Nomes próprios em contextos literários no Ensino Médio: um estudo exploratório
Resumo
Este estudo recupera o status do nome ficcional como direcionador da tematização de um texto literário (Camargo, 2024, 2025), ou seja, sua natureza de hipercódigo (Eco, 1984). Há, neste olhar, porém, ênfase à última ponta da tríade das “intenções” perspectivadas por Eco: a leitora, considerando, a competência onomástica (Seide, 2021) de estudantes do Ensino Médio de um colégio paranaense, quanto à apreensão do direcionamento da significação dos nomes ficcionais no conto Uto-pia, de Kristensen (2022) para a tematização do /abandono/, da /fidelidade/ e da /esperança/.
Downloads
Referências
ALMEIDA, N. M. de. Gramática metódica da língua portuguesa. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 1961.
AMARAL, E. T. R. Contribuições para uma tipologia de antropônimos do português brasileiro. Alfa: Revista de Linguística, São Paulo, v. 55, n. 1, p. 11-32, 2011.
AUTORES DIVERSOS. Viajando na Literatura. Realização: Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba; Academia Piracicabana de Letras. Limeira: Primeira Leitura, 2023.
BARTHES, R. Análise estrutural da narrativa. Tradução Maria Zélia Barbosa Pinto. Petrópolis: Vozes, 1976.
BERTRAND, D. Semiótica literária. Tradução Beth Brait. 2. ed. São Paulo: Ática, 2003.
BLEICH, D. The subjective character of critical interpretation. In: TOMPKINS, J. (org.). Reader-response criticism: from formalism to post-structuralism. Balti- more: Johns Hopkins University Press, 1981. p. 134-163.
BRÉAL, M. Ensaio de semântica: ciência das significações. Tradução Américo da Costa Ramalho. Campinas: Pontes, 1992.
CAMARGO, A. K. de. Nomes próprios no romance contemporâneo “O berro do cordeiro em Nova York”: um estudo onomástico exploratório. Dissertação (Mestrado em Letras) – Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Es- tadual do Oeste do Paraná, Cascavel, 2016.
CAMARGO, A. K. de. Entremeios do poder: da autonomeação ao nome de urna do pleito municipal de Cascavel e Ponta Grossa (Paraná – BR, 2020). 2022. Tese (Doutorado em Letras – Linguagem e Sociedade) – Programa de Pós-Gra- duação em Letras, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, 2022.
CAMARGO, A. K. de. A função intertextual do nome ficcional para a tematização da violência contra a mulher em “Matilda quer ler” (2020), de José Nascimento. In: JORNADAS ANTROPONOMÁSTICAS, 6., 2024, São Paulo. Caderno de Resu- mos [...]. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2024. p. 28-29.
CAMARGO, A. K. de. Os nomes femininos em “Ciranda de Lia” e “Inês sem lastro”, como artifício da tematização da violência contra a mulher. Revista de Letras Norte@mentos, Sinop, v. 18, n. 51, p. 299-320, maio 2025.
CATALANO, F. A. A teoria do leitor modelo, de Umberto Eco, e sua presença no romance “O nome da rosa”: o percurso epistemológico de Umberto Eco e sua consolidação nas teorias da Estética da Recepção. 2023. Dissertação (Mestrado em Estudos Literários) – Faculdade de Ciências e Letras (FCLAR), Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2023.
DEBUS, F. Namen in literarischen Werken: (Er-)Findung - Form - Funktion. Mainz; Stuttgart: Akademie der Wissenschaften und der Literatur; Franz Steiner Verlag, 2002. Série Abhandlungen der Geistes- und sozialwissenschaftli- chen Klasse, Jahrgang 2002, Nr. 2, 152 p.
DERRIDA, J. Da gramatologia. Tradução Miriam Schnaiderman e Renato Janine Ribeiro. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2008.
DURAND, G. As estruturas antropológicas do imaginário: introdução à arquetipologia geral. Tradução Helder Godinho. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
DVOŘÁKOVÁ, Z. Notes on functions of proper names in literature. Onoma: Journal of the International Council of Onomastic Sciences, Leuven, v. 53, p. 33-48, 2018.
ECO, U. Conceito de texto. São Paulo: Edusp, 1984.
ECO, U. A obra aberta. Tradução José Rubens Siqueira. São Paulo: Perspectiva,
ECO, U. O leitor modelo. In: ECO, U. Lector in fabula: La cooperacion interpretative en el texto narrativo. São Paulo: Perspectiva, 2004. p. 35-49.
ECO, U. Interpretação e superinterpretação. Tradução Monica Stahel. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
FISH, S. Literature in the Reader: Affective Stylistics. New Literary History, [s. l.], v. 2, n. 1, p. 123-162, 1970.
FRYE, N. Anatomia da crítica: quatro ensaios. Tradução Sérgio Milliet. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
GADAMER, H. G. Verdade e método. Petrópolis: Vozes, 2009. 2 v.
HUSSERL, E. Logische Untersuchungen. Halle: Max Niemeyer, 1900-1901. 2 v.
INGARDEN, R. A obra de arte literária. Tradução Albin E. Beau. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1960.
INGARDEN, R. A obra de arte literária. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1979.
ISER, W. O ato da leitura. São Paulo: Editora 34, 1996. v. 1.
ISER, W. O ato da leitura. São Paulo: Editora 34, 1999. v. 2.
JAUSS, H. R. A história da literatura como provocação à Teoria Literária. Tradução Sérgio Tellaroli. São Paulo: Ática, 1979.
KRISTENSEN, A. Uto-pia. As Contistas, 2022. Disponível em: https://ascontistas. wordpress.com/2022/12/21/uto-pia-amanda-kristensen/. Acesso em: 11 maio 2025.
ROSENBLATT, L. The reader, the text, the poem: the transactional theory of the literary work. Carbondale: Southern Illinois University Press, 1978.
SAUSSURE, F. de. Curso de linguística geral. 28. ed. São Paulo: Cultrix, 2006.
SCHMIDT, L. K. Hermenêutica. Tradução Fábio Ribeiro. Petrópolis: Vozes, 2006.
SEIDE, M. S. Proposta de definição interdisciplinar de nome próprio. Onomástica desde América Latina, [s. l.], v. 2, n. 4, p. 70-94, 2021.
WELLEK, R.; WARREN, A. Teoria da literatura. Tradução José Palla e Carmo. 2. ed. Lisboa: Europa-América, 1965.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Amanda Kristensen de Camargo, Márcia Sipavicius Seide

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos publicados na Todas as Letras pertencem aos autores, que concedem à Universidade Presbiteriana Mackenzie os direitos exclusivos de publicação do conteúdo. É vedada sua reprodução total ou parcial sem a devida autorização da Comissão Editorial, exceto para estudo e pesquisa.

