Syriana e o "horizontes de expectativas" no cinema estadunidense pós - 11 de setembro
Palabras clave:
Cinema-História; Estética da Recepção; Guerra ao Terror; Doutrina Bush; Orientalismo.Resumen
O presente artigo consiste na análise da produção Syriana: a indústria do petróleo (Syriana, 2005) a fim de discutir o contexto histórico da Guerra ao Terror e da Doutrina Bush. A referida produção mapeia os diferentes cenários e situações das políticas externas dos EUA, expondo o processo histórico das relações dos EUA com o Oriente Médio. Assim, buscou-se apresentar como Syriana se diferencia por não eleger os Atentados de 11 de Setembro como um embate entre Ocidente e Oriente, bem como por reavivar o cinema estadunidense de cunho político que, tal como apontaram muitos dos críticos, estava estagnado em enredos e roteiros cúmplices das ações do governo, sempre passivos, desconsiderando, por exemplo, a própria política estadunidense aplicada no Oriente Médio durante as décadas de 1980 e 1990. Esse vislumbre das conexões políticas com o Oriente Médio e a crítica à atuação estadunidense começou no mainstream com filmes do gênero thriller, a exemplo do filme Syriana, o primeiro a discutir a atuação dos EUA no Oriente Médio e sem recorrer a uma justificativa a partir do 11 de Setembro, mas discutindo o processo histórico tendo como fio condutor o terrorismo. Sobretudo, nota-se o impacto da obra e a distância estética percorrida, sendo constantemente referenciada pela crítica cinematográfica como um filme de abordagem política profunda, sendo usada às vezes como parâmetro comparativo. Ademais, alguns temas e cenas estão presentes em filmes posteriores, como nos que criticam o uso de torturas, dos tramites políticos e econômicos; característica que se tornou corriqueira somente a partir de 2007.
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Citas
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