IMPERIALISMO E CINEMA: COMO PENSAR A DOMINAÇÃO APLICADA À ARTE?

Autores/as

  • Geraldo Alves Teixeira Júnior Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Resumen

O artigo reflete sobre a relação entre cinema e imperialismo, tendo como foco o papel político do cinema hollywoodiano. Em um primeiro momento, realizam-se um estudo histórico da noção de imperialismo e uma investigação das mudanças em seu significado e valor, que ocorreram entre o fim do século XIX e o início do XX. Essa transição de um valor positivo a um negativo deve-se, em parte, aos escritos de John Hobson e Lenin, que desenvolveram e disseminaram uma teoria sobre o imperialismo. Na etapa seguinte, problematiza-se a função do cinema relativamente à manutenção ou alteração da cultura, indicando que seu papel pode ser reproduzir padrões consolidados ou propor novos valores e comportamentos sociais. Em seguida, busca-se contestar a completa adequação dos conceitos de soberania e autodeterminação para o campo artístico e apresentar, alternativamente, o conceito de assimilação como elemento de reflexão adequado para considerar a interface entre a arte e a política. Por fim, argumenta-se que, de modo direto ou indireto, o cinema pode funcionar como fator de dominação político ou cultural de um povo sobre outro, mas que tanto a contracultura quanto a tradição podem se apresentar como elementos de reação ao imperialismo cultural.

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Publicado

2016-08-16

Cómo citar

Teixeira Júnior, G. A. (2016). IMPERIALISMO E CINEMA: COMO PENSAR A DOMINAÇÃO APLICADA À ARTE?. Revista Trama Interdisciplinar, 6(1). Recuperado a partir de http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/tint/article/view/7951

Número

Sección

Dossiê