O Modelo Transteórico no Tratamento da Dependência Química

Conteúdo do artigo principal

Karen Priscila Del Rio Szupszynski
Margareth da Silva Oliveira

Resumo

O interesse em estudos que aprimorem o tratamento de dependência química aumenta diante do crescimento estatístico de usuários de drogas no Brasil. Uma das teorias que mais tem contribuído nesse contexto é a do Modelo Transteórico de Mudança de Comportamento (Transtheoretical Model of Change), desenvolvido por James Prochaska e colaboradores nos anos 1970. No presente artigo, realizou-se uma revisão de estudos sobre a utilização do Modelo Transteórico em tratamento para dependência química. Consultaram- se as bases Pschynfo, Web of Science, Medline e Lilacs, com os descritores stages of change, substance abuse, treatment, assessment, drugs, addiction e readiness to change, entre 1996 e 2006. Também foram analisados livros e artigos que não se encontravam nas referências das fontes indexadas. Da literatura estudada, apenas uma pequena parte abordou, diretamente, o Modelo Transteórico relacionado ao uso de drogas ilícitas. A maioria dos estudos sugere mais pesquisas com populações específicas e para a avaliação dos outros construtos do MTT.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Seção
Artigos

Referências

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-IV-TR -Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artmed, 2002.

AMODEI, N.; LAMB, R. J. Convergent and concurrent validity of the Contemplation Ladder and URICA scales. Drug and alcohol dependenc. Orlando, Elsevier, v. 73, n. 3, p. 301-306, 2004.

ANDRETT, I. A entrevista motivacional em adolescentes infratores. 2005. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005.

CALHEIROS, P.; ANDRETTA, I. E.; OLIVEIRA, M. Avaliação da motivação para mudança nos comportamentos adictivos. In: Temas em Psicologia Clínica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006.

CALLAGHAN, R. C. et al. Does stage-of-change predict dropout in a culturally diverse sample of adolescents admitted to inpatient substance-abuse treatment? A test of the Transtheoretical Model. Addictive Behaviors. Orlando, v. 30, n. 9, p.1834-47, 2005.

CARLINI, E. A. et al. I Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil: Estudo Envolvendo as 107 Maiores Cidades do País. Cebrid – Unifesp, São Paulo, 2002.

CICONELLI, R. M. Medidas de avaliação de qualidade de vida. Revista Brasileira de Reumatologia. São Paulo: Aquaprint Gráfica e Editora Ltda., v. 43, n. 1, p. 9-13, 2003. CUNHA, J. A. Escalas Wechsler. In: CUNHA, J. A. et al. Psicodiagnóstico-V. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

DiCLEMENTE, C. C. Prevention and harm reduction for chemical dependency: A process perspective. Clinical Psychology Review, v. 19, p. 473-486, 1999.

DiCLEMENTE, C. C. Motivational interviewing and the stages of change. In: MILLER, W.; ROLL NICK, S. (Orgs.). Motivational interviewing preparing people to change addictive behavior. New York: Guilford Press, 1991. p. 191-201.

DiCLEMENTE, C. C.; SCHLUNDT, B. S.; GEMMELL, L. Readiness and stages of change in addiction treatment. American Journal on Addictions. Colorado, v. 13, n. 2, p. 103-119, 2004.

DOZOIS, D. J. et al. Stages of change in anxiety: psychometric properties of the University of Rhode Island Change Assessment (URICA) scale. Behaviour research and therapy. Orlando, v. 42, n. 6, p. 711-729, 2004.

FIGLIE, N. B. I.; DUNN, B.; LARANJEIRA, R. Estrutura fatorial da Stages of Change Readiness and Treatment Eagerness Scale (SOCRATES) em dependentes de álcool tratados ambulatorialmente. Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, v. 26, n. 2, p. 91-99, 2004.

HASLER, G.; KLAGHOFER, R.; BUDDEBERG, C. The University of Rhode Island Change Assessment Scale (URICA) psychometric testing of a German version. Psychotherapie Psychosomatik Medizinishe Psychologie, Freiburg, v. 53, n. 9, p. 406-411, 2003.

