A Psicodinâmica do Preconceito: Revisão Nibliográfica

Conteúdo do artigo principal

Rafael Cardoso de Brito
Berenice Carpigiani

Resumo

A intenção da presente pesquisa foi investigar como a teoria psicanalítica do funcionamento intrapsíquico do preconceituoso pode ajudar a delimitar as características anímicas desse mal social. Como metodologia, utilizou-se a pesquisa bibliográfica, isto é, um estudo das fontes documentais selecionadas de maneira ordenada, sistematizada e documentada, com critérios e procedimentos claramente delimitados. 17 artigos foram selecionados e cada um deles foi estudado, fichado e analisado. Como principal resultado, pôde-se concluir que o preconceito é um mecanismo, no fundo, de identificação. As funções primordiais a que atende são voltadas para a manutenção das boas relações objetais e a coesão narcísica do Self frente a ameaça de sua destruição pela sensação da ambivalência. Dessa forma, o indivíduo precisa proteger as identificações que são a base da constituição do seu Self através de mecanismos de defesa que colocam tanto a gênese quanto o produto de suas angústias em outros, fundamentalmente percebidos como diferentes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Brito, R. C. de, & Carpigiani, B. (2020). A Psicodinâmica do Preconceito: Revisão Nibliográfica. Revista Psicologia: Teoria E Prática, 22(1), 208–250. https://doi.org/10.5935/1980-6906/psicologia.v22n1p230-250
Seção
Psicologia Social e Saúde das Populações

Referências

Allport, G. (1979). The nature of prejudice. Cambridge, MA: Addison-Wesley.

Aviram, R. (2007). Object relations and prejudice: From in-group favoritism to out- -group hatred. International Journal of Applied Psychoanalytic Studies, 4(1), 4–14. doi:10.1002/aps.121

Bird, B. (1957). A consideration of the etiology of prejudice. Journal of the American Psychoanalytic Association, 5(3), 490–513. doi:10.1177/000306515700500308

Bloom, J. (2008). Contemporary conceptualizations of prejudice: A psychoanalytic perspective. Latin American Journal of Fundamental Psychopathology on Line, 5(1), 32-43.

Conforto, E., Amaral, D., & Silva, S. (2011) Roteiro para revisão bibliográfica sistemática: Aplicação no desenvolvimento de produtos e gerenciamento de projetos. Anais do Congresso Brasileiro de Gestão de Desenvolvimento de Produto, Porto Alegre, RS, Brasil, 8.

Crandall, C. S., & Eshleman, A. (2003). A justification-suppression model of the expression and experience of prejudice. Psychological Bulletin, 129(3), 414.

Crochík, J. L. (1996). Preconceito, indivíduo e sociedade. Temas em Psicologia, 4(3), 47–70.

Duckitt, J. H. (1992). The social psychology of prejudice. New York: Praeger.

Fonagy, P., &Higgitt, A. (2007). The development of prejudice: Attachment theory hypothesis explaining its ubiquity. In H. Parens, A. Mahfouz, S. Twemlow, & D. Scharff (Ed.), The future of prejudice: Psychoanalysis and the prevention of prejudice (pp. 59–76). New York: Rowman & Littlefield Publishers.

Freud, S. (1976). Além do princípio do prazer (Vol. 4, 5). (Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud). Rio de Janeiro: Imago.

Hinshelwood, R. (2007) Intolerance and the intolerable: The case of racism. Psychoanalysis, Culture & Society 12(1), 11–20. doi: 10.1057/palgrave.pcs.210010

Lima, M., & Vala, J. (2004) As novas formas de expressão do preconceito e do racismo. Estudos de Psicologia, 9(3), 401–411.

Lima, T., & Mioto, R. (2007). Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento científico: A pesquisa bibliográfica. Revista Katálysis, 10, 37–45.

McLean, H. (1944). Racial prejudice. American Journal of Orthopsychiatry, 14(4), 706.

Money-Kyrle, R. (1960). On prejudice – A psychoanalytical approach. Psychology and Psychotherapy: Theory, Research and Practice, 33(3), 205–209.

Parens, H. (2007a). Toward understanding prejudice–benign and malignant. In S Akhtar et al. (Eds.), The future of prejudice: Psychoanalysis and the prevention of prejudice (pp. 21-36). Jason Aronson.

Parens, H. (2007b). The roots of prejudice: Findings from observational Research. In: Akhtar, S., et al. (Eds.), The future of prejudice: Psychoanalysis and the prevention of prejudice, (pp. 77–92). Jason Aronson, Incorporated.

Parens, H. (2007c). Malignant prejudice–guidelines toward its prevention. In S. Akhtar et al. (Eds.), The future of prejudice: Psychoanalysis and the prevention of prejudice (pp. 269–289). Jason Aronson.

Scharff, D., & Scharff, J. (2007). Family as the link between individual and social origins of prejudice. In S. Akhtar et al. (Eds.), The future of prejudice: Psychoanalysis and the prevention of prejudice (pp. 97–110). Jason Aronson.

Sidanius, J., & Pratto, F. (1999). Social dominance: An intergroup theory of social hierarchy and oppression. New York: Cambridge University Press.

Snowden, F. M. (1995) Europe’s oldest chapter in the history of blackwhite relations. In B. Bowser et al. (Eds.), Racism and anti-racism in world perspective (pp. 3–26). London: Sage.

Souza, M., & Birman, J. (2014). Ética e estética da alteridade em Horkheimer, Adorno e Freud: Comentários a partir de “elementos do anti-semitismo” e “o inquietante”. Psicologia & Sociedade, 26(2), 251–260. doi:10.1590/S0102- 71822014000200002

Steiner, J. (2016). Man’s inhumanity to man: Confrontations and prejudice. Psychoanalytic Inquiry, 36(4), 285–294. doi:10.1080/07351690.2016.1158056

Villac Oliva, D. (2016). Raízes sociais e psicodinâmicas do preconceito e suas implicações na educação inclusiva. Psicologia Escolar e Educacional, 20(2), 349–356. doi: 10.1590/2175-3539/2015/0202991

Vital, M. (2012). Inclusão na educação infantil: Do viver o preconceito da diferença ao (con) viver com a diferença. Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. doi:10.11606/T.47.2012.tde-22082012-105035

Wirth, H. (2007). The roots of prejudice in family life and its political significance as discerned in a study of Slobodan Milosevic. In S. Akhtar et al. (Eds.), The future of prejudice: Psychoanalysis and the prevention of prejudice (pp. 108–124). Jason Aronson.

Young-Bruehl, E. (2007). A brief history of prejudice studies. In S. Akhtar et al. (Eds.), The future of prejudice: Psychoanalysis and the prevention of prejudice (pp. 219–235). Jason Aronson.