Representações Sociais Sobre Armas de Fogo

Conteúdo do artigo principal

João Gabriel Modesto
Vitória Catarina Nonato

Resumo

A discussão sobre armas de fogo tem se tornado usual no contexto brasileiro, acarretando uma variabilidade de argumentos e posicionamentos entre as pessoas. Tendo em vista essa multiplicidade de opiniões e os episódios concretos envolvendo arma de fogo, o presente trabalho teve como objetivo analisar as representações sociais sobre armas de fogo. Para isso, a amostra foi composta por 100 participantes, com idades variando entre 19 e 66 anos (M = 34,31; DP = 12,12). Os participantes responderam a um questionário de evocações de palavras, uma questão aberta sobre o porte de armas e informaram dados demográficos. Para a análise dos dados, foram utilizados os programas openEvoc e Iramuteq. Verificou-se que as representações sociais sobre armas de fogo foram caracterizadas em sua centralidade pela percepção do elemento morte, seguido dos elementos: violência, segurança, perigo, defesa e proteção. Abrangendo, concomitantemente, uma ambiguidade de risco e proteção.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Seção
Psicologia Social e Saúde das Populações

Referências

Abric, J. C. (1998). A abordagem estrutural das representações sociais. Em A. S. P. Moreira, & D. C. Oliveira (Orgs.), Estudos interdisciplinares de representação social (pp. 27-38). Goiânia: AB.

Camargo, B. V., & Justo, A. M. (2013). IRAMUTEQ: Um software gratuito para análise de dados textuais. Temas em Psicologia, 21 (2), 513-518. http://dx.doi.org/10.9788/TP2013.2-16

Caneda, C. R. G., & Teodoro, M. L. M. (2010). Desenvolvimento e investigação de propriedades psicométricas da escala motivacional para porte de arma (EMPA). Avaliação Psicológica, 9 (3), 471-478. Retirado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712010000300013

Cerqueira, D., Bueno, S., Lima, R. S., Neme, C., Ferreira, H., Alves, P. P., Marques, D., Reis, M., Cypriano, O., Sobral, I., Pacheco, D., Lins, G., & Armstrong, K. (2019). Atlas da violência 2019. Retirado de https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/download/19/atlas-da-violencia-2019

Dahlberg, L. L., & Krug, E. G. (2006). Violência: um problema global de saúde pública. Ciência & Saúde Coletiva, 11, 1163–1178. Retrieved from: https://www.scielo.br/pdf/csc/v11s0/a07v11s0.pdf

Decreto nº 9.847, de 25 de junho de 2019. (2019, 25 de junho). Regulamenta a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, para dispor sobre a aquisição, o cadastro, o registro, o porte e a comercialização de armas de fogo e de munição e sobre o Sistema Nacional de Armas e o Sistema de Gerenciamento Militar de Armas. Diário Oficial da União, Brasília.

Jodelet, D. (1989). Représentations sociales: Un domaine en expansion. Em D. Jodelet (Org.), Les représentations sociales (pp. 31-61). Paris: Presses Universitaires de France.

Jodelet, D. (1990). Représentation sociale: Phenomène, concept et théorie. Em S. Moscovici (Org.), Psychologie sociale (pp. 357-378). Paris: Presses Universitaires de France.

Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003. (2003, 23 de dezembro). Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília.

Mazzoti, A. J. A. (2002). A abordagem estrutural das representações sociais. Psicologia da Educação, 14/15. 17-37. Retirado de https://revistas.pucsp.br/index.php/psicoeduca/article/view/31913

Moscovici, S. (1978). A representação social da psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar.

Moscovici, S. (2003). Representações sociais: Investigações em psicologia social. Petrópolis: Vozes.

Moscovici, S. (2012). A psicanálise, sua imagem e seu público. Petrópolis: Vozes.

Nascimento, T. G., Pimentel, C. E., & Adaid-Castro, B. G. (2016). Escala de atitudes frente à arma de fogo (EAFAF): Evidências de sua adequação psicométrica. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 32 (1), 293-248. https://doi.org/10.1590/0102-3772201602187239248

Ratinaud, P. (2009). Interface de R pour les analyses multidimensionnelles de textes et de questionnaires. Retrieved from http://www.iramuteq.org/

Sá, C. P. (1996). Representações sociais: Teoria e pesquisa do núcleo central. Temas em Psicologia, 4 (3), 19-33. Retirado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X1996000300002

Sant’Anna, H. C. (2012, maio). openEvoc: Um programa de apoio à pesquisa em representações sociais. Em VII Encontro Regional da ABRAPSO, Vitória, Espírito Santo.

Szwarcwald, C. L., & Castilho, E. A. (1998). Mortalidade por armas de fogo no estado do Rio de Janeiro, Brasil: Uma análise espacial. Revista Panamericana de Salud Pública/Pan American Journal of Public Health, 4 (3), 161-170. https://doi.org/10.1590/s1020-49891998000900003

Vergès, P. (1992). L’évocation de l’argent: Une méthode pour la définition du noyau central de la représentation. Bulletin de Psychologie, 45 (405), 203-209. Retrieved from http://www.bulletindepsychologie.net/vente/achat/produit_details.php?id=194

Wachelke, J., & Wolter, R. (2011). Critérios de construção e relato da análise prototípica para representações sociais. Psicologia: teoria e pesquisa, 27 (4), 521-526. https://doi.org/10.1590/s0102-37722011000400017

Waiselfisz, J. J. (2016). Mapa da violência 2016: Homicídios por armas de fogo no Brasil. Retirado de https://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2016/Mapa2016_armas_web.pdf