Região metropolitana sem metrópole
o caso de Ribeirão Preto e seus fatores estruturantes
DOI:
https://doi.org/10.5935/cadernospos.v25n1p359-373Palavras-chave:
Região metropolitana, Ribeirão Preto, Aquífero Guarani, Transporte, PolicêntricoResumo
As regiões metropolitanas institucionalizadas após a Constituição Federal de 1988 são marcadas por inegáveis diferenças em relação às regiões metropolitanas originadas da Lei Complementar nº 14, de 1973. Partindo dessa constatação, o presente artigo busca compreender algumas particularidades desse novo quadro metropolitano à luz do estudo da região metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP), no estado de São Paulo. A partir do marco teórico da metropolização, o objetivo do artigo é identificar os agentes estatais e privados e compreender quais elementos estruturam a RMRP. Nesse sentido, defende-se o argumento de que a RMRP tem seu desenvolvimento territorial ordenado pelos recursos ambientais, pelos fluxos de transportes e pela interação policêntrica radial. Distintamente das regiões metropolitanas pioneiras criadas entre 1973 e 1974, a RMRP não possui uma metrópole industrial como base de sua formação, e a função antes desempenhada por esse núcleo é substituída por múltiplas funções de diferentes escalas e mais relacionadas às reestruturações territoriais derivadas de uma urbanização de âmbito regional.
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