Uma Arquitetura Toda Sua?
DOI:
https://doi.org/10.5935/cadernospos.v21n2p81-95Palavras-chave:
Patrimônio cultural; Fazenda Magepe-Mirim; Feminismo; Teoria feminista.Resumo
A investigação histórica do patrimônio arquitetônico pode auxiliar na descoberta de nomes femininos relevantes e previamente ocultados. O objetivo inicial de documentação da sede da antiga fazenda colonial Magepe-Mirim (Magé/RJ) criou desdobramentos necessários sobre a investigação da proprietária durante o período colonial. Por meio de buscas documentais diversas, levantamento arquitetônico e referências de outras áreas, inicia-se a discussão sobre a necessidade da ampliação bibliográfica de pesquisas arquitetônicas. Auxiliado por questões ampliadas, percebe-se que o patrimônio cultural arquitetônico necessita ser um documento ativo para a produção contemporânea e não um documento a ser arquivado. Considerando, principalmente, a existência histórica da mulher como sujeito ativo e não bibliografias a serem enumeradas, percebe-se o caráter documental do patrimônio como auxiliar em novos capítulos da teoria e história arquitetônica.
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