As Superficies Vegetadas como Alternativa para Cidades Resilientes
Resumo
Os processos de urbanização brasileira têm levado à redução das áreas verdes, à formação de ilhas de calor, entre outros problemas. A inserção de plantas no espaço urbano por meio de paredes e telhados verdes é uma possibilidade para criar espaços verdes em áreas urbanas densas e com restrição de calçadas, que não têm capacidade para receber arborização urbana. O objetivo deste artigo é analisar o comportamento de variáveis climáticas para um cenário urbano existente e para dois cenários simulados – um com implantação de paredes verdes e outro com implatação de telhados verdes. Utilizou-se como estudo de caso um trecho de cânion urbano no centro de Vitória-ES. As simulações foram feitas no software ENVI-Met e os resultados encontrados demonstraram que a inserção da vegetação nas paredes é mais eficiente que nos telhados, no que diz respeito ao conforto térmico no nível do pedestre, no cânion estudado. O cenário mais promissor foi o das paredes vegetadas, que diminuiu em até 2,5°C a temperatura do ar, aumentou a umidade relativa em até 5,76% e melhorou o índice PMV em 1 ponto na escala de sensações. As simulações demonstraram a eficiência das paredes verdes em melhorar o microclima urbano em área consolidada e que não teria capacidade de receber arborização urbana. Estudos como este podem colaborar para o desenvolvimento da pesquisa aplicada ao contexto brasileiro, com adequação dos aspectos climáticos e de vegetação, ainda pouco desenvolvidos. Também pode colaborar com a demonstração das superfícies vegetadas como estratégia eficiente para implantação de corredores verdes em áreas urbanas consolidadas e sua disseminação junto ao poder público. Por fim, as paredes verdes se mostram uma alternativa adequada e possível para a minimização da ilha de calor nos centros urbanos, devendo as políticas públicas e o planejamento urbano estimular a sua implantação.
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