovitch, E., & Santos, A. A. A. (2015). Escala de Atribuições de Causalidade de Estudantes do Ensino Fundamental (EAVAT-EF). Interação em Psicologia, 19(3), 395– 406. doi:10.5380/psi.v19i3.35635
Brasil (2017). Base Nacional Comum Curricular - BNCC. Recuperado de http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
Brasil (2006). Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Recuperado de http://portal. mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/Resolucoes/lei9394-2006.pdf
Brasil (2016). Resolução CNS n. 510, de 7 de abril de 2016. Recuperado de http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf
Bzuneck, J. A., Boruchovitch, E., Miranda, L., & Almeida, L. S. (2014). Motivação acadêmica dos alunos. In L. S. Almeida & A. M. Araújo (Eds.), Aprendizagem e sucesso escolar: Variáveis pessoais dos alunos (pp. 173-214). Braga: ADIPSIEDUC.
Cohen, J. (1992). A power primer. Psychological Bulletin, 112(1), 155–159.
Dickhäuser, O., & Meyer, W. (2006). Gender differences in young children’s math ability attributions. Psychology Science, 48(1), 3–16.
Fernandes, L. D. M., Leme, V. B. R., Elias, L. C. D. S., & Soares, A. B. (2018). Preditores do desempenho escolar ao final do ensino fundamental: Histórico de reprovação, habilidades sociais e apoio social. Temas em Psicologia, 26(1), 215–228. doi:10.9788/ TP2018.1-09Pt
Field, A. (2009). Descobrindo a estatística usando o SPSS. Porto Alegre: Artmed.
Garcia, N. R., & Boruchovitch, E. (2015). As atribuiçóes de causalidade no ensino fundamental: Relaçóes com variáveis demográficas e escolares. Psico, 46(2), 176–187. doi:10.15448/1980-8623.2015.2.17642
Licht, B. G., Stader, S. R., & Swenson, C. C. (1989). Children’s achievement-related beliefs: Effects of academic area, sex, and achievement level. The Journal of Educational Research, 82(5), 253–260.
Lohbeck, A., Grube, D., & Moschner, B. (2017). Academic self-concept and causal attributions for success and failure amongst elementary school children. International Journal of Early Years Education, 25(2), 190–203. doi:10.1080/09669760.2017.1301806
Martini, M. L., & Del Prette, Z. A. P. (2005). Atribuições de causalidade e afetividade de alunos de alto e baixo desempenho acadêmico em situações de sucesso e de fracasso escolar. Revista Interamericana de Psicologia, 39(3), 355–368. Recuperado de https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2989470
Neves, S. P., & Faria, L. (2007). Auto-eficácia académica e atribuições causais em Português e Matemática. Análise Psicológica, 25(4), 635–652. doi:10.14417/ap.472
Newman, R. S., & Stevenson, H. W. (2014). Children’s achievement and causal attributions in matemathics and reading. The Journal of Experimental Education, 58(3), 197– 212. doi:10.1080/00220973.1990.10806535
Nunes, C. A., & Leite, V. F. (2017). A relação entre aprendizagem, avaliação e o sistema de ciclos. Revista Temas em Educação, 26(1), 28–45.
Nuñez, J. C., González-Pienda, J. A., González-Pumariega, S., Roces, C., Alvarez, & González, P. (2005). Subgroups of attributional profiles in students with learning difficulties and their relation to self-concept and academic goals. Learning Disabilities Research & Practice, 20(2), 86–97. doi:10.1111/j.1540-5826.2005.00124.x
Paiva, M. L. M. F., & Boruchovitch, E. (2010). Orientações motivacionais, crenças educacionais e desempenho escolar de estudantes do ensino fundamental. Psicologia em Estudo, 15(2), 381–389. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/pe/v15n2/ a17v15n2
Powers, S., & Wagner, M. J. (1984). Attributions for school achievement of middle school students. The Journal of Early Adolescence, 4(3), 215–222. doi:10.1177/0272431684043005
Ryckman, D. B., & Peckham, P. D. (1987). Gender differences in attributions for success and failure. The Journal of Early Adolescence, 7(1), 47–63. doi:10.1177/0272431687071006
Schwerdt, G., West, M. R., & Winters, M. A. (2017). The effects of test-based retention on student outcomes over time: Regression discontinuity evidence from Florida. Journal of Public Economics, 152, 154–169. doi:10.1016/j.jpubeco.2017.06.004
Shell, D. F., Colvin, C., & Bruning, R. H. (1995). Self-efficacy, attribution, and outcome expectancy mechanisms in reading and writing achievement: Grade-level and achievement-level differences. Journal of Educational Psychology, 87(3), 386–398. doi:10.1037/0022-0663.87.3.386
Swinton, A. D., Kurtz-Costes, B., Rowley, S. J., & Okeke-Adeyanju, N. (2011). A longitudinal examination of African American adolescents’ attributions about achievement outcomes. Child Development, 82(5), 1486–1500. doi:10.1111/j.1467-8624.2011.01623.x
Urbina, S. (2007). Fundamentos da testagem psicológica. Porto Alegre: Artes Médicas.
Ventura-León, J. L., & Caycho-Rodríguez, T. (2017). El coeficiente Omega: un método alternativo para la estimación de la confiabilidad. Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud, 15(1), 625–627.
Weiner, B. (1985). “Spontaneous” causal thinking. Psychological Bulletin, 97(1), 74–84. doi:10.1037/0033-2909.97.1.74
Weiner, B. (2010). The development of an attribution-based theory of motivation: A history of ideas. Educational Psychologist, 45(1), 28–36. doi:10.1080/00461520903433596
Weiner, B. (2018). The legacy of an attribution approach to motivation and emotion: A no-crisis zone. Motivation Science, 4(1), 24–25. doi:10.1037/mot0000100