Dos potiguares aos tamoios

Comunidades linguísticas indígenas na Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil (Anchieta, 1595)

Autores

  • Leonardo Ferreira Kaltner Universidade Federal Fluminense
  • Melyssa Cardozo Silva dos Santos Universidade Federal Fluminense

Palavras-chave:

Linguística Missionária, Historiografia da Linguística, Gramaticografia, Monumenta Anchietana, Humanismo renascentista

Resumo

RESUMO: O estudo, na área de Linguística Missionária (LM), linha de pesquisas relacionada ao modelo teórico-metodológico da Historiografia da Linguística no Brasil, tem como objeto de análise o pensamento linguístico de S. José de Anchieta, SJ (1534-1597), autor da Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil (1595). Analisamos o capítulo “das Letras” (1, 4-5) da gramática, e a descrição das comunidades linguísticas relacionadas à política missionária, interpretando excertos da obra e a delimitação entre potiguares e tamoios, apresentada pelo missionário humanista.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ÁLVARES, Manuel. Libri tres de Institutione Grammatica [1572]. Regii: Apud Davolium, 1823.

ANCHIETA, José de. Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil. Coimbra: António de Mariz, 1595.

ANCHIETA, José de. Artes de gramática da língua mais usada na costa do Brasil [1595]. Introdução, tradução e notas de Armando Cardoso. São Paulo: Loyola, 1990.

ANCHIETA, José de. Manuscrito de Algorta. Fotocópia. Arquivo da Vice-Postulação no Bra-sil: Algorta, 1934.

ASSUNÇÃO, Carlos, TOYOSHIMA, Masayuki. A gramática de Álvares (1594): a edição de Amakusa. Confluência, Rio de Janeiro, número especial, p. 436-462, jun 2021. DOI http://dx.doi.org/10.18364/rc.2021nEsp.508. Acesso em: 26 julho 2021.

BATISTA, Ronaldo de Oliveira. Historiografia da Linguística. São Paulo: Contexto, 2019.

BUESCU, Maria Leonor Carvalhão. Historiografia da Linguística portuguesa. Lisboa: Sá da Costa, 1984.

CARDIM, Fernão. Tratados da terra e gente do Brasil [1583-1601]. Rio de Janeiro: J. Leite, 1925.

CAVALIERE, Ricardo Stavola. Gramaticografia da língua portuguesa no Brasil: tradição e inovação. Limite, n. 6, p. 217-236, 2012.

COLOMBAT, Bernard; FOURNIER, Jean-Marie; PUECH, Christian. Uma história das idei-as linguísticas. Tradução Jacqueline Léon, Marli Quadros Leite. São Paulo: Contexto, 2017.

KALTNER, Leonardo Ferreira. As ideias linguísticas no discurso De Liberalium Artium Stu-diis (1548). Confluência, Rio de Janeiro, n. 56, p.197 - 217, 2019a.

KALTNER, Leonardo Ferreira; SANTOS, M. C. S.; TEIXEIRA, V. L. Gaspar da Índia: o língua e o Brasil quinhentista. Confluência, Rio de Janeiro, v.57, p. 9-35, 2019b.

KALTNER, Leonardo Ferreira. O Brasil quinhentista e a Historiografia Linguística: interfa-ces. Cadernos do CNLF (Cifefil), Rio de Janeiro, n. 23, p.424-439, 2019c.

KALTNER, Leonardo Ferreira. Monumenta Anchietana à luz da Historiografia Linguística: o trabalho filológico de Pe. Armando Cardoso, SJ (1906-2002). Cadernos de Linguística da Abralin, ano 1, n.1, p.01-15, 2020a.

KALTNER, Leonardo Ferreira. O pensamento linguístico de Anchieta e de Carl von Martius: estudos historiográficos. Ponta Grossa: Atena Editora, 2020b.

KALTNER, Leonardo Ferreira. Por uma edição crítica da gramática de Anchieta (1595). Re-vista Philologus, Rio de Janeiro, ano 26, n. 76, v. 2., p.717 - 731, set./dez. 2020c.

KALTNER, Leonardo Ferreira. Regna Brasillica: contextualização da Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil (1595). Revista da Abralin, n.19, p.1 - 25, 2020d.

KALTNER, Leonardo Ferreira; SANTOS, M. C. S. Schola Aquitanica e a gramática de Des-pauterius: intertextualidades. Revista Philologus, Rio de Janeiro, n. 76, v. 2, p.750-759, 2020e.

KALTNER, Leonardo Ferreira. The Grammar Corpus in the Horizon of Retrospection of S. José de Anchieta, SJ (1534-1597). Global Journal of Human-social Science: G Linguistics & Education, Framingham, n. 20, p.37-44, 2020f.

KOERNER, Konrad. Questões que persistem em Historiografia da Linguística. Revista da Anpoll, n. 2, p. 45-70, 1996.

MIRANDA, Margarida. As artes do Real Colégio das Artes. Entre sua matriz e outra. Biblos, Coimbra, n. 9, 11-31, 2011.

NAVARRO, Eduardo de Almeida. Dicionário tupi antigo: a língua indígena clássica do Bra-sil. São Paulo: Global, 2013.

PLATZMANN, Julius. Arte de grammatica da lingoa mais usada na costa do Brasil, feita pelo Pe. Joseph de Anchieta [1595]. Edição fac-símile. Leipzig: Teubner, 1876.

PLATZMANN, Julius. Grammatik der Brasilianischen Sprache mit zugrundelung des Anchi-eta. Leipzig: Teubner, 1874.

RODRIGUES, Aryon Dall’Igna. Phonologie der Tupinambá-Sprache. 164f. Tese (Douto-rado em Linguística) – Faculdade de Filosofia. Universidade de Hamburgo, Hamburgo, 1958.

ROSA, Maria Carlota. Uma língua africana no Brasil Colônia de Seiscentos: o quimbundo ou língua de Angola na Arte de Pedro Dias, S. J. Rio de Janeiro: 7Letras, 2013.

SANTOS, Melyssa C. S. dos. Schola Aquitanica (1583): edição bilingue com comentários à luz da Historiografia Linguística. 107f. Dissertação (Mestrado em Estudos de Linguagem) – Instituto de Letras, Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagem. Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2021.

SWIGGERS, Pierre. A historiografia da linguística: objeto, objetivos, organização. Confluên-cia, Rio de Janeiro, n. 44-45, p. 39-59, 2013.

TUFFANI, Eduardo. Introdução ao tupi. Confluência, Assis, v. 1, n. 2, p. 97-108, 1994.

VARNHAGEN, Francisco Adolfo de. História do Brasil, antes de sua separação e independencia de Portugal. Rio de Janeiro: Laemmert, 1877.

ZWARTJES, Otto. Portuguese missionary grammars in Asia, Africa and Brazil, 1550-1800. Amsterdam: John Benjamins, 2011.

Downloads

Publicado

2021-12-06

Como Citar

Ferreira Kaltner, L., & Cardozo Silva dos Santos, M. (2021). Dos potiguares aos tamoios: Comunidades linguísticas indígenas na Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil (Anchieta, 1595). Todas As Letras - Revista De Língua E Literatura, 23(3), 1–17. Recuperado de http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/tl/article/view/14714

Edição

Seção

Língua e Linguística