Validação e revisão de agrupamento das cidades brasileiras em graus-dia de aquecimento e resfriamento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5935/cadernospos.v23n1p70-90

Palavras-chave:

Mudança climática; Graus-dias de resfriamento e aquecimento; Agrupamento; Classificação climática.

Resumo

A estimativa de consumo de energia para condicionamento de ambiente é um ponto-chave para determinar o consumo de energia de uma edificação. A energia demandada para climatização pode ser utilizada para quantificar o rigor climático de determinado local. Entretanto, o Brasil não dispõe de normas técnicas e/ou zoneamentos estabelecidos por um método de cálculo para definição de graus-dia. Este trabalho se propõe a apresentar a atualização da proposta de zoneamento com base em graus -dia, elaborada por Stensjö, Ferreira e Loura (2017), a partir de dados de 317 cidades brasileiras utilizando as Normais Climatológicas (1961-1990). A classificação do novo conjunto de Normais Climatológicas referentes ao período de 1981 a 2010 empreende ajustes no processo de definição da temperatura-base para graus-dia de aquecimento. Para o desenvolvimento, seguiu-se o método proposto e as mesmas referências usadas por Stensjö, Ferreira e Loura (2017) para estabelecimento das temperaturas de base, cálculos de graus-dia e agrupamento. Em relação à classificação, o artigo investiga três possibilidades para identificar aquela mais adequada à nova base de dados. Os resultados demonstraram a robustez do método, permitiram refinamento do processo de classificação, bem como a identificação de tendências de demanda energética para as habitações brasileiras.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rejane Magiag Loura, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003), mestrado e doutorado em Ciências e Técnicas Nucleares pela Universidade Federal de Minas Gerais (2006 e 2012). Atualmente, professora associada da Universidade Federal de Minas Gerais atuando nos cursos de Graduação em Arquitetura e Urbanismo e no Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável. Coordena o Programa de Extensão COMPasso UFMG. Principal tema de interesse é o processo de decisão auxiliado para computador para abordagem integrada de eficiência energética, conforto ambiental e tecnologia da construção com vistas a resiliência de edificações e cidades frente às mudanças climáticas.

Referências

ASSIS, E. S. de. Método integrado de análise climática para arquitetura aplicado à cidade de Belo Horizonte, MG. In: VI ENCONTRO NACIONAL DE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO E III ENCONTRO LATINO-AMERICANO SOBRE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO (ENCAC/ELACAC), 2001, São Pedro. Anais do VI Encontro Nacional de Conforto no Ambiente Construído/ III Encontro Latino-Americano de Conforto no Ambiente Construído, São Paulo,

ANTAC, 2001. 1 CD-ROM.

BAI, L. et al. A new approach to develop a climate classification for building energy efficiency addressing Chinese climate characteristics. Energy, v. 195, p. 1-14, 2020. DOI 10.1016/j.energy.2020.116982

BAI, L.; WANG, S. Definition of new thermal climate zones for building energy efficiency response to the climate change during the past decades in China. Energy, v. 170. p. 709-719, 2019. DOI 10.1016/j.energy.2018.12.187

BERARDI, U.; JAFARPUR, P. Assessing the impact of climate change on building heating and cooling energy demand in Canada. Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 121, p. 1-12, 2020. DOI 10.1016/j.rser.2019.109681

D’AMICO, A. et al. Building energy demand assessment through heating degree days: the importance of a climatic dataset. Applied Energy, v. 242, p. 1285-1306, 2019. DOI 10.1016/j.apenergy.2019.03.167

DAY, T. Degree-days: theory and application TM4. London: The Chartered Institution of Building Services Engineers (CIBSE), 2006.

DEAR, R. J. de.; BRAGER, G. S. Thermal comfort in naturally ventilated buildings: revisions to ASHRAE Standard 55. Energy and Buildings, v. 34, n. 6, p. 549-561, July 2002. DOI 10.1016/S0378-7788(02)00005-1 ELETROBRAS. Pesquisa de posse e hábitos de uso de equipamentos elétricos na classe residencial. Rio de Janeiro: Procel, 2019. Disponível em: https://q.eletrobras.com/pt/Paginas/PPH-2019.aspx. Acesso em: 2 fev. 2023.

