Representações Sociais de Agentes Comunitários de Saúde acerca da AIDS

Conteúdo do artigo principal

Alessandra Ramos Castanha
Ludgleydson Fernandes de Araújo

Resumo

Esta pesquisa teve como objetivo apreender as representações sociais (RS) de agentes comunitários de saúde (ACSs) acerca da aids. Participaram 70 ACSs, de ambos os sexos, com média de idade de 26 anos. Foram utilizados, como instrumentos, o Teste de Associação Livre de Palavras (TALP) e entrevistas semi-estruturadas. O material coletado pelo TALP foi processado pelo software Tri-deux-mots, por meio da análise fatorial de correspondência, e o da entrevista foi categorizado pela análise temática de conteúdo. Os resultados indicaram que a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi ancorada nas Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s), sendo representada como uma doença incurável e que o sofrimento perpassa pela morte iminente, assim como pelo preconceito. As principais formas de transmissão foram o sexo oral, o sexo anal, seringas contaminadas, transfusão sanguínea e o leite materno. A prevenção passa pelo uso da camisinha, palestras, informações e apoio familiar. Faz-se necessário a formulação de políticas públicas de educação e promoção em saúde para os ACS’s, com o intuito de disponibilizar recursos teórico-práticos na prevenção às DSTs e aids.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Seção
Artigos

Referências

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2002.

BROOK, D. W. Coping strategies of HIV positive and HIV negative female injection grug users: a longitudinal study. Aids Education and Prevention. New York. n. 11, p.373-388, 1999.

CAMARGO, B. V. Sexualidade e representações sociais da Aids. Revista de Ciências Humanas, Florianópolis, EDUFSC, p.97-110, 2000.

CIBOIS, P. L’analyse factorielle. Paris: PUF, Collecion “Que sais-je?”, 1998.

COUTINHO, M. P. L.; ARAÚJO, L. F.; GONTIÈS, G. Uso da Maconha e suas representações sociais: estudo comparativo entre universitários. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 9, n. 3, set-dez, p. 469-477, 2004.

DE ROSA, A S. Sur l’usage des associaations libres dans l’étude des représentations sociales de la maladie mentale. Connexions, v. 51, Rome: Université de Rome, 1988.

DI GIACOMO, J. P. Aspects méthodologiques de l’analyse des répresentations sociales. Cahiers de Psychologie Cognitive, v. 1, n.1, p.397-422, 1981.

HERZLICH, C. Représentations socials de la santé et de la maladie et leur dynamique dans le champ social. In: DOISE, W.; PALMONARI, A. L,etude des representations socials. Neuchâtel-Paris: Delachaux & Niestlé, 1986. p. 161.

HERLIZCH, C.; PIERRET, J. Uma doença no espaço público: a Aids em seis jornais franceses. Physis: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.2, n.1, p.7-35, 1992.

JODELET, D. Representações Sociais. Rio de Janeiro: Ed.UERJ, 2001. p. 35.

JOFFE, H. “Eu não”, “o meu grupo não”: Representações Sociais transculturais da Aids. In: GUARESCHI, P.; JOVCHELOVITCH, S. (Org.). Textos em Representações Sociais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002, p. 297-322.

LE BOUDEC, G. Contribuition à la méthodologie d’étude des représentations sociales. Cahiers de Psycologie Cognitive, v. 4, p. 245-272, 1984.

MADEIRA, M. C. A confiança afrontada: representações sociais da Aids para jovens. In: JODELET, D.; MADEIRA, M. (Org.). Aids e representações sociais: a busca de sentidos. Natal: EDUFRN, 1998, p. 47-72.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Programa Agentes comunitários de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2000.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Assim pega, assim não pega. Disponível em: <http://www.Aids.gov.br/>. Acesso em: 14 mar. 2005.

MOSCOVICI, S. A Representação Social da Psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

MOSCOVICI, S. Representações Sociais: investigações em psicologia social. Petrópolis-RJ: Vozes, 2003.

MORIYA, T. H. Escala de Atitudes frente à Aids: uma análise psicométrica. Ribeirão Preto, 1992. 165p. Tese (Livre-docência) Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP.

MARTIN, D. Mulheres e Aids: uma abordagem antropológica.1995. 158p. Dissertação (Mestrado em Antropologia) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 1995.

NÓBREGA, S. M.; COUTINHO, M. P. L. O Teste de Associação Livre de Palavras. In: COUTINHO, M. P. L. et al. (Orgs.). Representações Sociais: abordagem interdisciplinar. João Pessoa: EdUFPB, 2003, p. 67-77.

OLTRAMARI, L. C.; CAMARGO, B. V. Representações Sociais de profissionais do sexo sobre a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e contracepção. Psicologia: Teoria e Prática, v. 6, n. 2, p. 75-87, 2004.

ONUSIDA. Informe sobre la epidemia mundial de SIDA. Resumen analítico, 2003. Disponível em: <http://www.unaids.org/bangkok2004/GAR2004_html_sp/ExecSummary_sp/ExecSumm_sp_01.htm>

SILVA, J. A.; DALMASO, A. S. W. Agente Comunitário de Saúde: o ser, o saber, o fazer. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2002.

SILVA, A. O. Utilização da teoria das representações sociais no campo da saúde-UFPB-João Pessoa: tendências e perspectivas. In: COUTINHO, M. P. L. Representações sociais: abordagem interdisciplinar. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2003, p. 120-129.

SOUSA, M. SIDA: E a vida continua. Lisboa: Associação Portuguesa de Enfermeiros, 2001.

TURA, L. F. R. Aids e estudantes: a estrutura das representações sociais. In: JODELET, D.; MADEIRA, M. (Org.). Aids e representações sociais: a busca de sentidos. Natal: EDUFRN, 1998, p. 121-154.