Configuração de Posições em uma Comunidade Epistêmica e sua Relação com o Sentido da Aprendizagem Organizacional: Estudo de Caso no Campo da Biotecnologia
Palavras-chave:
Aprendizagem em Redes, Sentidos, PosiçãoResumo
Na literatura sobre Aprendizagem Organizacional em redes (AO), parte das abordagens de pesquisa afirma que tal tipo de ambiente favorece condições para a AO por meio da combinação da capacidade de diferentes membros. Igualmente, existem correntes de estudo que apontam haver ressalvas relacionadas às próprias características dos membros. Esta aparente contradição instigou um questionamento: como a configuração de posições de membros de redes afeta o sentido que AO adquire para os próprios membros? Utilizando-se referências conceituais da área de AO em redes, o estudo apresenta os resultados da análise de um caso empírico de uma comunidade epistêmica (rede de cooperação científica formalmente instituída) brasileira no campo da biotecnologia. Adotou-se como método de pesquisa a triangulação de técnicas quantitativas e qualitativas. Inicialmente, utilizou-se a análise quantitativa sociométrica evidenciando a Posição do membro de acordo com a centralidade para a aprendizagem e a produção acadêmica. Após essa identificação, foram aplicadas entrevistas semi-estruturadas aos membros localizados em diferentes Posições, fossem elas de alto valor agregado (membros com alta centralidade) ou marginais (membros com baixa centralidade). A partir de um referencial de análise qualitativo com foco nos conceitos de práticas e gêneros discursivos, foi possível delinear diferentes sentidos sobre a AO de acordo com a posição dos membros. A partir dos resultados, evidenciou-se a relação da Posição ocupada pelo membro da rede o sentido dado à Aprendizagem. Apesar das limitações associadas à pesquisa sobre um caso único que dificulta a possível generalização dos resultados, o estudo abre possibilidades de aprofundar novas pesquisas sobre a relação entre as características dos membros e sua posição com a AO em redes.
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