Brinquedo Terapêutico como Coadjuvante ao Tratamento Fisioterapêutico de Crianças com Afecções Respiratórias
Conteúdo do artigo principal
Resumo
O atendimento em pediatria tem características particulares daquele realizado em outras faixas etárias. Esta revisão integrativa tem como objetivo apresentar publicações e fazer uma análise crítica acerca do uso de brinquedos terapêuticos durante sessões de fisioterapia em pneumopediatria, recursos inseridos no atendimento como estratégia para motivar e ensinar as crianças. Pesquisaram-se as bases PubMed, Medline, SciELO, Lilacs e Science Direct, a partir dos descritores: terapia respiratória, pediatria e jogos e brinquedos. De um total de 73, foram selecionados 36 trabalhos na íntegra, publicados entre 1969-2009. Literatura específica sobre o tema, na área da fisioterapia respiratória pediátrica, é ainda escassa. A maioria do material elencado é referente ao uso do brinquedo como símbolo cultural, social, pedagógico e até filosófico. Esses estudos não discutem ou evidenciam os princípios fisiopatológicos que fundamentam seu uso durante as sessões de fisioterapia, apesar do notório reconhecimento quanto à sua importância como recurso fisioterapêutico coadjuvante.
Downloads
Detalhes do artigo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista Psicologia: Teoria e Prática pertencem aos autores, que concedem à Universidade Presbiteriana Mackenzie os direitos não exclusivos de publicação do conteúdo.
Referências
Alger, I., Beardslee, W., Lee, W., & Linn, S. (1985). Puppetry as a therapeutic tool for hospitalized children. Hospital & Community Psychiatry, v. 36, n. 2, pp. 129-130.
Alves, A.M.L. & Gnoato, G. (2003). O brincar e a cultura: jogos e brincadeiras na cidade de Morretes na década de 1960. Psicologia em Estudo, v. 8, n. 1, pp. 111-117.
Araujo, R.C.T. & Lorenzani, M.V. (1995). A educação psicomotora como atividade lúdica para crianças com deficiência física. Revista Brasileira de Educação Especial, São Paulo, v. 2, n. 3, pp. 63-71.
Barton, P.H. (1969). Nursing assessment and intervention through play. In: Bergeson BS et al. Current concepts in clinical nursing (pp. 203-217). Saint Louis: Mosby.
Beyea, S.C. & Nicoll, L.H. (1998). Writing in integrative review. Association of Operating Room Nurses jornal, New York, v. 67, n. 4, pp. 877-80.
Brougére, G. (2002). A criança e a cultura lúdica. In: Kishimoto T (org.). O brincar e suas teorias (pp. 19-32). São Paulo: Pioneira Thomson Learning.
Borges, E.P., Nascimento, M.D.S.B., & Silva, S.M.M. (2008). Benefícios das atividades lúdicas na recuperação de crianças com câncer. Boletim - Academia Paulista de Psicologia [online], São Paulo, v. 28, n. 2, pp. 211-221.
Campbell, T., Ferguson, N., & Mckinlay, R.G.C. (1986). The use of a simple self-administered method of positive expiratory pressure (PEP) in chest physiotherapy after abdominal surgery. Physiotherapy, v. 72, pp. 498–500.
Clatworth, S.M. (1978). The effect of therapeutic play on the anxiety behaviors of hospitalized children. Tese de Doutorado - Boston University School of Education, Boston.
Françani, G.M., Ziliolli, D., Silva, P.R.F., Sant’ana, R.P. M., & Lima, R.A.G. (1998). Prescrição do dia: infusão de alegria. Utilizando a arte como um instrumento na assistência à criança hospitalizada. Revista Latino Americana de Enfermagem, v. 6, n. 5, pp. 27-33.
Fujisawa, DS. & Manzini, EJ. (2006). Formação acadêmica do fisioterapeuta: a utilização das atividades lúdicas nos atendimento de crianças. Revista Brasileira de Educação Especial, São Paulo, v. 12, n. 1, pp. 65-84.
Ganong, L.H. (1987). Integrative reviews of nursing research. Research in Nursing & Health, New York, v. 10, n. 1, pp. 1-11.
Grasso, M.C., Button, B.M., Allison, D.J., & Sawyer, S.M. (2000). Benefits of music therapy as an adjunct to chest physiotherapy in infants and toddlers with cystic fibrosis. Pediatric Pulmonology, New York, v. 29, n. 5, pp. 371-381.
Green, C.S. (1974). Understanding children's needs through therapeutic play. Nursing, v. 4, n. 10, pp. 31-2.
Guimarães, M.L.L.G. (1983). Fisioterapia na asma brônquica. Pediatria (São Paulo), São Paulo, v. 5, p. 33-37.
Guimarães, M.L.LG. & Moriyama, L.T. (1980). Fisioterapia num hospital pediátrico. Pediatria (São Paulo), São Paulo, v. 2, pp. 371-375.
