Vínculos de Amor que Favorecem a Autonomia do Desejo
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Resumo
Este artigo propõe uma reflexão a respeito do processo pelo qual se articulam o sofrimento psíquico do sujeito na infância, seus vínculos patológicos com seus objetos do desejo, sua ligação com a moral tradicional e sua influência por algumas idéias da cultura pós-moderna. Esses fatores constituem empecilhos à autonomia do desejo, com seu sentido de leis e princípios próprios ao desejo do sujeito. Faz-se uma interlocução entre recortes de situações clínicas – apreendidas pelo método psicanalítico – e a prática discursiva dos sujeitos no cotidiano. São examinadas sob o vértice dos déficits do sistema das representações em representar situações traumáticas e seus efeitos deletérios sobre a autonomia do desejo. Falhas da representabilidade psíquica devidas aos traumas nos vínculos iniciais constituem lacunas do eu. Junto com os ditames da pós-modernidade, distorcem o vínculo amoroso do sujeito com seu desejo e do outro. Conceitos de psicanalistas e sociólogos têm dado ensejo às construções hipotéticas da autora.
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