Significados sociais do ingliding de vogais tônicas no português falado em Porto Alegre (RS)

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Resumo

Este artigo trata dos significados sociais do ingliding de vogais tônicas (voc[e]~voc[e], aqu[i]~aqu[i ]) no português falado em Porto Alegre (RS), na linha de Eckert (2008). A análise revela que essa variável sociolinguística é recrutada para indexar estilos e certos significados sociais (descolado, descontraído, de-sencanado, preguiçoso, com sotaque, morador da área central da cidade), cons-tituidores de um campo indexical fluido, passível de (re)interpretação a cada uso da linguagem.

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Biografia do Autor

Elisa Battisti, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Filologia e Teoria Literária, e Programa de Pós-Graduação em Letras, linha Sociolinguística e linha Fonologia e Morfologia

Samuel Gomes de Oliveira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Samuel Gomes de Oliveira possui Licenciatura em Letras - Português/Inglês (2016) e Mestrado em Letras - Estudos da Linguagem (2018) pela UFRGS. Atualmente, é doutorando em Letras - Estudos da Linguagem pela UFRGS e professor de Língua Portuguesa da Prefeitura Municipal de Canoas (RS). Atuou como professor substituto de Língua Inglesa no Colégio de Aplicação da UFRGS (2019), como professor voluntário de Língua Portuguesa no Colégio de Aplicação da UFRGS, por meio do Programa de Educação Continuada (2017), e como professor de Língua Inglesa no Núcleo de Ensino de Línguas em Extensão - NELE/UFRGS (2016-2018). Suas principais áreas de interesse e atuação são: Sociolinguística Variacionista; Fonologia; Ensino de Língua Portuguesa; Variação Linguística e Ensino. Possui registro profissional de ator, tendo participado de espetáculos, cursos de interpretação teatral e atividades de pesquisa em performance.

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Publicado

2016-12-08

Como Citar

Battisti, E., & Oliveira, S. G. de. (2016). Significados sociais do ingliding de vogais tônicas no português falado em Porto Alegre (RS). Todas As Letras - Revista De Língua E Literatura, 18(2), 14–29. Recuperado de http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/tl/article/view/9100

Edição

Seção

Dossiê