Inventário de Ambivalência em Relação aos Homens: Adaptação Brasileira e Relação com o Gênero
Conteúdo do artigo principal
Resumo
As atitudes sexistas constituem um construto importante para compreender as relações interpessoais estabelecidas no cotidiano. A escassez de informação a respeito motivou a presente pesquisa, cujos objetivos foram adaptar para o contexto brasileiro o Inventário de Ambivalência frente aos Homens e, em seguida, verificar a existência de diferenças de gênero com relação a estas atitudes. Participaram 205 estudantes universitários, com idade média de 20,8 (DP = 3,62), sendo a maioria do sexo feminino (51%). Estes responderam ao Inventário de Ambivalência frente aos Homens (IAH), além de questões de caráter sócio-demográfico. Os resultados confirmaram a estrutura bi-fatorial da medida, representada pelos fatores hostil (alfa = 0,80) e benevolente (alfa = 0,69). Conforme esperado teoricamente, foram encontradas diferenças significativas nas médias do sexismo hostil e benevolente de acordo com o gênero, variável que demonstrou ser importante para a análise dos resultados de ambos os fatores.
Downloads
Detalhes do artigo
Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista Psicologia: Teoria e Prática pertencem aos autores, que concedem à Universidade Presbiteriana Mackenzie os direitos não exclusivos de publicação do conteúdo.
Referências
ALLPORT, G. W. The nature of prejudice. Massachusetts: Addison-Wesley, 1954.
BELO, R. P. A base social das relações de gênero: Explicando o ciúme romântico através do sexismo ambivalente e dos valores humanos básicos. Dissertação de Mestrado em Psicologia, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2003.
D’AMORIM, M. A. Papel de gênero e atitudes acerca da sexualidade. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 5, 71-83, 1993.
FORMIGA, N. S., GOUVEIA, V.,V., MAIA, L. & SANTOS, M., N.. Inventário de Sexismo Ambivalente: Sua adaptação e relação com o gênero. Psicologia em Estudo, 7, 103-111, 2002.
GLICK, P. & FISKE, S. T. The Ambivalent Sexism Inventory: Differentiating hostile and benevolent sexism. Journal of Personality and Social Psychology, 70, 491-512, 1996.
GLICK, P. & FISKE, S. T. The Ambivalence toward Men Inventory: Differentiating hostile and benevolent beliefs about men. Psychology of Women Quarterly, 23, 519-536, 1999.
GLICK, P. & FISKE, S. T. Ambivalent sexism. Em M. P. ZANNA (Ed.), Advances in experimental social psychology, vol. 33 (pp. 115-188), Thousand Oaks, CA: Academic Press, 2001.
GLICK, P., LAMEIRAS, M. & CASTRO, Y. R. Education and Catholic religiosity as predictors of hostile and benevolent sexism toward women and men. Sex Roles, 47, 480-492, 2002.
GLICK, P., LAMEIRAS, M., FISKE, S., ECKES, T., MASSER, B., VOLPATO, C., MANGANELLI, A., PEK, J., HUANG, L., SAKALLI-UGURLU, N., CASTRO, Y., PEREIRA, M., WILLEMSEN, T., BRUNNER, T., SIX-MATERNA, I. & WELLS, R. Men are bad but bold (and women are wonderful but weaker): Hostile as well as benevolent attitudes toward men predict gender inequality in 16 nations. Manuscrito submetido à avaliação. 2003.
JORESKÖG, K. & SÖRBOM, D. LISREL 7 user’s reference guide. Mooresville: Scientific Software, 1989.
KAHHALE, E. M. Subsídios para reflexão sobre sexualidade na adolescência. Em A. M. BOCK, M. G. GONÇALVES & O. FURTADO (Orgs.), Psicologia sócio-histórica: Uma perspectiva crítica em psicologia (pp. 179-192). São Paulo: Cortez, 2001.
KILIANSKI, S. Explaining heterosexual men’s attitudes toward women and gay men: The theory of exclusively masculine identity. Psychology of Men and Masculinity, 4, 37–56, 2003.
KILIANSKI, S. E. & RUDMAN, L. A. Wanting it both ways: Do women approve of benevolent sexism? Sex Roles, 39, 333-352, 1998.
PAÉZ, D., TORRES, B. & ECHEBARRÍA, A. Esquema de si, representación social y estereotipo sexual. Em G. Musitu (Org.), Procesos psicosociales básicos (pp. 229-234). Barcelona: PPU, 1990.
PLANT, E. A. & DEVINE, P. G. Internal and external motivation to respond without prejudice. Journal of Personality and Social Psychology, 75, 811-832, 1998.
SEISDEDOS, N. The “IM” (Impression Management) Scale. European Review of Applied Psychology, 46, 45-54, 1996.
STREY, M. N. Gênero. Em M. G. JACQUES (Org.), Psicologia social contemporânea (pp. 181-198). Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.
SWIM, J.K., HYERS, L.L., COHEN, L.L. & FERGUSON, M.J. Everyday sexism: Evidence for its incidence, nature, and psychological impact from three daily diary studies. Journal of Social Issues, 57, 31-54, 2001.
TRIANDIS, H. Culture and social behavior. New York: McGraw-Hill, 1994.
WHITLEY JR., B. Gender-role variables and attitudes toward homosexuality. Sex Roles, 45, 691-722, 2001.