Narcisismo e Biopolítica: Por uma Sustentabilidade Afetiva em Tempos Sombrios

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Sonia Regina Vargas Mansano
Paulo Roberto de Carvalho
Flávia Fernandes de Carvalhaes

Resumo

Estudos acerca dos riscos socioambientais são frequentes. Diante deles, cientistas alertam que, caso não sejam tomadas providências, é a própria vida no planeta que estará em perigo. Esta pesquisa objetivou identificar e analisar, sob o enfoque da Psicologia Social e da Filosofia da Diferença, experiências de sustentabilidade afetiva no espaço urbano diante da emergência da pandemia. Adotando a estratégia metodológica da história oral, buscou-se acompanhar o relato de participantes vinculados a uma Instituição de Ensino Superior que se dispuseram a compartilhar os impactos afetivos da relação com a cidade em estado pandêmico. Os relatos foram analiticamente organizados em dois eixos: 1. Desterritorializações e medos; 2. Frustrações narcísicas e restrições biopolíticas. Os resultados mostraram que as percepções iniciais diante do contato com a pandemia foram marcadas por afetos de surpresa, angústia e medo. Concluiu-se que sustentar afetivamente esta experiência comportou desafios relacionais colocados à coletividade em sua interface com as cidades.

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