Da escrita à película: a escritora Carolina Maria de Jesus para além do Quarto de Despejo
Palavras-chave:
Carolina Maria de Jesus; Literatura Negro-brasileira; Cinema Negro; Protagonismo Negro.Resumo
A partir das obras Diário de Bitita (2014), Quarto de Despejo: Diário de uma favelada (2020), Casa de Alvenaria - Volume 1: Osasco (2021), Casa de Alvenaria - Volume 2: Santana (2021), de Carolina Maria de Jesus, do curta-metragem Carolina (2013), disponível na plataforma de compartilhamento de vídeos YouTube, e do documentário Carolina (2019), disponível na plataforma de streaming GloboPlay, nos embasamos teoricamente no conceito de Racismo Estrutural, presente em Silvio Almeida (2021); nas concepções de Literatura Negro-brasileira, de Cuti (2010); na defesa de que corpo e cabelo são símbolos da identidade negra, de Nilma Lino Gomes (2020); na concepção de Lugar de fala, de Djamila Ribeiro (2020); em estudos sobre a posição do negro na produção cinematográfica nacional, de João Rodrigues (2011); e na dimensão pedagógica e afirmação ontológica do cinema negro brasileiro através dos olhares de Celso Prudente e Dacirlene Silva (2020). O objetivo deste artigo é investigar a relevância da escritora Carolina Maria de Jesus como uma das grandes representantes da literatura negro-brasileira e como inspiração para o Cinema Negro, além de analisar como o protagonismo da escritora, enquanto intelectual, é um caminho para o enfrentamento ao apagamento e ao silenciamento histórico de suas produções literárias e da representação reducionista nas produções audiovisuais. Desta maneira, esta pesquisa problematiza o preconceito linguístico e o racismo estrutural enfrentado por Carolina de Jesus, como também a escassez do protagonismo negro e de uma imagem positiva do negro no cinema. Para assim, destacar o Cinema Negro no processo de resistência e decolonização das produções cinematograficas. Percebemos, com este estudo, que a presença de Carolina Maria de Jesus nas obras cinematográficas analisadas não supera a supervalorização da pobreza, da dificuldade econômica e da romantização dos desafios da convivência com a fome.
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