A Integração Mente e Corpo em Psicodermatologia
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Percebemos hoje um incremento dos estudos que envolvem a integração entre os aspectos médicos e psicológicos, ou seja, entre as questões do corpo e do psíquico. Dessa forma, esse artigo se propõe a revisar os achados teóricos relacionados à Psicodermatologia, permitindo ainda uma reflexão crítica a respeito do tema e de seus novos rumos. Sabe-se que a Psicodermatologia é o ramo que se dedica ao estudo e tratamento de problemas dermatológicos que são causados e/ou influenciados por fatores psicológicos. As ligações que existem com o sistema nervoso tornam a pele altamente sensível a emoções, independente da nossa consciência. Assim, a pele, muitas vezes, expressa os nossos sentimentos mesmo quando não estamos cientes deles. Fica-nos, então, a idéia de que ao falarmos de doenças de pele devemos considerar o ser humano como um ser integrado, no qual aspectos sociais, biológicos e psicológicos interagem constantemente.
Downloads
Detalhes do artigo
Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista Psicologia: Teoria e Prática pertencem aos autores, que concedem à Universidade Presbiteriana Mackenzie os direitos não exclusivos de publicação do conteúdo.
Referências
ANZIEU, D. O Eu – pele. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1989.
AZAMBUJA, R. D. Dermatologia Integrativa: a pele em novo contexto. Anais brasileiro de Dermatologia. v. 75, n. 4, p. 393-420, 2000.
AZULAY, R; AZULAY, D. Dermatologia. Guanabara: Koogan, 1997.
BASTIAANS, J. The role of aggression in the genesis of psychosomatic disease. Journal of Psychosomatic Research, v. 13, p. 307-314, 1989.
BECHELLI, L. M.; CURBAN, G. V. Compêndio de dermatologia. São Paulo: Atheneu, 1988.
BENGT, B. A.; BO, F.; ENEROTH, P.; ANDERS, K. Endocrine and dermatological concomitants of mental stress. Acta Derm Venereol (Slokh), 1991.
CARDOSO, F. A. A fala incontida no corpo. Revista da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática, v. 4, p. 51-52, 2000.
CHIOZZA, L. (Org). Os sentimentos ocultos em hipertensão essencial, transtornos renais. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1998.
DETHLEFSEN, T.; DAHLKE, R. A doença como caminho. São Paulo: Cultrix, 1997.
ENGEL, G. The need for a new medical model: a challenge for biomedicine. Science, v. 196, n. 4286, p. 129-136, 1977.
FITZPATRICK, T e Col. Dermatology. 3. ed. Nova York: International Edition, 1997.
FOLKS, D.; KINNEY, C. The role of psychological factors in dermatologic conditions psychosomatic. v. 33, n. 1, p. 42-54, 1992.
GALIÁS, I. Psiquiatria e Dermatologia: o estabelecimento de uma comunicação bidirecional. Junguiana: Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica. V .20, p. 57-72, 2002.
GINSBURG, I. The psychosocial impact of skin disease: an overview. Dermatologia clinics. v. 14, n. 3, p. 473 - 484, 1996.
GOLEMAN, D.; GURIN, J. Equilíbrio mente-corpo: como usar sua mente para uma saúde melhor. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
GRODDECK, G. O homem e seu isso. São Paulo: Nova Fronteira, 1989.
HAUTMANN, G.; PANCONESI, E. Vitiligo: a psychologically influenced and influencing disease. Clinics in Dermatology. v. 15, n. 6, p. 879-889, 1997.
JUNG, C. G. Fundamentos de Psicologia Analítica. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1985.
KOBLENZER, C. Psychosomatic concepts in dermatology. Archives of dermatology. v. 119, p. 501-512, 1983.
KOBLENZER, C. Stress and the skin: significance of emotional factors in dermatology. Stress Medicine, v. 4, p. 21-26, 1988.
KOBLENZER, P. A brief history of psychosomatic dermatology. Dermatologic Clinics, v. 14, n. 3, p. 295-397, 1996.
KOO, J; LEBWOHL, A. Psychodermatology: The mind and skin connection. American Academy of Fammily Physician. v. 11, n. 64, 2001.
LEVI, L. Development of research on stress and psychosomatic relationships in Acta Derm Venereol, Stockh, v. 8, n. 156, p. 8-12, 1991.
MEDANSKY, R.; HANDLER, R.; RIEDGE, P. Dermatopsychosomatics: classification, physiology and therapeutic approaches. Journal of the American Academy of Dermatology, v. 5, n. 2, p. 125-136, 1981.
MOFFAERT, M. Psychodermatology: an overviem. Psychoterapy Psychosomatic, v. 58, p. 125- 136, 1992.
MONTAGU, A. Tocar o significado humano da pele. São Paulo: Summus, 1988.
MÜLLER, M. C. Um estudo psicossomático de pacientes com vitiligo numa abordagem analítica. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2001. 246 f. (Tese de Doutorado em Psicologia).
PINES, D. Skin communication: early skin disorders and their effect on transference and countertransference. International Jornal Psycho–Analitic, v. 61, p. 315 -323, 1980.
RAMOS, D. A psique do corpo. São Paulo: Summus, 1995.
RASMUSSEN, J. Psychosomatic dermatology. Archives of dermatology, v. 126, p. 90-93, 1990.
SHUR, M. Comments on the metapsychology of somatization. Psychoanalytic study of the child. v. 10, p. 119-124, 1995.
SILVA, M. A D. Quem ama não adoece. São Paulo: Best Seller, 2002.
SPITZ, R. El primer año de vida del niño. Madrid: Aguilar, 1977.
STRAUSS, G. Skin disorders. Baltimore: Williams Wilkins, 1989.
WEINMAN, J.; PETRIE, K.; MORRIS, R. The illness perception questionaire: a new method for assessing the cognitive representation of illness. Psychology and health, v. 11, p. 431- 465, 1996.