Entre narrativas literárias e historiográficas, as mulheres no movimento do contestado
“virgens” ou protagonistas?
Palavras-chave:
Mulheres, Gênero, narrativas.Resumo
Resumo: Este artigo tem como objetivo analisar, numa perspectiva interdisciplinar, a construção de narrativas literárias acerca da participação feminina no movimento do Contestado, que se desenrolou no Brasil, no início do século XX, relacionando-as com as narrativas historiográficas. Para isso, apresentamos o contexto histórico e a relação entre literatura e historiografia, discutindo como se constrói as representações das mulheres envolvidas no movimento e como são retratadas nas obras utilizadas como fontes: “Império Caboclo”, de 2005, escrita por Donaldo Schüller e “O Bruxo do Contestado”, de 2012, escrita por Godofredo de Oliveira Neto. Temos com referenciais a história das mulheres e os estudos de gênero que possibilitam abordar questões sociais e culturais, a construção narrativa das representações femininas e da visão dicotômica entre “virgens” ou protagonistas no movimento, que perpassam as fontes da pesquisa. Assim, a comparação entre as obras literárias analisadas e a relação entre a história e a literatura revelaram debates de época, similaridades e representações variadas, denotando a maneira pela qual as mulheres do Contestado são retratadas, ora como “virgens”, pacíficas, passivas, ora como guerreiras, ativas, protagonistas no processo histórico.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A Revista TRAMA Interdisciplinar reserva os direitos autorais das contribuições publicadas em suas páginas. Esses direitos abrangem a publicação da contribuição, em português, em qualquer parte do mundo, incluindo os direitos às renovações, expansões e disseminações da contribuição, bem como outros direitos subsidiários. Autores têm permissão para a publicação da contribuição em outro meio, impresso ou digital, em português ou em tradução, desde que os devidos créditos sejam dados à Revista TRAMA Interdisciplinar. O conteúdo dos artigos é de responsabilidade de seus autores.