O fim da utopia e “Zabriskie Point”: convergências entre Marcuse e Antonioni
Resumo
Propomos um ponto de interseção entre filosofia e ficção nas figuras do filósofo alemão Herbert Marcuse e do cineasta italiano Michelangelo Antonioni, com base na ideia de Utopia presente em suas obras do final da década de 1960. Em um período marcado por diversas manifestações políticas na Europa e nos Estados Unidos, Marcuse e Antonioni, cada um a sua maneira, dedicam-se a refletir sobre as tensões e as aspirações aílatentes, desenvolvendo discussões sobre a revolução, o movimento hippie e o papel dos jovens na transformação social. De um lado, Marcuse, em O fim da utopia (1967), desenvolve a tese sobre o fim da utopia como irrealizável, com base na constatação da real possibilidade de concretização de um novo contexto histórico em contraposição às sociedades não ainda livres de hoje. Do outro lado, “Zabriskie point” (1970) apresenta a compreensão de Antonioni acerca dos movimentos revolucionários dos Estados Unidos da época, confrontando, com base nos personagens principais, dois pontos de vista divergentes quanto à forma de realização da transformação da sociedade na qual vivem. Nosso artigo apresenta a ideia de utopia presente nessas obras, relacionando os pontos de vista de Marcuse e Antonioni, principalmente no que diz respeito à necessidade de recusa em relação aos valores e às necessidades de uma sociedade opressora, a qual se tenta modificar em busca da liberdade.
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Publicado
2014-10-30
Como Citar
de Oliveira, M. F. de J. (2014). O fim da utopia e “Zabriskie Point”: convergências entre Marcuse e Antonioni. Revista Trama Interdisciplinar, 5(2). Recuperado de http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/tint/article/view/7500
Edição
Seção
Artigos
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