HEATHER, N. Addictive disorders are essentiatially motivacional problems. British Journal Addiction, London, v. 87, p. 827-830, 1992.

HENDERSON, M. J.; SAULES, K. K.; GALEN, L. W. The predictive validity of the University of Rhode Island Change Assessment questionnaire in a heroin-addicted poly-substance abuse sample. Psychology of Addictive Behaviors, Washington, v. 18, n. 2, p. 106-112, 2004.

MARLATT, G. A.; GORDON, J. R. Prevenção da recaída. Estratégia e manutenção no tratamento de comportamentos adictivos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

McCONNAUGHY, E. A. et al. Stages of change in psychotherapy: a follow up report. Psychotherapy: Theory, Research and Practice. Washington, v. 26, n. 4, p. 494503, 1989.

McCONNAUGHY, E. A.; PROCHASKA, J. O.; VELICER, W. E. Stages of change in psychotherapy: measurement and sample profiles. Psychotherapy: Theory, Research and Practice. Washington, v. 20, n. 3, p. 368-375, 1983.

MILLER, W. R.; TONIGAN, J. S. The Stages of Change Readiness and Treatment Eagerness Scale (SOCRATES). Psychology of Addictive Behaviors. Washington, v. 10, n. 2, p. 81-89, 1995.

MILLER, W.; ROLLNICK, S. Entrevista motivacional: Preparando as pessoas para mudança de comportamentos aditivos. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.

OLIVEIRA, M. S. Eficácia da intervenção motivacional em dependentes de álcool. 2000. Tese (Doutorado em Psiquiatria e Psicologia Médica) – Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2000.

PASQUALI, L. Princípios de elaboração de escalas psicológicas. Revista de Psiquiatria Clínica, São Paulo, v. 25, n. 5, p. 206-213, 1998.

PROCHASKA, J. O.; DiCLEMENTE, C. Transtheorical therapy: Toward a more integrative model of change. Psycotherapy: Theory, Research and Practice, v. 20, p. 161173, 1982.

PROCHASKA, J. O.; DiCLEMENTE, C. C.; NORCROSS, J. C. In search of how people change: applications to addictive behaviour. American Psychologist, Washington, v. 47, p. 1102-1114, 1992.

PROCHASKA, J. O.; DiCLEMENTE, C. C.; NORCROSS, J. C. Changing for Good. New York: Paperback, 1994.

REY, A. Manual: Figuras complexas de Rey. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999.

ROLLNICK, S.; HEATHER, N.; BELL, A. Negotiating behaviour change in medical settings: the development of brief motivational interviewing. Journal of Mental Health. Orlando: Taylor & Francis Group, p. 25-37, 1992.

ROLLNICK, S.; KINNERSLEY, P.; STOTT, N. Methods of helping patients with behaviour change. BMJ. London: BMJGroups, v. 307, p. 188-190, 1993.

STEPHENS, S.; CELLUCCI, T.; GREGORY, J. Comparing stage of change measures in adolescent smokers. Addictive Behaviors. Orlando, v. 29, n. 4. p. 759-764, 2004.

SUTTON, S. Back to the drawing board? A review of applications of the transtheoretical model to substance use. Addiction. Oxford, v. 96, n. 1, p. 175-186, 2001.

VELASQUEZ, M. et al. Group treatment for substance abuse: a stages-of-change therapy manual. New York: The Guilford Press, 2001.

VELICER, W. F. et al. Smoking cessation and stress management: Applications of the Transtheoretical Model of behavior change. Homeostasis in health and disease. Chicago, v. 38, n. 5, p. 216-233, 1998.

WECHSLER, D. WAIS – Wechsler Adult Intelligence Scale – manual. New York: Psychological Corporation, 1981.

WECHSLER, D. WISC – III: Escala de Inteligência Wechsler para crianças: Manual. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.