A ruína literária de Marguerite Duras

Autores

Palavras-chave:

Marguerite Duras, ruína literária, voz narrativa neutra, diferença sexual

Resumo

Este artigo analisa a escrita literária de Marguerite Duras a partir da ideia de ruína enquanto mobilizadora e produtora de sentidos em sua estrutura narrativa. Seguindo essa perspectiva, observaremos como as questões de autoria, de enquadramento narrativo, de diferença sexual e de fronteiras entre os gêneros literários são ressignificadas e reescritas pela ficção durassiana por meio de escombros de palavras, de restos de afetos e de um desmoronar contínuo de ideias sobre o fazer literário, que logo se reorganiza para depois ruir novamente. Conclui-se, portanto, que a escrita de Duras é uma escrita de e em ruínas.

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Biografia do Autor

Davi Pimentel, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Pós-doutorando sênior em Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro

Pós-doutor sênior em Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro

Pós-doutor em Literatura pela Universidade Federal Fluminense.

Doutor em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense.

Mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Ceará.

Graduado em Letras - Português e Literaturas pela Universidade Federal do Ceará.

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Publicado

2025-08-15

Como Citar

Pimentel, D. (2025). A ruína literária de Marguerite Duras. Todas As Letras - Revista De Língua E Literatura, 27(1). Recuperado de http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/tl/article/view/16554

Edição

Seção

Literatura