GIVISIEZ, G. H. N.; OLIVEIRA, E. L. de. (org.). Demanda futura por moradias: demografia, habitação e mercado. Niterói, RJ: Universidade Federal Fluminense, 2018.

GIVONI, B. Comfort, climate analysis and building design guidelines. Energy and Buildings, v. 18, n. 1, p. 11-23, 1992. DOI 10.1016/0378-7788(92)90047-K

HEIDARI, S.; SHARPLES, S. A comparative analysis of short-term and long-term thermal comfort surveys in Iran. Energy and Buildings, v. 34, n. 6, p. 607-614, 2002. DOI 10.1016/S0378-7788(02)00011-7

INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA. Normais Climatológicas do Brasil: 1961-1990. Brasília, DF: INMET, 2009. p. 465.

INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA. Normais Climatológicas do Brasil: 1981-2010. Brasília, DF: INMET, 2018.

INVIDIATA, A. et al. Análise de agrupamento de 411 cidades brasileiras baseado em indicadores de desempenho de edificações residenciais naturalmente ventiladas. In: XVI ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE

CONSTRUÍDO, 2016, São Paulo. Anais [...]. São Paulo, ANTAC, 2016.

KHEDARI, J. et al. Thailand ventilation comfort chart. Energy and Buildings, v. 32, n. 3, p. 245-249, 2000. DOI 10.1016/S0378-7788(00)00050-5

LOURA, R. M.; FERREIRA, C. C.; STENSJÖ, I. P. Análise comparativa da classificação e agrupamento das cidades brasileiras em graus-dia de aquecimento e resfriamento a partir das Normais Climatológicas 1961-1990 e 1981-2010. In: CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO PARA O PLANEJAMENTO URBANO REGIONAL, INTEGRADO E SUSTENTÁVEL (PLURIS 2020), 9. Águas de Lindoia: [s.n.], 2021.

PEREIRA, I. M.; ASSIS, E. S. Avaliação de modelos de índices adaptativos para uso no projeto arquitetônico bioclimático. Ambiente Construído, v. 10, n. 1, p. 31-51, 2010. DOI 10.1590/S1678-86212010000100002

ROAF, S.; CRICHTON, D.; NICOL, F. Adapting buildings and cities for climate change: a 21st century survival guide. 2nd ed. UK: Routledge, 2009.

RORIZ, M. Segunda proposta de revisão do zoneamento bioclimático do Brasil. São Carlos: Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ANTAC), 2012.

STENSJÖ, I. P. FERREIRA, C. C.; LOURA, R. M. Classificação e agrupamento das cidades brasileiras em graus-dia de aquecimento e resfriamento: 1960 a 2013. Urbe – Revista Brasileira de Gestão Urbana, v. 9, n. 1, p. 286-300, 2017.

DOI 10.1590/2175-3369.009.SUPL1.AO03

UNITED NATIONS. World population prospects: the 2012 revision. New York, 2013. Disponível em: https://www.un.org/en/development/desa/publications/world-population-prospects-the-2012-revision.html#:~:text=The%20report%2C%20World%20Population%20Prospects,to%201.8%20billion%20in%20205 Acesso em: 2 fev. 2023.

VECCHI, R. et al. Application of the adaptive model proposed by ASHRAE 55 in the Brazilian climate context: raising some issues. In: 8TH WINDSOR CONFERENCE.London, 2014. p. 13.

Downloads

Publicado

2023-06-30

Como Citar

CARVALHO FERREIRA, C.; MAGIAG LOURA, R. Validação e revisão de agrupamento das cidades brasileiras em graus-dia de aquecimento e resfriamento. Cadernos de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, [S. l.], v. 23, n. 1, p. 70–90, 2023. DOI: 10.5935/cadernospos.v23n1p70-90. Disponível em: http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/cpgau/article/view/15475. Acesso em: 12 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)