Hockenberry, M.J., Wilson, D., & Winkelstein, M.L. (2006). Wong: fundamentos de enfermagem pediátrica. Rio de Janeiro: Mosby.
Kiche, M.T. & Almeida, F.A. (2009). Brinquedo terapêutico: estratégia de alívio da dor e tensão durante o curativo cirúrgico em crianças. Acta paulista de Enfermagem, São Paulo, v. 22, n. 2, pp. 125-130.
Lanneffors, L., Button, B.M., & Mcilwaine, M. (2004). Physiotherapy in infants and young children with cystic fibrosis: current practice and future developments. Journal of the Royal Society of Medicine, 2004; v. 97, Suppl 44, pp. 8–25.
Lemos, M.E.S. & Oliveira, T.C.M. (2006). Projeto de extensão em educação e saúde. A contribuição da Psicomotricidade na intervenção fonoaudiológica: prevenção dos distúrbios da comunicação das crianças até 7 anos de idade, amparadas pela Fundação Metodista. Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. Disponível em: http://www.metodistademinas.edu.br/proreitoriaacade mica/extensao/e11.pdf. Acesso em: 28 jun 2010.
Le Roux, F.H., Bouic, P.J., & Bester, R. (2007). The effect of choral music on emotions, immune parameters and lung function during physiotherapy treatment of pneumonia and bronchitis. South African Journal of Physiotherapy, v. 63, n.2, pp. 20-25.
Letts, M., Stevens, L., Coleman, J., & Kettner, R. (1983). Puppetry and doll play as an adjunt to pediatric orthopedics. Journal of Pediatric Orthopedics, New York, v. 3, n. 5, pp. 605-609.
Maia, E.B.S., Ribeiro, C.A., & Borba, R.I.H. (2008). Brinquedo Terapêutico: benefícios vivenciados por enfermeiras na prática assistencial à crianças e à família. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 29, n.1, pp. 39-46.
Marcucci, F.C.I. (2005). O papel da fisioterapia nos cuidados paliativos a pacientes com câncer. Revista Brasileira de Cancerologia, São Paulo, v. 51, n.1, pp. 67-77.
Mcclosney, J.C. & Bulechek, G.M. (2004). Classificação das intervenções de Enfermagem (NIC). Porto Alegre (RS): Artmed.
Mitre, R. M. de A. (2000). Brincando para viver: um estudo sobre a relação entre a criança gravemente adoecida e hospitalizada e o brincar. Dissertação de mestrado (Pós-graduação em saúde da criança e da mulher) - IFF/Fiocruz, Rio de Janeiro.
Mitre, R.M.A. & Gomes, R. (2004). A promoção do brincar no contexto da hospitalização infantil como ação de saúde. Ciência e Saúde coletiva [online], v. 9, n. 1, pp. 147-154.
Monteiro, F.P.M., Silva, VM., Lopes, M.V.O., & Araújo, T.L. (2008). Desobstrução ineficaz das vias aéreas: mapeamento das atividades de enfermagem para crianças com infecção respiratória. Revista Eletrônica de Enfermagem[on line], v. 10, n. 3, pp. 563-72.
Oberwaldner, B. (2000). Physiotherapy for airway clearance in pediatrics. European Respiratory Journal, Lausanne, v. 15, pp. 196-204.
Pereira, J.E. (2005). A importância do lúdico na formação de educadores Uma pesquisa na ação do Museu da Educação e do Brinquedo- MEB. 231 f. Dissertação de Mestrado (Faculdade de Educação da USP) – Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, São Paulo.
Piaget, J. (1976). Psicologia e Pedagogia. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Ratliffe, K.T. (2000). Fisioterapia: Clínica Pediátrica. Porto Alegre: Livraria Santos Editora.
Reis, L.A., Sampaio, L.S., Reis, L.A., Silva, P.D., Oliveira, T.S., & Silva, T.G. (2007). O uso do lúdico e do simbólico na Paralisia Cerebral. Revista Saúde.Com, v. 3, n. 2, pp. 10-18.
Ribeiro, C.A. (1998). O brinquedo terapêutico na assistência à criança hospitalizada: significado da experiência para aluno de graduação em enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 32, n. 1, pp. 73-79.
Ribeiro, P.J., Sabatés, A.L., & Ribeiro, C.A. (2001). Utilização do brinquedo terapêutico, como um instrumento de intervenção de enfermagem, no preparo de crianças submetidas à coleta de sangue. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 35, n. 4, pp. 420-8.
Shepherd, R.B. (1996). Fisioterapia em pediatria. São Paulo: Santos Editora.
UNGIER, R. (2005). Interações biomecânicas entre a organização postural global e a respiração: um olhar ampliado sobre fisioterapia dirigida a criança com doença respiratória. 186 f. Dissertação de Mestrado(Pós-graduação em saúde da criança e da mulher) – IFF/FIOCRUZ, Rio de Janeiro.
Vygotski, L.V. (1984). Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes.