Sentidos e Arte: Pesquisa-Facilitação com um Grupo de Arte-Identidade

Conteúdo do artigo principal

Cândida Maria Farias Câmara
Cezar Wagner de Lima Góis

Resumo

O engajamento da autora no Movimento de Saúde Mental Comunitária do Bom Jardim colaborou para estabelecer o objetivo da pesquisa: compreender os sentidos que emergem do processo criativo realizado por participantes de um grupo de arte-identidade e sua implicação na construção da identidade. Para tanto, identificaram- se os sentidos expressos pelos participantes, os aspectos da expressão da identidade presentes nos sentidos e a contribuição da utilização da arte para a construção da identidade. Optou-se pelo método facilitar-pesquisando, de modo a contemplar a inseparabilidade entre facilitação de grupo e pesquisa. Foram gravados os relatos verbais e fotografadas as sessões, ambos submetidos à análise de conteúdo. Emergiram da pesquisa as seguintes unidades de sentido: medo da criação e resistência a ela; processo de criação; natureza; polaridade existencial – libertação/nascimento versus prisão/bloqueios; sentimento de grupo e de gratidão. Os sentidos revelam o processo criativo mediado pela arte como forma de fortalecer a identidade no desenvolvimento da coragem de criar a própria existência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Seção
Psicologia Social e Saúde das Populações

Referências

Araújo, S. M. M., Câmara, C. M. F., & Ximenes, V. M. (2012, dezembro). Arte e saúde comunitária: contribuições para a compreensão do processo de desinstitucionalização. Revista Psicologia e Saúde, 4(2), 106-115.

Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Barros, J. P. P., Paula, L. R. C. de, Pascual, J. G., Colaço, V. F. R., & Ximenes, V. M. (2009). O conceito de “sentido” em Vygotsky: considerações epistemológicas e suas implicações para a investigação psicológica. Psicologia & Sociedade, 21(2), 174-181. Recuperado em 3 dezembro, 2014, de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822009000200004&lng=en&tlng=pt.10.1590/ S0102-71822009000200004.

Boff, L. (1999). Saber cuidar: ética do humano-compaixão pela terra. Petrópolis: Vozes.

Capra, F. (2006). A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: Cultrix.

Castro, G. S. (2009). Diálogos e vivências com arte(e)identidade. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.

Ciampa, A. C. (2001). A estória do Severino e a história da Severina. São Paulo: Brasiliense.

Góis, C. W. de L. (2002). Biodança – identidade e vivência. Fortaleza: Edições Instituto Paulo Freire do Ceará.

Góis, C. W. de L. (2005). Arte-identidade. Fortaleza Humaniza SUS, 1, 47-63.

Góis, C. W. de L. (2008). Saúde comunitária: pensar e fazer. São Paulo: Hucitec.

Matos, L. (1995). A magia do mandala. Congresso sobre Mandalas: o Círculo Sagrado, Baltimore, MD, Estados Unidos.

May, R. (1982). A coragem de criar (5a ed.). Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

Ostrower, F. (2007). Criatividade e processos de criação (21a ed.). Petrópolis: Vozes, 2007.

Pain, S. (1996). Teoria e técnica da arte-terapia: a compreensão do sujeito. Porto Alegre: Artes Médicas.

Prigogine, I. (2003). Criatividade da natureza, criatividade humana. In E. Carvalho (Org.). Estudos de Complexidade 2. Porto Alegre: Sulina.

Rodrigues, D. S., Carvalho, M. A. A. S. de, & Ximenes, V. M. (2011, dezembro). A comunidade como espaço de produção de saúde mental: contribuições da psicologia comunitária ao processo de desinstitucionalização. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 11(3), 734-754.

Toro, R. (1991). Coletânea de textos de biodança (2a ed.). (C. W. de L. Góis, Org.). Fortaleza: Alab.

Toro, R. (2005). Biodanza (2a ed.). São Paulo: Olavobras.