A narrativa de Deus na sociedade pós-tudo: a estratégia irônica de Kierkegaard

Autores/as

  • Alvaro L. M. Valls Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Resumen

Após o primeiro milênio, toda a Europa estava conquistada para o cristianismo. Cristandade era sinônimo de civilização ocidental, sucedia ao Império Romano. Esse estado de coisas não resistiu outros mil anos. Em meados do século XIX, o pensador dinamarquês Søren Kierkegaard percebe que há algo de podre no reino da Dinamarca, e não só ali. Apesar da síntese de cristianismo e sistema filosófico, de cristandade e cultura, de Goethe e Hegel, algo não convence. O novo paganismo impera, sob a fachada sagrada da cristandade. Se Nietzsche vai acabar com a metafísica, Kierkegaard já pressente o final da cristandade. A metáfora do “exumar” se aplica à tarefa de Kierkegaard, mas: o que pode querer dizer “exumar os conceitos do cristianismo”? Significa dizer que sua missão não consistiu em “pregar o cristianismo” nem em inventar alguma nova doutrina religiosa, tampouco numa reconstrução filosófica do cristianismo, mas antes, consistiu em reencontrar e desenterrar aqueles conceitos em sua originalidade/primitividade, e em trazer à luz do dia aspectos essenciais dos conceitos fundamentais do cristianismo.

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Publicado

2011-12-21

Cómo citar

Valls, A. L. M. (2011). A narrativa de Deus na sociedade pós-tudo: a estratégia irônica de Kierkegaard. Revista Trama Interdisciplinar, 2(1). Recuperado a partir de http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/tint/article/view/3964

Número

Sección

Ensaio