Jardins Possíveis e as águas na cidade
pesquisa e ensino
DOI:
https://doi.org/10.5935/cadernospos.v24n1p169-184Palavras-chave:
Multiespécies; Jardins Possíveis; Cosmopolítica; Ensino; Pesquisa.Resumo
A água é um elemento essencial da vida, mas é muito negligenciada nas cidades. Entendendo sua importância na produção do espaço para a vida, a proposta do artigo é discutir como a pesquisa e o ensino de arquitetura e urbanismo tem potencial para contribuir com esse debate. Essa discussão parte dos questionamentos levantados pela pesquisa multiespécies Jardins Possíveis, que traz o entendimento de que é necessário superar o caráter antropocêntrico dos projetos urbanos. Algumas ideias são mobilizadas para a discussão proposta: jardins possíveis, multiespécies, cosmopolítica, direitos concedidos a não humanos. São apresentados como os jardins contribuem para fazer perceber, a partir do cotidiano, a água na cidade, com especial interesse em sua agência e sua importância para a drenagem. A partir desse entendimento são apresentados experimentos didáticos para propor projetos que coloquem a água como central. Como conclusão, traz a importância dos espaços cotidianos para os ciclos hídricos, a necessidade de expandir os imaginários da água e aponta para as assembleias cosmopolíticas como exemplo.
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